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sexta-feira, 31 de julho de 2020

FAMILIA; PROGRESSO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Contam os Evangelhos que, certo dia, Jesus saiu num barco para pescar com alguns discípulos. Quando estavam em alto mar, uma violenta tempestade desabou e ameaçou afundar a embarcação. Naqueles momentos, conta os evangelhos, Jesus dormia no barco. E os discípulos, gritando de medo pelo que lhes podia acontecer, acordaram Jesus para salvá-los. Jesus, porém, os repreendeu dizendo que eles não tinham fé e, ao lançar o olhar sobre o mar, o vento cessou e as águas se acalmaram.  Esta passagem é vista e interpretada como mais um milagre de Jesus, mas a interpretação espírita mostra a simbologia que envolve a narrativa, para dizer que a vida é como uma embarcação no mar agitado, que os ensinos de Jesus estão dormindo em nós, mas se soubermos acordá-los e utilizá-los na prática de nossa vida diária, seremos capazes de serenar todas as tempestades.
            Todos os dias navegamos sobre um mar de emoções.
Quando estamos bem conosco mesmos, esse mar é tranquilo e podemos navegar com mais segurança. Imaginem um barco deslizando sobre águas serenas. O dia se apresenta mais bonito, o sol mais radiante, as cores da natureza mais vivas e alegres, as pessoas mais simpáticas e acolhedoras.
Mas, quando não estamos bem, esse mar pode ser tempestuoso e ameaçador. Imaginem um barco à deriva em alto mar, sob o castigo de uma violenta borrasca, sacudido por gigantescas e impetuosas ondas. Nesse momento, tudo em nós é agitação, insegurança e medo. Armamo-nos contra tudo e contra todos: precisamos nos salvar. É quando lembramos de Jesus que, na verdade, está dormindo dentro de nós.
As emoções, caros amigos, comandam nossa vida, mas nós é que precisamos saber comandá-las. Do contrário a vida se nos mostrará como um mar tempestuoso, coberto por um céu ameaçador e agitado por fortes rajadas de vento.
Quando André Luiz recomenda cautela ao nos levantar, na primeira lição de seu livro SINAL VERDE, ele está pensando no tipo de mar em que vamos navegar nesse dia, para que definamos, desde o momento que levantamos, como será o novo dia para nós.
Se procuramos, desde o início do dia, a viver num clima de paz, alimentando pensamentos elevados, sem ficar apontado culpados ou lamentando os revezes do dia anterior, estaremos definindo por onde vamos navegar – se sobre um lago tranquilo ou sobre um mar tempestuoso.
Quem define isso?  Nosso comando mental, nossa decisão de que esse dia será o nosso melhor dia, que estamos vivendo sob a proteção de Deus, que as pessoas em torno são justamente aquelas com quem temos de conviver, seja para aprender com elas, seja para ensiná-las, seja para receber seu apoio, seja para apoiá-las.
Por isso, é preciso alinhar o pensamento no bem para estabelecer a nossa rota, como o navegador quando assume tranquilo o leme da embarcação. Agradecemos por mais um dia e projetamos sobre ele toda a nossa vontade de viver.
É preciso também começar bem com aqueles que convivem conosco, seja para compreender os que ainda não nos compreendem, seja para tê-los ao nosso lado como amigos e colaboradores.
A vida em si é um convite à felicidade e a felicidade não pode ser descartada apenas em razão dos problemas que nos visitam. Ao invés de maldizê-los e atirá-los para longe, precisamos aprender a encará-los com serenidade, aproveitando as lições que nos trazem e os convites que nos fazem para aprender a viver.
A pior derrota é a da descrença e do desânimo, e a maior vitória – a que nos dará mais satisfação na vida – é o domínio que conseguimos ter sobre nós, confiando na presença de Deus em nossa vida.
















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