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segunda-feira, 27 de julho de 2020

INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS; MORRER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





 Esta questão foi colhida em uma de nossas reuniões doutrinárias no Caminho de Damasco: “Por que existe gente que tem medo do Espiritismo?  Vejo isso na reação de pessoas que até julgo inteligentes, mas quando ouvem falar de Espiritismo ficam assustadas. “
  A primeira explicação para essa reação negativa ante o Espiritismo se deve ao fato de essas pessoas não conhecerem a Doutrina Espírita. Geralmente, o que elas sabem de Espiritismo é o que ouviram falar, primeiramente em casa e depois de outras pessoas que também não conhecem o Espiritismo, mas que costumam fazer julgamento do que não conhecem. A par dessa irresponsabilidade, sabemos que sempre há uma campanha difamatória por trás, particularmente dos líderes religiosos preocupados em perder adeptos.
O problema tem uma abrangência maior, justamente porque costumamos falar e dar a nossa opinião sobre o que desconhecemos. Allan Kardec dizia mais ou menos assim: “ respeito a opinião de um químico quando ele fala sobre Química, de um físico quando fala sobre Física, de um matemático ao referir-se à Matemática, porque em cada um desses casos as pessoas estão opinando sobre o campo que elas estudam e trabalham, mas não posso respeitar a opinião que alguém que venha falar do Espiritismo, sem nada conhecer de espiritismo.”
No entanto, muitas pessoas, como dissemos, só sabem do Espiritismo o que ouviram falar. Nunca leram nada, tampouco se preocuparam em estudar mais a fundo a matéria e, mesmo assim, acham que sabem tudo, que já podem dar sua opinião e, o pior, que podem julgar e condenar o Espiritismo, quando  muitas vezes não dominam nem seu próprio campo de conhecimento – no caso, a religião a que pertencem. Evidentemente, para que possamos ser críticos de alguma coisa, precisamos ter um domínio sobre esta coisa, caso contrário nossa opinião não tem valor algum.
 Essas mesmas pessoas, muitas vezes assumindo lideranças religiosas, acabam por fazer a cabeça de seus seguidores, fazendo afirmações absurdas e incompatíveis com a realidade. Tempos atrás, uma ouvinte deste programa ficou assustada quando ouviu alguém dizer que Kardec se suicidou e, por isso, veio perguntar se confirmávamos essa informação. É claro que se trata de uma difamação, na medida em que o informante queria dizer que Kardec estava assediado pelo demônio, porque isso pensava em condenar o Espiritismo.
 Tais opiniões não têm qualquer base racional e muito menos moral. Os espíritas, que conhecem a sua doutrina, sabem do que estamos falando, pois se os difamadores falam do que não conhecem, o Espiritismo, ao contrário, procura conhecer os princípios de fé de todas as religiões, combatendo todo preconceito. Kardec recomendou que o espírita lesse de tudo e não ficasse restrito apenas às obras espíritas, a fim de que, conhecendo outras formas de crer, ele pudesse avaliar melhor a sua própria crença e cientificar-se se realmente está no caminho certo. Quem ama a verdade não tem o que temer.
 Por isso mesmo, o Espiritismo respeita todas as religiões, desde que elas ensinem o bom caminho, preguem o amor ao próximo e estimule seus seguidores a se tornarem pessoas cada vez melhores – porque esse deve ser o papel de toda religião que se preze e que esteja disposta a servir à causa da humanidade. A verdade, como dizia Kardec, não está aqui ou ali, está em todo lugar, pode vir inclusive de onde menos esperamos. Daí concluir: quem somos nós para julgar?
 Quem  está familiarizado com obras espíritas, quem assiste suas palestras, sabe muito bem que os escritores e expositores espíritas, quando pretendem mostrar o caminho do bem e da verdade,  não citam apenas autores espíritas. Eles citam pessoas de todas as religiões e até mesmo aquelas que não têm religião alguma, pois, para o Espiritismo ( do mesmo modo que Jesus entendia), ninguém é dono do bem ou da verdade. O bem e a verdade estão em toda parte: onde haja um sentimento honesto e um esforço para a realização de uma boa obra, há algo a ensinar para toda a humanidade.















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