Um pai morre aos 40 anos e deixa um filho ainda criança. Esse filho cresce e vive até os 80 anos. Quando o filho chega na outra vida encontra o pai ainda com os mesmos 40 anos que ele tinha quando faleceu. Então, no Mundo Espiritual o filho fica parecendo que é o pai e o pai que é o filho. Gostaria de saber como isso acontece. (Anonimo)
Não é uma resposta simples, mas é possível
entender. A questão da idade e da aparência física das pessoas não tem o mesmo
reflexo no plano espiritual quanto tem aqui na Terra, até porque é o espírito
que ama e não o corpo. E isso depende em que nível o Espírito se encontra.
Segundo André Luiz, quanto mais próximos da vida terrena, mais as condições da
vida espiritual se parecem com as nossas, mas, evidentemente, não chegam a ser exatamente
iguais.
Considerando o nível espiritual mais próximo
de nós, um pai – que morreu jovem – vai aparecer para o filho, que morreu
idoso, com as feições que tinha quando desencarnou, pois se se manifestasse com
as características de um senhor idoso, certamente nãos seria reconhecido. O
períspirito tem uma capacidade de adaptação a diferentes situações, quando se
quer fazer reconhecido. Num nível espiritual mais elevado a identificação se dá
pelas vibrações espirituais e sentimentos de um para com o outro. Para nós,
ainda encarnados, ela depende das aparências e, portanto, dos sentidos físicos.
Em
algumas narrativas de André Luiz encontramos situações de encontro de filhos e
mães, por exemplo. Mesmo que a mãe se mostre bem mais jovem que o filho, para se fazer reconhecida ( muitas vezes, com as características de uma
fotografia que o filho conhece, supondo que a mãe desencarnou quando ele era ainda
criança), suas vibrações de amor e proteção materna envolvem o filho e ele não
terá dúvida de que se trata de sua mãe. E isso acontecerá de uma maneira muito
natural e espontânea, pois a verdadeira relação entre mãe e filho está no
espírito e não no corpo.
O mesmo acontece em relação a pais, a amigos
e outros familiares, pois as percepções espirituais não dependem mais dos
sentidos físicos (da visão, no caso) e
são muito mais amplas e perfeitas. Em várias situações em que se dão esse
encontro de mãe com filho, que é a mais comum, mesmo tendo atingido idade
avançada na Terra, diante da mãe o filho se sente como criança e não raro as
cenas da infância, em que a dependência da mãe era total, desfilam em sua
mente, revivendo o significado e a profundeza desses laços afetivos.
São
situações que ainda precisamos imaginar, caro ouvinte, porque o encontro de
Espíritos afins no plano espiritual se dá de uma forma diferente, não tendo
similar aqui na Terra. Mas, no fundo, entendemos que são os laços espirituais e
não físicos que fazem com que essa identificação ocorra. Muitas vezes, a
percepção de um familiar querido acontece nos últimos momentos de vida, quando
uma pessoa bem idosa está prestes a partir. Então, nessas ocasiões ela pode
perceber sua mãe, seu pai ou outro familiar qualquer que desencarnou há muitos
anos com aparência de pessoa jovem e que vem recebê-lo.
Logo,
quando um Espírito quer se identificar a outro, ele vai procurar aparecer com a
forma que tinha quando encarnado. O períspirito tem a capacidade de se amoldar
a tais situações e tomar as aparências que, naquele determinado momento, melhor
lhe convém. A médium inglesa, Rosemary Brown, conhecida pelas composições
musicais que recebeu da espiritualidade, conta que Franz Liszt – um compositor
que viveu mais de 80 anos – aparecia para ela com a feição de jovem, exatamente
como ele ficou conhecido nos tempos áureos de sua carreira.
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