Um assunto, que esteve na pauta da imprensa tempos atras, foram as várias tragédias que vêm assolando o Haiti, considerado o país mais pobre da América. A pergunta é: “Por que esse nação sofre tanto? Além da pobreza, os desastres naturais, como o terremoto e o furacão. Vendo esse fato do ponto de vista espírita, esse povo está pagando uma grande dívida? O que será que eles fizeram no passado?
Ao acontecer uma tragédia
como essa e, principalmente no caso do Haiti, quando várias desgraças ocorrem
quase que simultaneamente, fica em cada um de nós esse questionamento: por quê?
Por que esse povo vem arrastando tanto revezes e tanto sofrimento? É claro que,
por mais imaginemos que as causas desses problemas estão no passado dos atuais
haitianos, ainda assim, sofremos o impacto dessa notícia e a ficamos
inconformados diante de tanto sofrimento.
Mesmo com tudo que a Doutrina
Espírita nos oferece dentro de um pensamento racional e lógico, ainda não sabemos
trabalhar internamente suas ideias fundamentais, como as leis da causalidade e
da evolução. Ainda procedemos como a criança, que tendo todas as informações
necessárias para evitar o perigo, não atingiu a necessária suficiente para integrá-las
na sua maneira de ser, na sua forma de agir e, por isso, sofre as consequências
de sua teimosia. Nós ainda queremos resultados imediatos para problemas
milenares e isso, certamente, não vai ocorrer.
Precisamos entender que
realmente nada acontece por acaso, principalmente quando se trata de uma
tragédia oriunda de fenômenos naturais – ou seja, de fatos que não dependeram
diretamente da ação do homem e que podem ocorrer a qualquer momento, como
também aconteceu recentemente na Itália. Os haitianos, de uma maneira geral –
pois, nada podemos afirmar de forma absoluta – devem ter algo no passado que os
colocou presentemente nestas circunstâncias, submetidos a situações de perigo.
Não é um castigo, é apenas consequências de atos cometidos em vidas anteriores.
As calamidades naturais,
quando atingem populações, acabam servindo para dar um impulso maior na
evolução de Espíritos. Não sabemos o que aconteceu em suas encarnações anteriores,
mas podemos presumir que a forma violenta com que uma nação é varrida só pode
advir de lamentáveis situações do passado em que muitos desses Espíritos
estiveram envolvidos. E isso não é difícil de conceber, já que a nossa história
da está cheia de atos de violência e crueldade, de guerras e escravização, que
mancharam de sangue e lágrimas o caminhar tortuoso da humanidade.
Segundo o Espiritismo, o
sofrimento coletivo advém de erros solidários, ou seja, de atos cometidos por
grande número de pessoas – talvez com conivência de nações inteiras – e esses
Espíritos retornam em situação de necessidade e miséria para resolver com suas
consciências as culpas e remorsos advindos de erros cometidos. Naturalmente,
não nos referimos a todas as vítimas, porque entre elas estão também Espíritos
abnegados e missionários que, muitas vezes, abriram mão de sua comodidade para
se lançar numa missão perigosa para servir e socorrer.
De qualquer forma, o que
precisamos compreender na essência é que nenhum de nós, individualmente, nem
todos nós, coletivamente, sofremos por nada. O caminho da evolução é difícil,
mas glorioso, porque nos leva à perfeição. Foi isso que Jesus, na sua jornada,
tentou explicar para a Humanidade, dando um exemplo de sacrifício em prol de
uma causa nobre. Quando, do ponto de vista materialista, pensamos que estamos
mortos ou derrotados, na verdade, estamos superando graves vícios morais de que
somos portadores, a fim de renascer para um mundo novo.
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