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sábado, 18 de abril de 2020

UM NOVO 18 DE ABRIL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


-“Peço licença para aditar um apontamento de Emmanuel. Perguntei a ele, em 1965, onde estavam aqueles companheiros de Allan Kardec que vibravam com a Doutrina Espírita na França, onde estava aquele contingente de almas heroicas, sublimes, que aceitaram aquelas ideias e as divulgaram com tanto entusiasmo pelo mundo inteiro. Então ele me disse que do último quartel do século 19 para cá, de 15 a 20 milhões de espíritos da cultura francesa, principalmente simpatizantes da obra de Allan Kardec, se reencarnaram no Brasil, para dar corpo às ideias da Doutrina Espírita e fixarem os valores da reencarnação. Foi assim que, nos últimos 80 anos, desenvolveu-se entre nós tal amor à cultura francesa, que milhares de nós outros sabemos de ponta a ponta a história da revolução francesa e nada conhecemos a respeito do Marquês de Pombal, dos reis de Portugal, que foram os donos da nossa evolução primária. Isso está no conteúdo psicológico de milhões e milhões de brasileiros, que estão fichados – por certidão de Cartório – como brasileiros, mas que psicologicamente são franceses”. O revelador aparte é de Chico Xavier e foi feito aos realizadores do programa radiofônico NO LIMIAR DO AMANHÃ - veiculado na década de 70 por uma emissora paulistana -, que foram a Uberaba (MG) para entrevistar o médium. Na ocasião, o jornalista e professor de Filosofia José Herculano Pires, fez a seguinte observação: - É interessante citar aqui uma coisa muito curiosa, que ainda parece que não foi lembrada. O Brasil é a primeira grande nação do Ocidente que está se tornando basicamente reencarnacionista. A ideia da reencarnação penetrou de tal maneira em nosso país, por influência não só do Espiritismo mas também das religiões africanas que foram trazidas aqui pelo contingente negreiro, que dificilmente encontramos hoje uma pessoa que, se não aceita positivamente a reencarnação, também não a nega, não a combate. Isso é muito curioso porque no Ocidente só houve uma nação reencarnacionista no passado, que foi a França. O Brasil será, dentro em breve, a grande nação reencarnacionista do Ocidente. E o professor lan Stevenson, na sua pesquisa sobre a reencarnação, disse que no Brasil encontrou uma compreensão mais precisa, mais natural da reencarnação”. Tudo isto começou no 18 de abril de 1857, quando Allan Kardec recebeu os primeiros exemplares d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS dos 2 mil que havia encomendado em pequena tipografia a alguns quilômetros de Paris. E esta primeira obra falando do Espiritismo, seria ampliada três anos depois com o lançamento de segunda edição, didaticamente organizada em quatro partes: As Causas Primárias; o Mundo Espírita ou dos Espíritos; As Leis Morais e Esperanças e Consolações, temas abordados em 1018 perguntas e respostas através das quais o organizador da obra procurou cercar todas as questões principais e derivadas dos esclarecimentos possíveis. Sabia e afirmou em artigo na REVISTA ESPÍRITA de julho de 1866 que: -“O LIVRO DOS ESPÍRITOS não é um tratado completo de Espiritismo; apenas apresenta as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação”. O tempo se incumbiu de mostrar que aquele primeiro passo representava apenas o início do alicerce que no século 21 suporta um grande edifício de conhecimentos sobre essa realidade que noutra via a Física Quântica vem descortinando através da Teoria das Supercordas que afirmam existir Universos Paralelos e, mais recentemente, que “mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. Caminha-se para a constatação da resposta à questão 85 do livro citado de que entre o mundo material e o espiritual, o segundo é o mais importante, pois, de lá tudo vem e para lá tudo volta. Através do mesmo livro que faz 163 anos neste ano, uma das principais indagações do Ser pensante é respondida: --“A vida humana é uma escola de aperfeiçoamento espiritual e uma série de provas. Por isso é que o Espírito deve conhecer todas as condições sociais e, em cada uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina. O poder e a riqueza, como a pobreza e a humildade, são provas; dores, idiotismo, demência, etc, são punições pelo mal cometido em vida anterior”. Esbarra-se nos mesmos preconceitos e nas mesmas resistências que Copérnico ou Galileu, mas observa Kardec: -“Porque não se compreende uma coisa, não é motivo para que ela não exista, visto que o que hoje é utopia, poderá ser verdade amanhã”.


Um Espírito obsessor pode entrar num Centro Espírita e causar um grande problema pra todos, mesmo que ali se fala em Deus e se façam orações?
O Centro Espírita, como qualquer igreja ou qualquer templo de oração, não goza nenhum privilégio diante da lei divina, apenas pelo fato de lá só se falar em Deus.  Espíritos mal intencionados  podem penetrar num recinto onde pessoas oram, se nesse recinto (qualquer que for a religião) não existir sinceridade; se também lá houver pessoas mal intencionadas, explorando e manipulando outras com suas manobras ardilosas. A questão principal ou a defesa contra o mal, portanto, não é a palavra em si, mas o real sentimento de que são movidas as pessoas.
Esta questão está bem clara nos Evangelhos, quando Jesus chama a atenção sobre a hipocrisia dos fariseus, fanáticos defensores da religião.  Jesus se referiu a eles como os que oram apenas com  os lábios, mas não têm Deus no coração. Nesse sentido, ele adverte contra as falsas aparências, pois existem aqueles que, como os fariseus que Jesus criticou, preocupam-se em se mostrar que são bons e caridosos, que amam o próximo e a Deus, mas que por trás fazem exatamente o contrário.
São atitudes como essas que, muitas vezes, afastam as pessoas da religião e contribuem para fortalecer o ateísmo entre os jovens, quando se deparam com a hipocrisia dominando certos ambientes em que existe falsidade por parte daqueles que, muitas vezes, vivem de explorar o próximo em nome de Deus.
 A prática de uma religião, para que realmente seja válida e se constitua numa defesa contra o mal, deve pautar pela sinceridade de propósito, pela fé em Deus e sempre a melhor das intenções para a busca da verdade. Mas para isso é preciso que as pessoas não se deixem enganar facilmente e estejam atentas para não serem envolvidas e exploradas. Em nosso atual estágio evolutivo ainda temos muito a aprender.



















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