O Adhemar Marcondes Filho trouxe o seguinte relato e pediu nossa opinião a respeito. “O índio Félis Karaí, que contracenou como pajé na novela “Velho Chico”, ao lado de Domingos Montagner que morreu afogado no São Francisco, afirmou junto com a filha Jiaí Tiúka, que pressentiu a morte do ator durante uma das cenas gravadas. Isso aconteceu numa entrevista que deu à RJ Inter TV, 2ª. Edição que foi ao ar na segunda-feira, dia 19 de setembro. Ele disse que teve essa percepção quando, na cena da novela, jogou fumaça de cachimbo por cima da cabeça do ator Montagner, mas não quis comentar nada por se tratar de um assunto interno da tribo. Segundo o índio, quando ele joga fumaça por cima da cabeça de uma pessoa e a fumaça fica parada, significa que essa pessoa terá uma vida longa, mas quando a fumaça dispersa logo em seguida, significa que a vida da pessoa vai ser curta. Esse relato teria sido confirmado por outros índios que afirmaram que Félis Karaí comentou esse estranho episódio, logo que se reuniu com a tribo.”
Adhemar, nós sabemos que,
de uma maneira geral, os índios (do Brasil ou de qualquer outra parte do mundo
e que, hoje são comunidades quase extintas, vivem bem próximos à natureza, em
contato direto com a terra, com os rios e com a vegetação - e que , por isso mesmo, eles gozam de uma
espiritualidade e de uma sensibilidade mais apuradas.
Segundo relatos dos irmãos
Villas Boas, que dedicaram sua vida a um trabalho junto aos indígenas
brasileiros,- e que podem ser encontrados em vários vídeos do YouTube - muitos foram os casos em que esses indianistas
presenciaram singulares fenômenos que os brancos não saberiam explicar.
A No entanto, não temos como confirmar ou não o que Fèlis Karaí
afirmou para o jornal da televisão carioca quanto ao pressentimento da morte do
ator, Domingos Montagner, porque se trata de um simples relato que, para ser
comprovado, deveria ser mais bem investigado. Nesse caso, se tomarmos como
verdade os fatos que ele está narrando
podemos adiantar que deve ter havido algum fenômeno de uma ordem ainda
desconhecido para nós.
No livro “Fenômenos
Paranormais em Povos Primitivos”, autoria do pesquisador italiano, Ernesto
Bozzano, Editora Edicel de São Paulo, há muitos relatos sobre fenômenos
semelhantes que, para nós ainda não são
fáceis de entender, porque vivemos num outro meio, num outro mundo e numa cultura completamente diferente da
cultura indígena.
Ao que tudo indica, as
comunidades indígenas estão ligadas a Espíritos de um nível cultural próprio,
que atuam sobre os índios encarnados com a finalidade de lhes orientar no
caminho da sobrevivência. É possível que a previsão da morte – não sabemos dizer
com que frequência isso acontece - possa
ser um expediente ao qual as tribos indígenas recorriam, muito mais no passado,
para ter condições de enfrentar e sobreviver aos perigos das florestas.
Por isso, acreditamos que as culturas primitivas, como a dos
índios brasileiros, devido ao tipo de vida que têm bem junto à natureza, onde o
índio está totalmente integrado, admitem práticas que, aparentemente, não
passam de crendices e superstições para nós, mas que se estudadas com mais
profundidade e espírito de pesquisa, como fez Ernesto Bozzano, podem revelar
muito de um aspecto do mundo espiritual que desconhecemos.
Logo, Adhemar, não podemos
dizer como se acontece esse tipo de revelação - ou
seja, quais os mecanismos capazes de provocar esse fenômeno da fumaça,
mencionado pelo índio Félis Karaí. Contudo, podemos afirmar que, entre os povos
primitivos, a premonição deve ser um fenômeno mais frequente do que entre os
civilizados.
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