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sábado, 8 de agosto de 2020

CURA MEDIUNICA; FLUIDO MAGNÉTICO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




Se sabemos que estamos nesta vida apenas de passagem, que a morte não é o fim da existência e que, portanto, a vida continua, por que não aceitamos a morte como um fato natural, mas fazemos dela um drama?

Allan Kardec aborda muito bem este tema no primeiro capítulo do livro O CÉU E O INFERNO, capítulo que ele intitula “O Futuro e o Nada”. Quem tiver curiosidade, leia esse capítulo com muita atenção; se possível, leia-o várias vezes, até se convencer de que entendeu o que Kardec quis transmitir. Na verdade, o “não ter medo da morte” é uma postura filosófica que o espírita ( ou todo aquele que se convence da vida futura) deveria adotar.

 Conhecemos pessoas que não só se portaram com dignidade nos seus últimos momentos de vida, mas deram exemplo vivo de quem sabe encarar a morte como uma passagem natural para outra vida. Diante da iminência da morte, elas chamaram seus familiares e lhes passaram recomendações sobre valores morais e espirituais, pedindo que aceitassem serenamente a desencarnação, com a certeza de que não está indo embora para sempre.

 No entanto, de uma maneira geral, temos muita dificuldade de encarar o termo da vida terrena – da nossa vida e da vida de nossos entes queridos. Isso acontece porque ainda não conseguimos ver além, pois costumamos colocar nossos interesses e objetivos apenas e tão somente nesta atual existência, como se nada existisse além. Não basta ter religião, não basta proclamar que acreditamos em Deus e na imortalidade da alma, se ainda não conseguimos digerir essas ideias no mais profundo de nossa alma.

 Se por um lado devemos cuidar de nosso corpo e dar-lhe a vida mais longa e digna possível – porque a encarnação é uma experiência preciosa para o Espírito – por outro, precisamos tomar consciência de que não pertencemos ao mundo material – somos mais que isso -  razão por que não devemos viver exclusivamente para os interesses exclusivos do agora. É supervalorização da matéria, o apego demasiado aos bens e aos valores transitórios deste mundo – e, mais do que isso, é o desprezo aos valores do espírito - que nos impede perceber o verdadeiro sentido da vida.

 Foi o que Jesus ensinou. Certa vez ele contou a história do agricultor, que resolveu acumular muitos bens e viver exclusivamente para as coisas imediatas, desprezando o ideal e as virtudes.  Construiu muitos celeiros para estocar seu trigo e, quando estava no auge de seu projeto, numa noite, quando menos esperava, Deus o chamou e ele teve que partir desta vida, deixando tudo o que acumulara. Por esta singela parábola, Jesus alerta para o exagero com que valorizamos o que é passageiro e esquecemos o que é eterno.

 Muitas de nossas famílias acabam se desfazendo em brigas por causa de dinheiro e de herança, por causa de inveja e ciúmes, por absoluta falta de humildade, quando deveríamos aprender a cultivar respeito e amor entre nós, usando de paciência e compreensão, sabendo que aqui estamos para criar ou fortalecer laços espirituais. No entanto, vivemos discutindo e nos desentendendo por coisas banais, esquecendo que o maior valor da vida humana é o amor – o amor com que devemos nos ligar uns aos outros.

 O que verdadeiramente vai nos ensinar o valor da vida é o exercício do amor entre nós, com o que nos fortaleceremos para qualquer desafio. Só o cultivo do amor genuíno nos dará a real convicção de que viver vale a pena, de que a vida tem um sentido muito mais elevado do que imaginamos. Quando nos esforçamos para a viver bem, no dia a dia de nossa vida, vivemos com a consciência tranquila e a morte, quando vier, será apenas uma porta para uma vida melhor.
















 

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