Se nós dormimos em média oito horas por dia, no final vamos ter despendido um terço de nossa vida dormindo. Isso significa que, aos 60 anos, uma pessoa dormiu vinte e, portanto, só utilizou quarenta. Mas o Espiritismo diz que o espírito não dorme e, portanto, nesse um terço precisamos levar em conta que estamos atuando como Espírito. Quero saber se esse raciocínio está certo.
O
sono é uma condição necessária ao refazimento do corpo e existe desde o reino
animal, mas de maneira muito peculiar no ser humano ele se manifesta através de
experiências espirituais, que podem ser compreendidas. Nesse período o corpo
procura se refazer do desgaste natural do dia, entrando num ritmo mais lento
para economizar energia. É claro que, ao descansar o corpo e principalmente o
cérebro, o espírito acaba sendo beneficiado também.
Quando
o corpo trabalha num ritmo de descanso, o espírito acaba sendo liberado para
atividades mais sutis, afrouxando os laços que o prendem ao corpo, o que possibilita
entrar num outro campo de atuação. A
mente, ligada aos problemas da vida, tende a procurar no sono uma fuga de seus
problemas ou um caminho de solução para os mesmos e, muitas vezes, se afasta
parcialmente do corpo, entrando em plena atividade espiritual.
Nos
livros de André Luiz encontramos vários relatos de sonhos, mostrando a relação
direta dessas experiências com ao qualidade moral de nossos pensamentos. No
fundo, nos procuramos através dos sonhos o lugar ou as pessoas com que mais nos
afinizamos, de tal maneira que podemos avaliar a nossa condição espiritual pelo
que costumeiramente sonhamos.
Embora o desconforto físico, como uma indisposição ou dor, interfira negativamente nos sonhos, é durante
o sono que mais percebemos o quanto a consciência moral está dizendo para nós
e, se essa exigência é um sentimento de culpa, de ódio ou de medo, o sonho
tende a ser perturbador, podendo se transformar em pesadelo.
Logo,
como você conclui, de uma forma ou de outra, desprendendo-se ou não do corpo, a
mente trabalha, de modo que podemos afirmar que o ser humano jamais está
inativo, mesmo no sono. É claro que o aproveitamento desses momentos depende de
cada um. Geralmente, durante o sono, procuramos atender aos nossos desejos e
necessidades, e só lembramos daquilo que mais nos impacta a emoção. Por isso,
os instrutores espirituais aconselha a nos preparar espiritualmente para
dormir.
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