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quinta-feira, 21 de maio de 2020

FAMÍLIA; PURIFICAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





 Esta questão veio da Adélia Jacinto dos Santos: “Procuro entender por que precisamos sofrer para encontrar Deus. A gente vai vendo tanto sofrimento no mundo: pessoas abandonadas, aquelas crianças da África, o drama dos refugiados e por aí afora... Mesmo a gente tendo uma religião, parece que não há nenhuma compensação nesta vida. A vida é ingrata por isso: Jesus e os santos tiveram que sofrer. Não existe ninguém que alcançou o céu, sendo feliz na Terra. Isso desanima. Por que Deus traçou esse caminho para nós?
  Para responder sua pergunta Adélia, vamos nos basear em nossa própria vida aqui na Terra. Começamos pela educação. Que futuro desejamos para nossos filhos? Com certeza, queremos que sejam felizes, que sejam pessoas de bem, que tenham suas famílias e vivam em harmonia com todos e cada um consigo mesmo. Desejamos, também, que sejam bons cidadãos, que tenham boas profissões e nunca lhes falte o necessário para viver com dignidade.
 Pais de bom senso pensam assim. Geralmente eles querem para seus filhos uma vida melhor do que eles próprios (pais)  tiveram. Mas, entre o querer e o fazer há uma diferença. Pais podem desejar tudo de bom para seus filhos, mas para isso precisam se empenhar para que eles aprendam a viver, cresçam, frequentem escola, aprendam a trabalhar e conquistem uma vida independente. Em geral os pais querem muita coisa boa para seus filhos.
 No entanto, se é isso que realmente desejam, eles precisam começar desde cedo a educá-los. Educar é mostrar para eles que a vida não é fácil, que eles não terão os pais para sempre, que precisam aprender a  viver sozinhos, que não podem fazer tudo o que querem, que não podem ter tudo o que desejam e, principalmente, que aprendam a se esforçar para alcançar sua completa independência e venham a ser úteis para a sociedade. Isso tudo se chama educação.
  Uma das primeiras conquistas da criança para alcançar sua independência, sua autonomia, é quando elas, por volta de um ano de vida, sentem necessidade de andar. Essa necessidade vai surgir naturalmente. E os pais estarão ansiosos para que isso aconteça logo. Após a fase do rastejamento no chão e, depois, com a ajuda de um andador, a criança se deparará com seu grande desafio: conseguir ficar em pé e andar. Todos sabemos que atingir essa meta  não é nada fácil. Não foi para nós, não é para ninguém.
 De início, a criança se mostrará ansiosa, mas ao mesmo tempo insegura. Ela tem medo de que suas pernas não suportarão. Então, com a ajuda dos adultos, um dia ela vai conseguir se manter em pé e dar seu primeiro passo, sob os aplausos de todos. Começa, então, a fase das quedas. Ela vai cair em alguns momentos. A queda, de início, será vista como um perigo, mas com o tempo, os pais vão aprender que é caindo que ela aprende a se levantar, ou seja, que aprende a encarar e a resolver problemas. Quando a criança já tiver se acostumado com os tombos, ela se levantará sozinha e terá realizado seu grande desejo, andar.
 A pergunta, que fazemos, Adélia, é esta: “Valeu a pena tanto esforço e tanto sacrifício? A ansiedade, os sustos e as quedas valeram a pena? Não é assim, ante os problemas da vida, que aprendemos a viver e a alcançar nossa autonomia? “ Mas tudo isso só foi bom porque foi a própria criança que conquistou por seus próprios méritos. Com certeza, ela precisou de ajuda, mas tendo atingido sua meta, não precisa mais. Logo ela estará apta a ajudar os outros.















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