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domingo, 7 de junho de 2020

PROVAVEL AÇÃO ESPIRITUAL NEGATIVA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


A notícia da morte do ator Robin Willians impactou negativamente não só aqueles que privaram de sua amizade como a legião dos admiradores que se emocionaram com suas performances como protagonista nos filmes de que participou. Várias são as possíveis causas cogitadas para entender ou justificar a ação infeliz  com que interrompeu sua vida em nossa Dimensão. Homem sensível – fator que certamente o auxiliava a compor os personagens que viveu nas telas –, teve no filme AMOR ALÉM DA VIDA uma ideia dos desdobramentos do suicídio no plano de vida imediatamente após este em que nos encontramos. Além dos transtornos mentais e físicos aventados como hipótese para sua decisão de sair pela porta falsa do palco desta vida, outro pode ser incluído nas avaliações feitas. Talvez o determinante dos demais. Exemplo disso encontramos na REVISTA ESPÍRITA, edição de janeiro de 1869, em que Allan Kardec inclui interessante mensagem recebida por um médium chamado Sr Nivard, num grupo de estudos chamado Délliens, de Paris. Referia-se a matéria veiculada pelo jornal local DROIT, noticiando fato testemunhado pelo senhor Jean Baptiste Sadoux, em que um jovem que depois de ter vagado durante algum tempo sobre uma ponte, subiu no parapeito e se atirou no Rio Marne. Apesar das tentativas imediatas de socorrê-lo, ao cabo de sete minutos, retirou-o, todavia a asfixia já era completa não sendo possível reanimá-lo. Uma carta encontrada com ele, o identificou como o Sr Paul D..., e, dirigia-se ao seu pai, pedindo perdão por abandoná-lo, afirmando-se “há dois anos dominado por uma ideia terrível, por uma irresistível vontade de se destruir. Acrescentava que lhe parecia ouvir fora da vida uma voz que o chamava sem descanso e, a despeito de todos os esforços, nada o impedia de ir à ela. Encontraram, também, no bolso do paletó uma corda nova, na qual tinha sido feito um laço corredio”. Comenta Allan Kardec, que “a obsessão está bem evidente, explicação que só o Espiritismo dá”, acrescentando que “se fosse esclarecido pela Doutrina Espírita, com mais vontade, seu livre-arbítrio poderia ter resistido, sabedor que a voz que o assediava não poderia ser senão de um mau Espírito”, bem como, “das consequências terríveis que adviriam de um instante de fraqueza”. A comunicação obtida por via mediúnica era assinada pelo Espírito Louis Nivard esclarece: -“A voz dizia: Vem! Vem! Mas teria sido ineficaz essa voz do tentador, se a ação direta do Espírito não se tivesse feito sentir. Por quê? Seu passado era a causa da situação dolorosa em que se achava; apegava-se à vida e temia a morte. Mas nesse apelo incessante que ouvia, pergunto eu, encontrou força? Não; encontrou a fraqueza que o derrotou. Venceu os temores, porque esperava no fim encontrar do outro lado da vida o repouso que o lado de cá lhe negava. Foi enganado: o repouso não veio. As trevas o cercam, a consciência lhe censura o ato de fraqueza e o Espírito que o arrastou gargalha ao seu redor e o criva de motejos constantes. O cego não vê, mas escuta a voz que repete: Vem! Vem! E depois zomba de suas tortura. A causa deste caso de obsessão está no passado, como acabo de dizer. O próprio obsessor foi impelido ao suicídio por esse que que acaba de fazer cair no abismo. Era sua mulher na existência precedente e tinha sofrido consideravelmente com o deboche e as brutalidades do marido. Muito fraca para aceitar a situação que lhe era dada com resignação e coragem, buscou na morte um refúgio contra os seus males. Ela vingou-se depois: sabeis como. Entretanto o ato desse infeliz não era fatal; tinha aceito os riscos da tentação; esta era necessária ao seu propósito, porque só ela poderia fazer desaparecer a mancha que havia sujado sua existência anterior. Ele tinha aceito os seus riscos, com a esperança de ser mais forte e se havia enganado; sucumbiu. Recomeçará mais tarde? Resistirá? Dele dependerá. Rogai a Deus por ele, a fim de que lhe dê calma e a resignação de que tanto necessita, a coragem e a força para não falir nas provas que tiver de suportar mais tarde”. A propósito, Chico Xavier conta curiosa passagem em que procurado por uma mãe buscando orientação carregando nos braços um filhinho surdo, mudo, cego e sem os dois braços, apresentando uma doença nas pernas que exigia para salvar-lhe a vida, segundo os médicos, a amputação das duas, ouviu do Espírito Emmanuel: -“Chico, explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Mas, agora que está aproximadamente com cinco anos, procura um rio, um precipício para se atirar. Avise nossa irmã que os médicos amigos estão com a razão. As duas pernas dele vão ser amputadas, em seu próprio benefício, para que ele fique mais algum tempo na Terra, a fim de que diminua a ideia do suicídio”.



