-“Já vos dissemos e repetimos, muitas
vezes, que estais na Terra de expiação para completar as vossas provas, e que
tudo o que vos acontece é consequência de vossas existências anteriores, as
parcelas da dívida que tendes a pagar”, respondeu o Espírito Bernardim, quando perguntado se “deve-se
por termo às provas do próximo, quando se pode, ou devemos, por respeito aos
desígnios de Deus, deixa-las seguir o seu curso?”, Conforme reproduzido
no capítulo cinco d’O EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO. O desconhecimento disso, a não cogitação ou compulsões
trazidas no inconsciente de encarnações passadas levam pessoas como Brittany
Maynard a optarem pelo suicídio assistido como permitido
pela legislação do Oregon e outros cinco Estados norte-americanos, ou a Eutanásia
praticada por profissionais de saúde na Holanda, Bélgica e parte da Suíça.
Jovem de 29 anos, casada recentemente acometida por tipo raro de câncer na
cabeça, escolheu o que se convencionou chamar “morte digna”. No mesmo
capítulo do livro citado, colocada a situação-problema de “um homem que agoniza, presa de
cruéis sofrimentos, sabendo-se que seu estado é sem esperanças, seria permitido
poupar-lhe alguns instantes de agonia, abreviando-lhe o fim”, obteve-se
da Espiritualidade a seguinte resposta: -“Mas quem vos daria o direito de prejulgar
os desígnios de Deus? Não pode Ele conduzir um homem até a beira da sepultura,
para em seguida retirá-lo, com o fim de fazê-lo examinar-se a si mesmo e lhe modificar
os pensamentos? A que extremos tenha chegado um moribundo, ninguém pode dizer
com certeza que soou sua hora final. A ciência, por acaso, nunca se enganou nas
suas previsões? (...) O materialista que só vê o corpo, não
levando em conta a existência da alma, não pode compreender essas coisas. Mas o
espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último
pensamento. Aliviai os últimos sofrimentos o mais que puderdes, mas guardai-vos
de abreviar a vida, mesmo que seja em apenas um minuto, porque esse minuto pode
poupar muitas lágrimas no futuro”. Noutra resposta, alerta que “quer
o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre o de abreviar a vida, e,
por conseguinte, há o suicídio de intenção, embora não haja de fato”.
O caso da moça americana parece se enquadrar neste. Pergunta-se se a fé não
poderia inspirar outra decisão. Provável. Ocorre que ninguém dá o que não tem.
As gerações nascidas nas últimas décadas em várias regiões do Planeta,
especialmente naquelas em que predomina a cultura materialista, as crianças
cresceram e crescem sem qualquer referência sobre seu sentido espiritual,
distantes da religião, atualmente incapaz nas escolas dominantes de oferecer
respostas lógicas para as mentes argutas dos Espíritos que tem reencarnado. Brittany,
como a esmagadora maioria das criaturas humanas ligadas aos processos e
programas reencarnatórios, ignoram que “os complexos de culpa determinam
inimagináveis alterações no corpo espiritual”, e - como observa o
Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier - que o “homem
vê unicamente o carro orgânico em que o Espírito viaja no espaço e no tempo,
buscando a evolução própria, habitualmente não enxergando os retoques de
aprimoramento ou as dilapidações que o passageiro vai imprimindo em si mesmo,
para efeito de avaliação de mérito e demérito, quando se lhe promova o
desembarque na estação de destino”. Pelas regras, ou seja, pelos
mecanismos da Lei da Causa e Efeito, a cada momento construímos o
próprio destino, resolvendo ou complicando problemas criados com nossas ações
deliberadas. E, não fugimos de nós mesmos. A facilidade com que se entregou ao
suicídio mesmo que disfarçado de “morte suave”, bem como, a doença
rara de que foi acometida, a idade em que se deu; sugerem estar ela presa a decisões
radicais que, pela profundidade e extensão com que lesionam e traumatizam as
áreas atingidas, plasmam dores e sofrimentos, acrescidos da compulsão
para repetir o gesto. Apesar do amparo da lei humana, não conseguirá, porém,
fugir das consequências espirituais de seu ato, decretando para si futura
existência assinalada pelos efeitos causados na que interrompe, talvez
agravados pelos que trazia do passado para se libertar. Sem falar do despertar
no Plano Espiritual como observamos na obra LOUCURA E OBSESSÃO (1986, feb), psicografado por Divaldo
Pereira Franco, onde o Espirito Manuel Philomeno de Miranda descreve
visita feita com o Dr Bezerra de Menezes a um necrotério
para auxiliar médium com que o Benfeitor trabalhava, cuja filha, suicida,
debatia-se no cadáver enregelado, sem conseguir libertar-se dele, nem ser
socorrida em sua aflição.
Gostaria de saber o que
significam cético, agnóstico e ateu, se são a mesma coisa ou se existe
diferença entre eles.
Existe diferença, sim,
entre estas três categorias de pensamento. O mais fácil de entender, certamente,
é a definição de ateu. No grego Deus é designado pela palavra “théos”; o
prefixo “a” significa negação. Logo, ateu é a pessoa que nega Deus, que não
acredita na existência de Deus. É uma postura filosófica, um modo de ver e
conceber o mundo. O ateu parte do pressuposto que Deus não existe, não deve
existir. Logo, tudo que existe é apenas matéria e foi a matéria que deu origem
a si mesma.
Já a palavra agnóstico, vem de agnose, do grego,
o que não pode ser conhecido. Logo, agnóstica é a pessoa que pode acreditar
em Deus ou pode não acreditar. Ela parte do pressuposto de que conhecimento
dessa ordem não está à altura do ser humano alcançar. Logo, Deus pode existir
ou não, mas nunca poderemos provar. Entre os agnósticos, há duas classes: os teístas
e os ateístas.
Agnóstico teísta é o que considera que
Deus existe, mas o conhecimento de Deus é inacessível ao homem, pois não é
possível provar que Deus existe. Logo, ele não deve se ocupar disso e se
satisfazer apenas com a crença de que Deus existe. Agnóstico ateísta,
por sua vez, é aquela pessoa que
considera que Deus não existe e que, sendo impossível provar que ele não
existe, o homem também não deve se ocupar desse assunto.
Finalmente, o cético. O
cético diferencia de todos os demais, porque se trata da pessoa que considera
que Deus pode existir ou pode não existir, mas ele só se sentiria satisfeito se
conseguisse comprovar a existência ou a não-existência de Deus. A diferença
entre o cético e o diagnóstico é que o cético acredita que o homem poderá
provar que Deus existe ou que não existe, enquanto o agnóstico acha que isso é
impossível, porque além da capacidade humana de investigação e que, portanto, é
inútil se ocupar desse assunto.
Apenas para completar o quadro
das diversas posições humanas em relação à existência de Deus, convém citar ainda
os teístas ou crentes. Teístas ou crentes são os que acreditam em Deus, a
grande maioria da população, pois a existência de Deus é o fundamento de todas
as religiões. Entre os crentes ou teístas há os que não se preocupam em
compreender sua crença, apenas acreditam e, portanto, optam por uma fé cega.
Mas existe a outra categoria, formada de pessoas que veem na existência de Deus
uma resposta para a existência do Universo e para sua própria existência. Estes
utilizam uma fé racional
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