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quarta-feira, 15 de abril de 2020

MEDIUNIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




  
Nosso companheiro Maris colheu e nos trouxe a seguinte questão: “Diante do panorama político mundial em que nos encontramos hoje, com o terrorismo de um lado e experiências nucleares de outro, será que estamos próximos de uma guerra nuclear? E, se houver, o que será da Humanidade?”
 A questão que o Maris nos trouxe enseja algum comentário à luz do Espiritismo. N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS encontramos o tema que tem relação direta com esta questão. Trata-se do questionamento que Kardec fez sobre a guerra, questões 742 a 745. Os Espíritos disseram que a guerra é uma manifestação instintiva do homem. Ela o reporta à sua fase animal, quando as diferenças são resolvidas mediante violência e morte. Por isso mesmo, a história da humanidade é praticamente uma história de guerras e conflitos de interesse.
Sempre houve guerras entre os diferentes grupos e nações, porque cada um lutava pelo seu próprio interesse, principalmente quando se tratava de interesses políticos e econômicos.  O econômico se refere à disputa de riquezas e o político à luta pelo poder. Hoje, século XXI, depois da maior guerra da história nos meados do século passado, não podemos negar que houve um grande avanço para a conscientização geral pela busca da paz, mas assim mesmo permanecem alguns focos de conflito que, de vez em quando são acendidos, comprometendo a paz geral.
 O mal é como uma doença insidiosa;  é sempre difícil de extirpar. Precisamos reconhecer que não vai ser fácil acabar com a guerra no planeta, pois, de uma maneira geral, nós humanidade, ainda não percebemos que os interesses espirituais devem prevalecer sobre os interesses materiais. Explicando melhor: enquanto alguns países procuram dar mais conforto ao seu povo ( e até mesmo excesso de conforto), outros povos vivem na miséria e na ignorância. Ainda não conseguimos unir as nações em torno de um ideal superior para acabar com a pobreza e o analfabetismo na Terra.
 Desse modo, ainda existem grandes diferenças sociais no mundo, diferenças que dão mais poder aos poderosos, os quais se mantêm cada vez mais distantes dos pequenos. Além disso, dentro de uma mesma nação existem dominadores e dominados. Tal situação, como sempre aconteceu, cria um estado de animosidade e de desconfiança cada vez maior entre as nações e dentro de cada nação, fomentando discórdias, alimentando a revolta e estimulando os conflitos.  Segundo Jesus, Buda e outros grandes mestres da humanidade, não se alcança um estado de paz, sem a ação consciente do bem.
 Logo, não sabemos o que está para acontecer em relação à paz mundial, mas sabemos que, enquanto o ser humano mantiver a mesma postura de egoísmo e orgulho, alimentando preconceitos e provocando diferenças significativas entre os homens, haverá perigo de guerra que, certamente, poderá ter consequências imprevisíveis. Certa vez, logo após a 2ª. Guerra Mundial, que deixou um saldo de mais de 60 milhões de mortos e muita destruição, perguntaram à Einstein (um dos maiores cientistas de todos os tempos), como seria a 3ª. Guerra, se viesse acontecer.
Einstein respondeu que sobre a  3ª. Guerra  ele não tinha muito a dizer, mas a 4ª. Guerra - ele tinha certeza -  seria a pauladas, referindo-se naturalmente ao fato de que um conflito nuclear, com as poderosíssimas armas de que o homem já podia dispor, destruiria quase que totalmente a humanidade e todo o seu patrimônio material, trazendo o homem novamente ao estado do homem primitivo, ou seja, fazendo com que a humanidade tivesse que começar tudo de novo.
É claro que não podemos ficar de braços cruzados. O homem de bem deve procurar se impor pela sua conduta, pela sua força moral, ocupando inclusive lideranças capazes de estimular os valores morais em favor da humanidade como um todo. Ainda há muita gente interessada na guerra e na divisão. Por isso mesmo é necessário que a população, de um modo geral, busque apoio nos políticos que já puderam dar bons exemplos tanto na vida pública e quanto na vida privada, a fim de que se façam legítimos representantes da sociedade.
  Por outro lado, não podemos esquecer que a chamada “guerra fria” que antecedeu a fase atual e que colocava em confronto os interesses de duas grandes potências, os Estados Unidos e a União Soviética, começou na década de 1940 e veio até 1990, deixando o mundo todo numa expectativa de uma guerra nuclear eminente. No entanto, esta guerra não aconteceu, pois os entendimentos (bem ou mal resolvidos) aconteceram na área diplomática. Desse modo, esperamos que o mesmo se dê neste momento em relação às controvérsias que ainda vigoram no cenário político internacional.
 Do ponto de vista espírita, cabe ao homem conduzir o planeta ao futuro e isso dependerá de seu discernimento e de sua habilidade.  A esperança é que novas lideranças surjam no mundo para ajudá-lo na sustentação da paz. A verdade é que, infelizmente, por causa de nossa teimosia em permanecer apegados aos valores materiais, tenhamos que sofrer o impacto de grandes calamidades que poderão abater sobre o planeta, para nos despertar para os verdadeiros valores da vida.

















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