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sexta-feira, 10 de abril de 2020

PRECE FUNCIONA?; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


“-Fui induzida a contemplar o que podemos chamar de aura da Terra. Meu guia exclamou: - Busca ver como a Humanidade se une pelo pensamento aos Planos Invisíveis. O teu golpe de vista abrangeu a paisagem, procure agora os detalhes. Fixando atentamente o quadro, notei que filamentos estranhos, em posição vertical, se entrelaçavam nas vastidões sem se confundirem. Não havia dois iguais e suas cores variavam do escuro ao claro mais brilhante. Alguns se apagavam, outros se acendiam em extraordinária sucessão e todos eram possuídos de movimento natural, sem uniformidade em suas particularidades. ‘-Esses filamentosdisse com bondade -, são os pensamentos emitidos pelas personalidades encarnadas. Esses raros que aí vês, e que se caracterizam pela sua alvura fulgurante, são os emitidos pela virtude e quando nos colocamos em imediata relação com uma dessas manifestações, que nos chegam dos Espíritos da Terra, o contato direto se verifica entre nós e a individualidade que nos interessa’.  Aguçada minha curiosidade, quis entrar em relação com um pensamento luminoso que me seduzia, abandonando todos os outros, que nos circundavam, para só fixar a atenção sobre ele. Afigurou-se-me que os demais desapareciam, enquanto me envolvia nas irradiações simpáticas daquele traço de luz clara e brilhante. Ouvi comovedora prece, vendo igualmente uma figura de mulher ajoelhada e banhada em pranto. Num átimo de tempo, por intermédio de extraordinária interfluência de pensamentos, pude saber qual a razão das suas lágrimas, das suas preocupações e como eram amargos seus sofrimentos. Sensibilizada, instintivamente enviei-lhe pensamentos consoladores. Como se houvera pressentido, via-a meditar por instante com o olhar cheio de estranho brilho, levantando-se reconfortada para enfrentar a luta, sentindo grande alívio”. O curioso depoimento pertence ao Espírito Maria João de Deus que possibilitou a reencarnação a Chico Xavier, na condição de mãe, e que, em 1935, atendendo-lhe pedido começou a escrever CARTAS DE UMA MORTA (lake), concluído no ano seguinte. Pesquisando a prece, Allan Kardec, entrevistando os Espíritos que o auxiliaram a viabilizar a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS, obteve, entre outras, a informação na questão 662 que “pela prece aquele que ora, atrai os bons Espíritos que se associam ao Bem que deseja fazer”, comentando que “possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea”. N’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Kardec escreveu que “a prece é uma invocação: por ela nos pomos em relação mental com o Ser a que nos dirigimos(...). As dirigidas a Deus são ouvidas pelo Espíritos  encarregados da execução dos seus desígnios(...). O Espiritismo nos faz compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento (...). Para se compreender o que ocorre nesse caso, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no Fluido Universal que preenche o espaço, assim como na Terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do Fluido Universal se ampliam ao Infinito. Quando, pois, o pensamento se dirige para algum Ser, na Terra ou no Espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. É assim que “a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem, que então nos transmitem suas inspirações”. Abordando o poder da prece diz que “está no pensamento, e não depende das palavras,  do lugar, nem do momento em que é feita, podendo-se orar em qualquer lugar e a qualquer hora, a sós ou em conjunto”. Afirma que a “prece em comum tem ação mais poderosa”. Nas “reportagens” escritas através de Chico Xavier pelo Espírito conhecido como André Luiz, encontramos inúmeros ensinos a propósito da prece.  No ENTRE A TERRA E O CÉU (feb), o Ministro Clarêncio afirma que a “prece, qualquer que ela seja, é ação provocando reação. Conforme sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo a finalidade a que se destina.”. André aprende existir a oração refratada, ou seja, aquela cujo impulso luminoso teve sua direção desviada, passando a outro objetivo”. Tal prece, no livro, fora formulada por adolescente órfã, 15 anos, rogando auxílio à mãe desencarnada, supondo que ela se encontrasse junto a Deus, quando na verdade, inconformada e atormentada, ela se mantinha na invisibilidade do próprio lar que deixara compulsoriamente pelo fenômeno da morte física. Mais à frente, ouve que “a oração é o meio mais seguro para obter-se a influência espiritual que se faz através do pensamento, no canal da intuição”, sendo ainda “o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas”, abrindo um caminho de reajuste para o que ora.

 Fico pensando no sacrifício que é ser mãe, por causa de meu filho, que não consigo levar para um bom caminho – diz uma mãe angustiada. Sei que falhei na educação, mas gostaria que Deus me atendesse e me desse outra oportunidade de ajuda-lo a sair do mau caminho. O que devo fazer?  -  Esta é a fala de uma mãe angustiada.

 Depois que um filho atinge a idade da razão – quando ele já é capaz de decidir por si mesmo – fica bem mais difícil aos pais conseguir corrigi-lo, pois a idade própria para a formação dos filhos é na infância, quando eles são mais receptíveis às suas influências. Muitos pais ainda hoje não têm consciência disso (ou perdem a noção de que a infância é a idade apropriada para se educar) deixando escapar a grande oportunidade de iniciar a educação de seus filhos desde o momento em que são concebidos no útero materno.
 No entanto, o grande segredo da educação – de que muita gente ainda não tomou conhecimento – é o fato de que educar é educar-se. Quando uma criança chega à família, principalmente a primeira, os pais precisam rever e melhorar suas próprias atitudes e comportamento, para reunirem autoridade moral para educar. Desse modo, vícios e erros dos pais, com certeza, contaminarão a formação do filho.
 No entanto, na adolescência e mesmo depois, quando o filho já apresenta vícios de comportamento, os pais não deixam de amá-lo e certamente continuarão se esforçando para ajudá-lo. Mais difícil, porém porque agora ele oferece forte resistência. Mesmo agora, os pais precisam rever o próprio comportamento, pois nesta nova fase o filho rebelde tem melhor percepção de seus vícios e por isso já perdeu muito da confiança que tinha neles.
 Uma saída é a tentativa de uma educação religiosa, mas isso implica também em que os pais procurem assumir a postura que querem que o filho desenvolva. Buscar Deus, dentro da concepção de Jesus ( que é a mesma do Espiritismo) significa antes de tudo mudar-se, se é que querem atingir algum bom resultado. Ao final, o que não conseguirem dos filhos ainda nesta encarnação, terão conseguido pelo menos para si mesmos, pois a vida continua para todos, até nova oportunidade.

















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