Todos sabemos que o corpo humano é dotado de um sistema imunológico, encarregado de se defender contra agentes causadores de enfermidades, como vírus e bactérias –. e que dependendo da condição desse sistema de defesa, a pessoa pode estar mais ou menos suscetível de contrair uma doença infecciosa, como é o caso da COVID-19, causada pelo novo coronavirus. Uma grande porcentagem das pessoas que adquirem esse vírus são apenas transmissores (elas não ficam doentes) e uma porcentagem muito pequena dessas pessoas ( de 2 a 10% em média) pode vir a morrer. No entanto, as mortes se concentram mais nos chamados grupos de risco, principalmente nos mais idosos.
Estes dados são ainda preliminares, pois se conhece muito
pouco da doença causada pelo coronavírus, mas é o que pesquisadores, até agora,
puderam descobrir a partir do que constataram com as primeiras coletividades
acometidas.
Várias pessoas nos têm perguntado sobre o lado espiritual
dessa pandemia, uma vez que, segundo o Espiritismo, nada acontece por acaso.
Uma das questões que mais se destacaram nesse sentido diz respeito à
probabilidade que uma pessoa tem de adquirir o vírus, ficar doente e morrer. Nesse
caso, perguntam, a morte causada pela COVID 19 estaria prevista no seu carma,
uma vez que ela seria uma entre milhares de outras que foram contaminadas e
sequer manifestaram a doença?
De fato, a Doutrina Espírita lança um olhar mais amplo sobre
essa questão, pois ela não cuida apenas do corpo, mas tudo analisa sob o ponto
de vista do Espírito imortal. Fica claro, portanto, que a ciência médica, que
não descortina além da matéria, só pode estudar o mundo material, nele
colocando as causas e os efeitos de tudo.
Como nada acontece por acaso, pois tudo está submetido à Lei
de Causa e Efeito, deve haver uma explicação para o sofrimento coletivo, como
para cada caso em particular, como diz Kardec no capítulo “Bem aventurados os
Aflitos” de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPRIITISMO. Todo efeito tem causa: se a
causa não estiver nesta vida, estará em vidas anteriores. Mas, na maioria das
vezes, não se trata apenas de uma causa simples, mas de um conjunto de fatores
que acabam concorrendo para um resultado. Tanto assim que uma determinada
morte, por uma determinada doença e num determinado momento, pode ter ocorrido
por uma série de causas conjugadas. Há causas próximas como, por exemplo, a
falta dos cuidados devidos com a saúde, as ações preventivas, o distanciamento
social, a higiene; e há causas que remontam ao passado anterior a esta
encarnação. Quando a gente lê as obras de André Luiz, depara com vários relatos
que nos ajudam a entender melhor como funcionam as leis divinas em relação à
problemática humana.
Um fato que facilita a contaminação por vírus, por exemplo,
pode ser a fragilidade do sistema imunológico. André Luiz, no livro EVOLUÇÃO EM
DOIS MUNDOS dedica um capítulo para mostrar que sentimentos ou emoções influem
na capacidade de defesa de nosso corpo, dificultando ou facilitando o contágio
por agentes infecciosos, como o coronavírus. Embora André Luiz tenha defendido
essa tese em 1958, cerca de quarenta anos depois cientistas da Universidade de
Harvard vieram comprová-la através de importante experimento.
Disso resulta, caros ouvintes, que em meio a um fato de
dimensão mundial, como é o caso da pandemia da COVID 19 e o transtorno que vem
causando no planeta, existem sim, provas e expiações, mas elas podem ser tanto
coletivas quanto individuais, pois embora todos estejamos sofrendo com a
coletividade, cada um de nós vem traçando, ao longo de sua história, seu
próprio caminho evolutivo.
Contudo, não podemos esquecer que, ao lado das provas e das
expiações, temos também as missões – o que é muito importante lembrar.
Missionários, na verdade, não são apenas os cientistas que descobrem remédios
ou profissionais da saúde que, muitas vezes, se sacrificam para salvar vidas,
Missionários somos todos nós, na medida em que, tendo consciência da gravidade
deste momento, procuramos agir com espírito de solidariedade para ajudar
pessoas, famílias e coletividade a superarem este difícil momento.
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