Não é difícil para o espírita concluir que
cada nova geração, que vem ao mundo, tende a ser mais inteligente e ativa que a
geração anterior, justamente por causa da lei de evolução, que se realiza
através da reencarnação. Durante centenas de séculos, desde que surgiu na Terra
a figura do homo sapiens – a linhagem
de hominídeos que deu origem ao homem da atualidade – esse desenvolvimento vem
se verificando.
Portanto, cara ouvinte, o principal fator que
leva o ser humano a se desenvolver ao longo do tempo, são as suas experiências
reencarnatórias, tornando-o cada vez mais apto a viver neste planeta,
encontrando e criando novos instrumentos de vida que o ajudam a evoluir. Cada
geração que nasce encontra na Terra melhores condições que a anterior e, ao
mesmo tempo, devido ao seu aprendizado, acaba contribuindo mais ainda para a
melhoria de vida no planeta.
Evidentemente
estamos nos referindo ao que o homem tem feito de bom e positivo pela vida em
todos os campos de atividade. Mas, porque a evolução implica em vários aspectos
do desenvolvimento humano, não podemos deixar de considerar que no aspecto
moral a humanidade evolui mais devagar, observando-se momentos de avanço e outros
de recuo. No aspecto intelectual não, a evolução parece ser mais linear e,
portanto, mais pronunciada e mais visível.
Por isso, observamos que no campo da ciência,
da tecnologia e das ciências aplicadas as coisas caminham relativamente bem,
mas quando se trata de conquistas morais elas não são tão pronunciadas assim.
De qualquer forma há evolução. Logo, nesse aspecto técnico, as crianças, que
estão nascendo hoje, trazem um potencial
maior para desempenhar seu papel quando adultas, mais do que as gerações de
seus pais e de seus avós.
No entanto, por serem mais inteligentes e
precoces – porque manifestam suas habilidades bem cedo – elas também gozam de
liberdade bem mais cedo, o que dificulta sua educação, exigindo muito mais dos
pais do que nas gerações anteriores. As
crianças são mais inteligentes, atuantes, mas também podem ser mais
trabalhosas, justamente por causa de seu despertar precoce. Os pais precisam avaliar
melhor essa realidade se prepararem para uma geração de crianças que exigem
muito mais que no passado.
Um aspecto, que não deve ser esquecido, na
educação da criança é o que se refere à sua espiritualidade. Observe que não estamos
falando de religiosidade, mas de espiritualidade com a noção de Deus. Isso
significa que não é o simples fato de se dar uma religião à criança que vai
contribuir para o seu desenvolvimento espiritual. O que vale é a postura dos
pais, coerente com a crença num Deus justo e bom.
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