Vejam o drama que uma jovem nos contou e tomamos a liberdade de trazê-lo, sem identificar pessoas, por se tratar de um tema muito importante. Ela nos disse, mais ou menos, o seguinte: “ Em casa meu é o único materialista e nos ofende com suas atitudes. Ele critica porque rezamos, porque pedimos a proteção de Deus, dizendo que, se Deus é tão poderoso, por que ele não nos fez perfeitos? Por que Ele deixa as pessoas sofrerem? Isso não é uma covardia? Porque vamos rezar, então, se ele só faz o que quer, sem perguntar nada a ninguém?”
 Este é um grito de revolta, prezada jovem, vindo de uma pessoa a quem você deve muito amor – seu pai.  Precisamos entender que há pessoas completamente frustradas em suas pretensões, que nunca conseguiram o que queriam – e como perderam a esperança de ter seus sonhos realizados (às vezes, elas sonham muito alto)– voltam-se contra Deus, quando não se voltam contra si mesmas - o que seria pior ainda. No seu caso, você tem o direito de discordar de seu pai, mas deve tomar cuidado para não agir como ele, ou seja, para não se revoltar.
 Você e os demais familiares precisam ter paciência com seu pai e deixar de se aborrecer com as críticas que ele faz, pelo fato de vocês orarem e confiarem em Deus. Talvez vocês precisem ir mais longe, mudando a maneira de tratá-lo e de receber suas críticas. Para que vocês possam demonstrar fé em Deus, devem se esforçar por manter uma atitude serena diante do que ele diz, sem se abalarem com isso, pois a verdadeira fé, como diz Kardec, é calma, tranquila, segura e sobretudo pacífica.
 Leia n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, o capítulo “A fé remove montanhas”. Ali você vai encontrar elementos que vão ajudar você e seus familiares  a fortalecer a fé diante das críticas do seu pai e, ao mesmo tempo, mostrar para ele no que consiste a verdadeira fé.  Os que se dizem ateus, cara jovem, também cultivam a sua fé: eles acreditam que Deus não existe – e isso também não deixa de ser uma crença. Contudo, conforme o teor desse texto que estamos lhe recomendando, a fé agressiva, violenta, perturbadora, demonstra mais dúvida do que certeza, mais insegurança do que convicção.
Não exijam de seu pai mais do que ele pode dar. Tratem-no com respeito, com bondade, com compreensão – evitando discussões e atritos, e vocês perceberão que, como o tempo, ele vai se aproximar aos poucos de vocês. Neste momento, não fiquem preocupados em rebater suas críticas, que isso vai mais prejudicar do que melhorar suas relações. Hoje, aqui, não estamos preocupados com argumentos lógicos ou filosóficos para contestá-lo, mas em passar a você a recomendação de Jesus, que é o exercício do perdão no seio da família.


















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