Atualmente, surpreendem textos, mensagens e mesmo
livros mediúnicos com conteúdo contraditório e, até mesmo, absurdo, atribuído ao
Espírito de personalidades que, enquanto reencarnados, se destacaram no meio
social, pela sobriedade e mesmo sabedoria, demonstrado em opiniões emitidas.
Naturalmente considerando a vulnerabilidade dos médiuns, derivada da própria
invigilância, compreende-se esse efeito tão prejudicial à generalização dos
princípios revolucionários do Espiritismo. A falta de comprometimento maior com
a causa e menos com o personalismo e a presunção são fatores determinantes de
tal quadro. Um dos efeitos diretos é, sem dúvida, a mistificação, tanto do
médium quanto do Espírito comunicante. Na seção QUESTÕES E PROBLEMAS do número de agosto de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec comenta
trecho de uma carta recebida de Locarno, Suíça, relatando experiência vivida
pelo destinatário com sua filha, muito bom médium, que teria sido instrumento para mistificações,
o que o faz indagar “por que Deus permite que os bem intencionados sejam assim enganados
pelos que os deveriam esclarecer?”. Embora a possibilidade tenha sido
prevista e analisada n’ O LIVRO DOS
MÉDIUNS, naturalmente por tratar-se de fato constatável em qualquer tempo e
lugar pelos praticantes do fenômeno mediúnico, o editor aproveita para tecer
mais alguns comentários sobre as mistificações. Escreveu ele:- “Derramando-se
o mundo corpóreo, pela morte no Mundo Espiritual, e o Mundo Espiritual
derramando-se no mundo corpóreo pela encarnação, daí resulta que a população
normal do espaço que rodeia a Terra é composta de Espírito provenientes da
Humanidade terrena; sendo esta Humanidade uma das mais imperfeitas, não pode
dar senão produtos imperfeitos. Eis a razão por que em torno dela pululam os
maus Espíritos. Pela mesma razão, nos Mundos mais
adiantados, onde o Bem reina sem partilha, só há Espíritos bons. Admitindo
isto, compreender-se-á que a intromissão, tão frequente, dos maus Espíritos nas
relações mediúnicas, é inerente à inferioridade do nosso Globo; corre-se o
risco de ser vítima dos Espíritos enganadores, como num País de ladrões o de
ser roubado. Não se poderia, também, perguntar por que Deus permite que pessoas
honestas sejam despojadas por ladrões, vítimas da malevolência, expostas a toda
sorte de misérias? Perguntai antes por que estais na Terra; e vos será
respondido que é porque não merecestes um lugar melhor, salvo os Espíritos que
aqui estão em missão. É preciso, pois, sofrer-lhe as consequências e fazer
esforços para dele sair o mais cedo possível. Enquanto se espera, é necessário
esforçar-se por se preservar dos assaltos dos maus Espíritos, que só se
consegue fechando-lhes todas as entradas que lhes poderiam dar acesso em nossa
alma, a eles se impondo pela superioridade moral, a coragem, a perseverança e
uma fé inquebrantável na proteção de Deus e dos Bons Espíritos, no futuro que é
tudo, ao passo que o presente nada é. Mas como ninguém é perfeito na Terra,
ninguém se pode gabar, sem orgulho, de estar ao abrigo de suas malícias de
maneira absoluta. Sem dúvida a pureza de intenções é muito; é o caminho que
conduz à perfeição, mas não é a perfeição e, ainda, pode haver, no fundo da
alma, algum velho fermento. Eis por que não é ele o único médium que tenha sido
mais ou menos enganado. Diz-nos a simples razão que os Bons Espíritos não podem
fazer senão o Bem, pois, do contrário, não seriam bons e que o mal não pode vir
senão de Espíritos imperfeitos. Assim, as mistificações não podem ser senão de
Espíritos levianos ou mentirosos, que abusam da credulidade e, muitas vezes,
exploram o orgulho, a vaidade e outras paixões. Tais mistificações tem o
objetivo de por à prova a perseverança, a firmeza na fé e exercitar o
julgamento. Se os bons Espíritos as permitem em certas ocasiões, não é por
impotência de sua parte, mas para nos deixar o mérito da luta. A experiência
que se adquire às suas custas sendo a mais proveitosa, se a coragem faltar, é
uma prova de fraqueza, que nos deixa à mercê dos maus Espíritos. Os Bons
Espíritos velam por nós, assistem-nos e nos ajudam, mas com a condição que nos
ajudemos a nós mesmos. O homem está na Terra para a luta: precisa vencer para
dela sair; senão, nela ficará”.
Não é uma resposta simples, mas é possível
entender. A questão da idade e da aparência física das pessoas não tem o mesmo
reflexo no plano espiritual quanto tem aqui na Terra, até porque é o espírito
que ama e não o corpo. E isso depende em que nível o Espírito se encontra.
Segundo André Luiz, quanto mais próximos da vida terrena, mais as condições da
vida espiritual se parecem com as nossas, mas, evidentemente, não chegam a ser exatamente
iguais.
Considerando o nível espiritual mais próximo
de nós, um pai – que morreu jovem – vai aparecer para o filho, que morreu
idoso, com as feições que tinha quando desencarnou, pois se se manifestasse com
as características de um senhor idoso, certamente nãos seria reconhecido. O
períspirito tem uma capacidade de adaptação a diferentes situações, quando se
quer fazer reconhecido. Num nível espiritual mais elevado a identificação se dá
pelas vibrações espirituais e sentimentos de um para com o outro. Para nós,
ainda encarnados, ela depende das aparências e, portanto, dos sentidos físicos.
