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sexta-feira, 24 de abril de 2020

TENTANDO ENTENDER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Em famoso programa de televisão dos anos 70, Chico Xavier confirmou a um de seus entrevistadores que, segundo o Orientador Espiritual Emmanuel, “o Mundo Espiritual era dividido em muitos Planos e Sub-Planos. A informação não apenas torna, de certo modo, mais concreta a resposta à questão 35 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS – “o vazio absoluto não existe, nada é vazio, estando ocupado por uma matéria que nos escapa aos sentidos”, bem como, a 85 quando diz que “Mundo Espiritual preexiste e sobrevive a tudo”, hoje, mais de século e meio depois admitida por estudiosos da Física Quântica - a partir da Teoria das Supercordas-, quando afirmam que, “mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. Anos depois da resposta do médium mineiro, ele mesmo haveria de induzir-nos a mais amplas reflexões ao dizer que “as observações humanas, mesmo ampliadas por instrumentação de alta potência, apenas atingem a faixa de matéria em que nos situamos no Plano Terrestre”. A lente humana é o olho humano ampliado. Os que leram o livro OS MENSAGEIROS, devem se lembrar que o Instrutor Espiritual Aniceto em certo diálogo mantido com André Luiz e Vicente, ponderara: “-Há, porém André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma. Já nos anos 60, o Espírito André Luiz, ofereceria outros elementos merecedores de nossa atenção”. 1 - “-Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte bilhões”. 2 -  As esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento”. 3 - “-Companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem segregação em planos regenerativos”. 4 – “-Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra com frequência, a fim de colaborarem na educação da Humanidade 5 – “Os Espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes. 6 – “-Na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais. 7 – “-Os processos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, no Plano Espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato sem que isso ofenda os preceitos científicos”. 8 – “-O Umbral, expressando região inferior da Espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos”. Questões importantes da realidade espiritual de que fazemos parte, encontram-se implícitas nesses informes. Menos a resposta sobre os Planos e Sub-Planos Espirituais. Um eloquente exemplo – acreditamos -, de como funciona esse mecanismo deduzido e explicitado neste comentário, destacamos de farto documentário construído através de Chico Xavier, a história resumida de um Espírito identificado apenas como Josefina, constante do livro VOZES DO GRANDE ALÉM (feb). Conta ela: “-Jovem ainda, abandonada grávida pelo homem que lhe traíra a confiança, sem coragem de enfrentar a maternidade, entre o ódio e a desconfiança, soube guardar seu segredo até o nascimento de criança, que asfixiou com as próprias mãos, improvisando lhe o túmulo, vindo a desencarnar em seguida em consequência da inestancável hemorragia de que se viu acometida. Sem noção de quanto tempo se passara, desperta do torpor característico do processo de desencarne, descobrindo-se dentro da urna funerária, percebendo-se disforme, notando o sangue a fluir-lhe do baixo ventre. Reerguendo-se horrorizada, grita, aloucada, pelo socorro de parentes, clama por auxílio, até que uma voz igualmente chorosa lhe respondeu. Era outra mulher, que, aos seus olhos trazia uma criança nos braços ( imagem que, na verdade, era uma forma-pensamento plasmada pelo remorso da também mãe delinquente que a transportava, desolada e infeliz), visão que a fez começar a ouvir os gemidos do bebe assassinado. Gritando estentoricamente, fugiram encontrando uma terceira mulher, não muito longe, clamando por socorro. Mais alguns passos, uma quarta companheira e, pelas ruas a fora, dentro da noite, na cidade dormente, outras mulheres em iguais condições se juntaram a elas. Alucinadas, foram conduzidas por faunos desnudos a uma casa de meretrício, onde permaneceram aprisionadas. Não sabe quanto tempo depois, foi libertada do rebanho sinistro, sendo internada num manicômio, visto que o inferno interior em que se manteve, a levou à alienação mental”. A sintonia dessas entidades pela Lei da Afinidade reunidas pelo quadro mental em que se mantinham aprisionadas pela culpa que carregavam, cremos, compunha um Sub-Plano Espiritual, circunscrito num dos Planos maiores peculiares ao Planeta em que vivemos.    

