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domingo, 28 de junho de 2020

OUSADA E CORAJOSA TEORIA DE ALLAN KARDEC; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Embora experimentos em países da chamada Cortina de Ferro com a chamada máquina Kirliam nos anos 50/60 tenham provado a ação das chamadas energizações e mais recentemente no Brasil um estudo realizado em 2003, pelo Dr Ricardo Monezzi, à época Mestrando em Ciências médicas em conceituada Universidade paulista sobre efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos em que tinham sido inoculadas células cancerígenas tenha constatado uma diferença significativa entre os grupos na contagem do número de monócitos, a verdade é que nas páginas da REVISTA ESPÍRITA que fundou e dirigiu no período1858/1869, Allan Kardec noticiou e comentou inúmeros casos em que a Teoria dos Fluidos operou prodigiosas curas. Sem dúvida uma ousadia para o momento em que os estudos da Medicina se fixavam na visão mecanicista, desdenhando a visão vitalista apresentada, entre outros, pelos médicos Franz Anton Mesmer (TEORIA DO MAGNETISMO ANIMAL) ou Samuel Hanneman (HOMEOPATIA). Mas Kardec foi além como documentado em artigo incluído na edição de março de 1868, intitulado Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Explica basear-se em deduções das indicações obtidas por um médium em sonambulismo espontâneo, umas das facetas dos estados alterados de consciência conhecidos como transe, tendo sido dada como resposta a uma pessoa atingida por grave enfermidade que queria saber se um tratamento fluídico poderia ser-lhe salutar. Observa, contudo, que “por mais racional que nos apareça esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo”. Chama a atenção para o fato de que “na medicação terapêutica são necessários remédios apropriados ao mal, não podendo o mesmo remédio ter virtudes contrárias, sendo ao mesmo tempo estimulante e calmante, aquecer e esfriar, não convindo a todos os casos, sendo esta a razão de não existir um remédio universal”. Comenta “da-se o mesmo com o fluido curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem, havendo fluidos que superexcitam e outros que acalmam, fluidos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças, podendo, conforme suas qualidades, o mesmo fluido, como o mesmo remédio, ser salutar em certos casos, ineficaz e até prejudiciais em outros, donde se segue depender a cura, em princípio da adequação das qualidades do  fluido à natureza e à causa do  mal”. Destaca também que, conforme o Espiritismo, “a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim”. Mais à frente em seu artigo, a original proposição de Kardec: -“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não tem como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido, que as desagrega, por assim dizer, e perturba a sua economia”. Afirma ser “o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, obtendo-se a cura não pela substituição de moléculas deterioradas, mas pela expulsão de um corpo estranho”. Nesse caso, a “medicação alopática destinada a agir sobre a matéria é inoperante em todas as doenças causadas por fluidos viciados, por sinal, numerosas”. Desse modo, considera que “duas afecções, na aparência apresentando sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, outra, pela infiltração nos órgãos sãos, de um fluido mau, que perturba suas funções”. Entende que “esses dois casos requerem, no fluido curador, qualidades diferentes. No primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rido em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais próprio à expulsão do que a reparação”. Destaca ainda que “não podendo os maus fluidos provir senão de maus Espíritos, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é preciso tratar ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor”. Finaliza dizendo que “estas considerações mostram quantas coisas há que levar em conta no tratamento das moléstias, e quanto ainda resta a aprender a tal respeito. Além disso, vem confirmar a aliança do Espiritismo e da Ciência. O Espiritismo marcha no mesmo terreno que a ciência, até os limites da matéria tangível; mas, ao passo que a ciência se detém nesse ponto, o Espiritismo continua seu caminho e procede suas investigações nos fenômenos da natureza com o auxílio dos elementos que colhe no mundo extra material; só aí está a solução das dificuldades contra as quais se choca a ciência”.

 Por que, hoje em dia, os casamentos duram tão pouco? Eles já não estão programados na espiritualidade? Não deveria ser o contrário com a evolução da humanidade?  (Ediane de Moraes)

 Vamos responder por parte.  Nem todo casamento foi programado e nem todo casamento programado se realiza, porque as uniões dependem muito do livre arbítrio de cada um. Para a Doutrina Espírita o casamento verdadeiro é a união de dois seres, que tem por base o afeto, o sentimento de amor que existe entre eles. Qualquer outra base, que não seja o amor, compromete o casamento. Por exemplo:  casar por interesse social ou econômico, casar por atração sexual ou qualquer outra conveniência ou vantagem do momento.
 Quando o casamento não está assentado sobre o amor verdadeiro, mas sobre motivações menores, as desavenças começam logo que termina o encanto dos primeiros momentos, passando a sobreviver sob um clima de descontentamento e tensão. Você poderia objetar dizendo que, no passado, eram os pais que escolhiam o casamento e, assim mesmo, eles duravam a vida inteira. De fato, isso aconteceu por injunção da cultura e dos costumes de cada povo.
 Mas a durabilidade dos casamentos, no passado, geralmente não acontecia porque os cônjuges se amavam, mas porque eles apenas se toleravam, principalmente a mulher (sempre submissa) em relação ao marido. Toleravam-se porque sentiam que valia a pena se sacrificarem por outro objetivo, mas estavam longe de se constituir em casamento feliz. Por isso, procuravam manter as aparências de boas relações diante da sociedade, mas, em grande parte das vezes, não conseguiam manter a fidelidade conjugal.
Foi o fenômeno muito recente de emancipação social da mulher, que acabou gerando o quadro instável de casamentos que vemos hoje. Aparentemente um retrocesso, se levarmos em consideração a duração do matrimônio. Hoje, porém, a mulher está reconquistando seu lugar e se sente mais forte na luta pelos seus direitos, o que faz com que muitas uniões se desfaçam, quase sempre com prejuízo para os filhos menores.  Mas este é outro assunto, que vamos tratar em momento oportuno.
 Leia n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, o tema “Celibato e Casamento”, que começa na questão 695, e o tema “Uniões Antipáticas” que começa na questão 939. O Espiritismo é a favor do casamento, mas tolera o divórcio como remédio amargo, no caso da convivência entre o casal se tornar insustentável e até perigosa. Isso não contradiz a lei de evolução; pelo contrário, concorre para tirar a mulher da submissão e melhorar a qualidade dos casamentos.
O fato de estar ocorrendo uma eclosão de divórcios na atualidade demonstra, por outro lado, que ser humano está supervalorizando a separação em lugar da união, por não saber utilizar o remédio certo no momento certo. Todo remédio, indevidamente utilizado, causa problemas colaterais. Mas essa situação, aparentemente descontrolada, faz parte do processo evolutivo do próprio casamento. A evolução geralmente vem entremeada de altos e baixos, até a alcançar um melhor nível de equilíbrio.
Por outro lado, como tudo na vida, o casamento precisa ser tratado com responsabilidade e carinho. Muitas separações ocorrem porque um dos cônjuges, ou mesmo o dois, negligenciam seus deveres de um para com o outro. Esquecem que precisam estar sempre cultivando duas relações e unindo-se em torno da felicidade dos filhos e do bem-estar da família. O casamento é como um jardim que precisa de cuidados especiais. Ao invés de retroagir, com o tempo, ele vai se tornando cada vez mais interessante e prazeroso para o casal.


















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