Em
algumas narrativas de André Luiz encontramos situações de encontro de filhos e
mães, por exemplo. Mesmo que a mãe se mostre bem mais jovem que o filho, para se fazer reconhecida ( muitas vezes, com as características de uma
fotografia que o filho conhece, supondo que a mãe desencarnou quando ele era ainda
criança), suas vibrações de amor e proteção materna envolvem o filho e ele não
terá dúvida de que se trata de sua mãe. E isso acontecerá de uma maneira muito
natural e espontânea, pois a verdadeira relação entre mãe e filho está no
espírito e não no corpo.
O mesmo acontece em relação a pais, a amigos
e outros familiares, pois as percepções espirituais não dependem mais dos
sentidos físicos (da visão, no caso) e
são muito mais amplas e perfeitas. Em várias situações em que se dão esse
encontro de mãe com filho, que é a mais comum, mesmo tendo atingido idade
avançada na Terra, diante da mãe o filho se sente como criança e não raro as
cenas da infância, em que a dependência da mãe era total, desfilam em sua
mente, revivendo o significado e a profundeza desses laços afetivos.
São
situações que ainda precisamos imaginar, caro ouvinte, porque o encontro de
Espíritos afins no plano espiritual se dá de uma forma diferente, não tendo
similar aqui na Terra. Mas, no fundo, entendemos que são os laços espirituais e
não físicos que fazem com que essa identificação ocorra. Muitas vezes, a
percepção de um familiar querido acontece nos últimos momentos de vida, quando
uma pessoa bem idosa está prestes a partir. Então, nessas ocasiões ela pode
perceber sua mãe, seu pai ou outro familiar qualquer que desencarnou há muitos
anos com aparência de pessoa jovem e que vem recebê-lo.
Logo, quando um Espírito quer se identificar a outro, ele vai procurar aparecer com a forma que tinha quando encarnado. O períspirito tem a capacidade de se amoldar a tais situações e tomar as aparências que, naquele determinado momento, melhor lhe convém. A médium inglesa, Rosemary Brown, conhecida pelas composições musicais que recebeu da espiritualidade, conta que Franz Liszt – um compositor que viveu mais de 80 anos – aparecia para ela com a feição de jovem, exatamente como ele ficou conhecido nos tempos áureos de sua carreira.e filho cresce e vive até os 80 anos. Quando o filho chega na outra vida encontra o pai ainda com os mesmos 40 anos que ele tinha quando faleceu. Então, no mundo espiritual o filho fica parecendo que é o pai e o pai que é o filho. Gostaria de saber como isso acontece. (Anonimo)
Não é uma resposta simples, mas é possível
entender. A questão da idade e da aparência física das pessoas não tem o mesmo
reflexo no plano espiritual quanto tem aqui na Terra, até porque é o espírito
que ama e não o corpo. E isso depende em que nível o Espírito se encontra.
Segundo André Luiz, quanto mais próximos da vida terrena, mais as condições da
vida espiritual se parecem com as nossas, mas, evidentemente, não chegam a ser exatamente
iguais.
Considerando o nível espiritual mais próximo
de nós, um pai – que morreu jovem – vai aparecer para o filho, que morreu
idoso, com as feições que tinha quando desencarnou, pois se se manifestasse com
as características de um senhor idoso, certamente nãos seria reconhecido. O
períspirito tem uma capacidade de adaptação a diferentes situações, quando se
quer fazer reconhecido. Num nível espiritual mais elevado a identificação se dá
pelas vibrações espirituais e sentimentos de um para com o outro. Para nós,
ainda encarnados, ela depende das aparências e, portanto, dos sentidos físicos.
Em
algumas narrativas de André Luiz encontramos situações de encontro de filhos e
mães, por exemplo. Mesmo que a mãe se mostre bem mais jovem que o filho, para se fazer reconhecida ( muitas vezes, com as características de uma
fotografia que o filho conhece, supondo que a mãe desencarnou quando ele era ainda
criança), suas vibrações de amor e proteção materna envolvem o filho e ele não
terá dúvida de que se trata de sua mãe. E isso acontecerá de uma maneira muito
natural e espontânea, pois a verdadeira relação entre mãe e filho está no
espírito e não no corpo.
O mesmo acontece em relação a pais, a amigos
e outros familiares, pois as percepções espirituais não dependem mais dos
sentidos físicos (da visão, no caso) e
são muito mais amplas e perfeitas. Em várias situações em que se dão esse
encontro de mãe com filho, que é a mais comum, mesmo tendo atingido idade
avançada na Terra, diante da mãe o filho se sente como criança e não raro as
cenas da infância, em que a dependência da mãe era total, desfilam em sua
mente, revivendo o significado e a profundeza desses laços afetivos.
São
situações que ainda precisamos imaginar, caro ouvinte, porque o encontro de
Espíritos afins no plano espiritual se dá de uma forma diferente, não tendo
similar aqui na Terra. Mas, no fundo, entendemos que são os laços espirituais e
não físicos que fazem com que essa identificação ocorra. Muitas vezes, a
percepção de um familiar querido acontece nos últimos momentos de vida, quando
uma pessoa bem idosa está prestes a partir. Então, nessas ocasiões ela pode
perceber sua mãe, seu pai ou outro familiar qualquer que desencarnou há muitos
anos com aparência de pessoa jovem e que vem recebê-lo.
Logo,
quando um Espírito quer se identificar a outro, ele vai procurar aparecer com a
forma que tinha quando encarnado. O períspirito tem a capacidade de se amoldar
a tais situações e tomar as aparências que, naquele determinado momento, melhor
lhe convém. A médium inglesa, Rosemary Brown, conhecida pelas composições
musicais que recebeu da espiritualidade, conta que Franz Liszt – um compositor
que viveu mais de 80 anos – aparecia para ela com a feição de jovem, exatamente
como ele ficou conhecido nos tempos áureos de sua carreira.
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