 Todos sabemos que o corpo humano é dotado de um sistema imunológico, encarregado de se defender contra agentes causadores de enfermidades, como  vírus e bactérias –. e que dependendo da condição desse sistema de defesa, a pessoa pode estar mais ou menos suscetível de contrair uma doença infecciosa, como é o caso da COVID-19, causada pelo novo coronavirus. Uma grande porcentagem das pessoas que adquirem esse vírus são apenas transmissores (elas não ficam doentes) e uma porcentagem muito pequena dessas pessoas ( de 2 a 10% em média) pode vir a morrer. No entanto, as mortes se concentram mais nos chamados grupos de risco, principalmente nos mais idosos.

         Estes dados são ainda preliminares, pois se conhece muito pouco da doença causada pelo coronavírus, mas é o que pesquisadores, até agora, puderam descobrir a partir do que constataram com as primeiras coletividades acometidas.
         Várias pessoas nos têm perguntado sobre o lado espiritual dessa pandemia, uma vez que, segundo o Espiritismo, nada acontece por acaso. Uma das questões que mais se destacaram nesse sentido diz respeito à probabilidade que uma pessoa tem de adquirir o vírus, ficar doente e morrer. Nesse caso, perguntam, a morte causada pela COVID 19 estaria prevista no seu carma, uma vez que ela seria uma entre milhares de outras que foram contaminadas e sequer manifestaram a doença?
         De fato, a Doutrina Espírita lança um olhar mais amplo sobre essa questão, pois ela não cuida apenas do corpo, mas tudo analisa sob o ponto de vista do Espírito imortal. Fica claro, portanto, que a ciência médica, que não descortina além da matéria, só pode estudar o mundo material, nele colocando as causas e os efeitos de tudo.
         Como nada acontece por acaso, pois tudo está submetido à Lei de Causa e Efeito, deve haver uma explicação para o sofrimento coletivo, como para cada caso em particular, como diz Kardec no capítulo “Bem aventurados os Aflitos” de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPRIITISMO. Todo efeito tem causa: se a causa não estiver nesta vida, estará em vidas anteriores. Mas, na maioria das vezes, não se trata apenas de uma causa simples, mas de um conjunto de fatores que acabam concorrendo para um resultado. Tanto assim que uma determinada morte, por uma determinada doença e num determinado momento, pode ter ocorrido por uma série de causas conjugadas. Há causas próximas como, por exemplo, a falta dos cuidados devidos com a saúde, as ações preventivas, o distanciamento social, a higiene; e há causas que remontam ao passado anterior a esta encarnação. Quando a gente lê as obras de André Luiz, depara com vários relatos que nos ajudam a entender melhor como funcionam as leis divinas em relação à problemática humana.
         Um fato que facilita a contaminação por vírus, por exemplo, pode ser a fragilidade do sistema imunológico. André Luiz, no livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS dedica um capítulo para mostrar que sentimentos ou emoções influem na capacidade de defesa de nosso corpo, dificultando ou facilitando o contágio por agentes infecciosos, como o coronavírus. Embora André Luiz tenha defendido essa tese em 1958, cerca de quarenta anos depois cientistas da Universidade de Harvard vieram comprová-la através de importante experimento.   
         Disso resulta, caros ouvintes, que em meio a um fato de dimensão mundial, como é o caso da pandemia da COVID 19 e o transtorno que vem causando no planeta, existem sim, provas e expiações, mas elas podem ser tanto coletivas quanto individuais, pois embora todos estejamos sofrendo com a coletividade, cada um de nós vem traçando, ao longo de sua história, seu próprio caminho evolutivo.
         Contudo, não podemos esquecer que, ao lado das provas e das expiações, temos também as missões – o que é muito importante lembrar. Missionários, na verdade, não são apenas os cientistas que descobrem remédios ou profissionais da saúde que, muitas vezes, se sacrificam para salvar vidas, Missionários somos todos nós, na medida em que, tendo consciência da gravidade deste momento, procuramos agir com espírito de solidariedade para ajudar pessoas, famílias e coletividade a superarem este difícil momento.



























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