Se você já leu
algo sobre o Espiritismo (parece que sim) ou mesmo se acompanha nosso programa,
deve saber o quanto a doutrina, seguindo os passos de Jesus, combate qualquer
tipo de preconceito. Não é nada confortável a situação de sua amiga mas, sem
dúvida, foi uma opção que ela e o marido fizeram, sabendo de antemão o que
poderiam enfrentar. É claro que, no caso de jovens enamorados, sempre há uma
expectativa de que as coisas vão melhorar e que, mais cedo ou mais tarde, ela acabará
sendo aceita, até por força das circunstâncias.
Também queremos
acreditar que isso ainda aconteça, pois todos estamos sujeitos a mudanças, até
por força do amadurecimento e dos sofrimentos que a vida nos impõe e o processo
ininterrupto da evolução. Quem chega ao nível de compreensão do Espiritismo não
pode concordar com o preconceito, pois – antes de sermos humanos ou de pertencermos
a este ou àquele grupo racial ou social – somos Espíritos, e os Espíritos podem
reencarnar em qualquer lugar, sexo, povo ou classe social.
Sabendo disso, colocamo-nos ao lado de sua amiga e vemos
em você uma atitude louvável em interceder por ela, pois, pelo visto trata-se
de uma boa esposa, que não quer que seu marido sofra. Por outro lado, a
mensagem espírita serve de apoio e orientação a quem passa por problema dessa
natureza, pois para o Espiritismo todos somos iguais perante Deus e irmãos de
um mesmo pai. Talvez não exista uma doutrina moderna que tenha tanto argumento
contra qualquer tipo de preconceito como o Espiritismo.
Todavia, dentro dos postulados espíritas de
respeito e amor ao próximo, achamos que sua amiga deve continuar mantendo uma
postura digna diante daqueles que não a aceitam. Isso é mais que importante, é fundamental. Ela deve tomar cuidado para
não cometer algum deslize que possa comprometer sua dignidade como pessoa
humana e como esposa, a fim de que seus adversários não tenham em que se apegar
para desautorizá-la ou criticá-la. Se ela quer manter seu casamento, tudo que
puder fazer para alcançar esse objetivo vai atender aos anseios de sua
consciência.
Por certo virão
filhos. Sobre isso você nada falou, mas certamente você ela está aguardando uma
situação mais oportuna. Talvez seja por enquanto a melhor decisão, mas leve em
consideração que os filhos podem ser uma chave de solução do problema. Mais
cedo ou mais tarde – se ela conseguir souber manter o equilíbrio – até mais
cedo do que pensa, a situação pode melhorar e até vir a se solucionar de forma
definitiva.
Uma sugestão seria
aproximar-se do Espiritismo, até de maneira velada, para não complicar mais a
situação. Você, cara ouvinte, poderia intermediar essa aproximação. A doutrina,
com sua vasta bibliografia, quando compreendida na sua essência ajuda a
fortalecer bons sentimentos, pode proporcionar-lhes mais argumentos para que se mantenham com a consciência tranquila,
ainda que sofrendo o desconforto da discriminação da qual sua amiga é vítima.
Neste aspecto, o casal pode conversar, buscando ajuda para atender às
necessidades espirituais deles e de sua família.
O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO, neste momento, é o livro mais indicado, para começarem a
ler, fazendo suas orações em favor dos familiares e de vocês mesmos. Por esse
livro, eles poderão entender também por que está passando por esta situação,
quais as causas anteriores dessa situação e de que modo procurarão superar esse
obstáculo, mantendo a fé em Deus e a confiança em si mesmos.
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