Na sua recente obra, O CÉREBRO QUE SE TRANSFORMA, lançado no Brasil pela Editora Record, o psicanalista e psiquiatra Norman Doidge, trata da extraordinária habilidade do cérebro humano em modificar sua própria estrutura e funcionamento.
Doidge viajou pelo mundo para
ouvir histórias de cientistas que trabalham em laboratórios de neurociência de
ponta, além de auscultar opiniões de outros médicos e de pacientes. Com isso,
ele reuniu uma quantidade apreciável de relatos, que estão descritos nesse
livro, onde demonstra a incrível capacidade de regeneração e de autocura do
nosso cérebro.
Trata-se de um trabalho apreciável
de Norman Doidge, que vem corroborar a concepção de que o corpo dispõe de um
mecanismo especial para encarar as doenças e combatê-las. Isso quer dizer, em
última instância, que grande parte das enfermidades que atingem o corpo acabam
sendo curadas pelo próprio corpo, sem que precisemos fazer nada para isso.
Aliás, autocura é o que o corpo está fazendo todo dia e a toda hora, sem que
você perceba.
É claro que essa revelação não é
novidade para a medicina e tampouco para o homem comum. No dia a dia, todos somos
testemunhas da ação autocurativa de nosso corpo. Basta observar o que acontece
quando fazemos um corte no dedo, por exemplo: imediatamente entra em ação um
mecanismo de coagulação do sangue e, em pouco tempo, esse corte estará
cicatrizado. Existem no corpo centenas de mecanismos de auto-regeneração em
funcionamento. Qualquer corpo estranho, que entre no organismo – como um vírus
ou bactéria nocivos – passa a ser imediatamente combatido pelo seu sistema de defesa
(chamado de sistema imunológico), até que seja expulso. Mas, é claro, essa ação
(como tudo na natureza) tem um limite; se o sistema de regeneração não for mais
capaz de promover totalmente a cura, ficaremos doentes: é quando entra a ação
da medicina – não para substituí-lo, mas para ajudá-lo, uma vez que quem
realiza a cura, em última instância, não é a medicina, mas o corpo.
Por isso é que é necessário e
importante que você procure manter atitudes positivas diante da vida, caro
ouvinte, uma vez que seu pensamento é um poderoso estimulador de seu sistema de
defesa, através das múltiplas funções cerebrais. Pessoas, que têm fé e pensam
positivamente, estão mais próximas da cura do que aquelas que se entregam facilmente
ao desânimo ou desistem de viver.
Aqui fica valendo aquela famosa
assertiva de Jesus, quando disse: “ A fé remove montanhas”.
Os Espíritos protetores podem nos
ajudar muito nas doenças – se soubermos cooperar, é claro. Do mesmo modo a
medicina, a psicologia e outras disciplinas da área de saúde. Mas, a decisão final
de se curar é sempre nossa, do nosso corpo, de suas reações ao tratamento.
As chamadas “curas espirituais” que
geralmente as religiões proclamam, para muitos constituem verdadeiros milagres
e estão intimamente relacionadas com esse mecanismo natural do cérebro, que
promovem a autocura. Nesse caso, essa capacidade extraordinária do organismo,
além de depender da fé do paciente, é estimulada por uma ação exterior,
provinda de um ou mais Espíritos benfeitores. Contudo, o mérito principal é de
quem foi curado, porque é na sua atitude mental que os bons Espíritos se
apoiam. Lembre-se da assertiva de Jesus, após uma cura obtida: “A tua
fé te curou”.
Por isso é que dizemos sempre que
Deus já nos deu tudo o que nos tinha a dar; o resto depende de nós. Se você
souber utilizar bem sua capacidade de autocura, com certeza, saberá superar
muitos problemas que afetam seu corpo, facilitando a ação da medicina e dos
benfeitores espirituais.
Com isso, continua valendo uma
afirmação de Santo Tomás de Aquino, teólogo católico, que viveu no século XIII,
quando disse: “Toda cura é autocura”.
A ciência está comprovando isso
e nós estamos descobrindo, cada vez mais, do que somos capazes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário