A Edna Venâncio Ansanello, mais uma vez participando, pergunta como se explica a ligação que nós, os humanos, estabelecemos com os animais quando os criamos dentro de nossa casa. Ela diz que sofreu muito e ainda sofre porque seu cachorrinho morreu. É difícil aceitar a realidade e que, muitas vezes, elas tem a impressão de que seu cãozinho está ali presente junto dela.
O
sentimento, Edna, é algo indescritível. Podemos dizer até que é algo mágico em
nossa vida, mesmo quando ele está dirigido para um animal de nosso convívio,
aquele bichinho que está sempre presente em nossa casa, manifestando a alegria
de estar conosco. Nenhum laço é tão forte quanto o sentimento. Nem mesmo os
laços sanguíneos são tão importantes em nossa vida, pois o sangue vem do corpo,
enquanto que o sentimento vem do espírito. Por isso, as nossas agradáveis
relações com os nossos animaizinhos domésticos, que participam de nossa vida
com muita intensidade.
Certa vez ,
conhecemos um senhor, muito pouco afetivo, quase frio em matéria de sentimento,
que vivia reclamando de seus familiares – esposa e filhos e que não se encantou
nem mesmo com as manifestações desses filhos, quando eram crianças. Nunca quis
saber de animal em casa, pois julgava perda de tempo cuidar de animais, quando
tinha tantas outras coisas importantes a fazer. Um dia, porém, por uma
circunstância da família, trouxeram um cãozinho para ficar ali por algum tempo
em sua casa. E esse homem, antes carrancudo e durão, se encantou tanto com o animalzinho,
melhorou seu estado de humor, e até passou a dizer que o cãozinho era o único
que o recebia com alegria, despertando assim para um sentimento que antes
desconhecia.
Hoje,
existem estudos sobre a importância de se ter animais em casa, não só para as
crianças, mas também para os adultos. Essa relação homem/animal, evidentemente,
está na natureza, pois ambos têm a mesma origem divina. Os animais nos encantam
e preenchem muito de nossa vida afetiva; muitas vezes encontramos num animal de
estimação o que não encontramos em pessoas da própria família: a receptividade,
a alegria, o afeto. Tanto assim que hoje existem tratamentos de determinadas
doenças que incluem o contato com animais.
Desse modo, Edna,
não é difícil compreender sua ligação com o seu cão, neste momento o vazio, a
saudade que sente dele. Para o Espiritismo, o sentimento não é apenas um estado
de alma – é bem mais que isso. Ele cria um clima espiritual que nos envolve e
que envolve aqueles que participam de nossa vida afetiva, como os cães, por
exemplo. Passamos a amá-los e senti-los como companheiros e irmãos no dia a dia
de nossa vida, compartilhando com eles nossas alegrias e tristezas.
Além disso, sabemos também que os animais são
seres espirituais como nós, embora numa faixa evolutiva abaixo da nossa. Como
diz O LIVRO DOS ESPÍRITOS, eles têm um princípio espiritual que podemos chamar
de alma e que não desparece com a morte
do corpo – ou seja, que sobrevive. O
LIVRO DOS ESPÍRITOS foi um ponto de partida para entendermos a importância dos
animais no conjunto da natureza e em nossas vidas, mas várias outras obras
vieram depois, procurando desvendar o mistério que envolve a vida espiritual
dos animais.
N’O LIVRO DOS
ESPÍRITOS lemos que, morrendo, o animal não permanece longo tempo no plano
espiritual como o ser humano. Ele tende a reencarnar o mais depressa possível,
uma vez que toda a sua experiência ainda se concentra na vida física, razão
pela qual, a princípio, o animal não se manifestaria depois de morto. No
entanto, André Luiz nos dá algumas notícias interessantes de suas observações,
dizendo que muitas vezes o períspirito
do animal pode se recuperado por espíritos humanos para atuar no mundo
espiritual. Neste caso se explicaria porque é possível o espírito de um animal
se manifestar de algum modo ou de se fazer sentir a sua presença.
24jan2017
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