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domingo, 2 de agosto de 2020

DIVULGAÇÃO; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Por que, quando a pessoa morre, vira santo, todo mundo passa a falar bem dela. Será porque nós queremos que todos se salvem?
 Também por isso, não há dúvida. Quando alguém parte desta vida – um ente querido, um familiar por exemplo, e principalmente aquele com quem tivemos tantos desentendimentos -  sentimo-nos de certa forma aliviados. Ou seja, essa pessoa já não é mais um problema em nossa vida e, por isso, ainda que forma inconsciente, podemos ver na sua morte uma espécie de solução. É claro que não queremos admitir isso, especialmente se alguém nos perguntar.
 Mas isso é apenas uma parte da explicação, porque, no fundo, não queremos ter problemas com ninguém, queremos nos amar, sentimos que precisamos nos aceitar e nos amar uns aos outros. Por isso, quando alguém ( que com quem nos sentimos tão incomodados) parte desta vida, passamos experimentar uma espécie de culpa, por não tê-lo compreendido, por não tê-lo tratado melhor. E aí nos resta, agora, enaltecer suas qualidades.
Daí porque a morte deve ser uma grande lição em nossa vida. Ela nos mostra o lado que não queremos reconhecer nas pessoas, quando essas pessoas estão aqui vivendo ao nosso lado. A morte nos convida a refletir melhor sobre nossas atitudes no dia a dia, principalmente dentro da família, que é onde surgem os maiores conflitos. Esta pessoa, que está aqui conosco, amanhã pode não estar mais. Por isso, tanto quanto nós, ele precisa de compreensão e de ajuda.
Nas sessões mediúnicas são comuns comunicações de Espíritos que demonstram arrependimento por não terem sido mais pacientes, mais tolerantes, mais compreensivos, mais atenciosos com aqueles que ficaram: pais que se arrependem de não terem dado tanta atenção aos filhos, filhos que não souberam valorizar os sacrifício dos pais, esposas que não foram tão devotadas aos maridos, maridos que desprezaram e até traíram suas esposas.
 Pois, os que partem desta vida– tanto quanto os que ficam – também partem com os mesmos problemas – por terem sabido conviver bem, por traírem os imperativos da própria consciência. Desse modo, tanto para uns como para os outros, os que se afastam da sua convivência passam a ser valorizados pelo bem que fizeram, pelas qualidades que demonstraram, esquecendo-se seus defeitos e deslizes.
 Desse modo, quase sempre passamos a valorizar mais as pessoas quando as perdemos. Antes, incomodados, apontávamos seus defeitos. Agora, aliviados, reconhecemos suas virtudes. Aliando tudo isso ao sentimento de culpa, por não termos sido melhores companheiros, passamos a elogiar sua conduta e até a exagerá-la, num tipo de compensação pelo mal que achamos ter causado a ela.
 Essa reação, portanto, é perfeitamente natural. Mas deveríamos saber aproveitar melhor a lição da morte, quando ouvimos tantas referências elogiosas aos que se foram. Isso, certamente, vai acontecer com cada um de nós, porque sem dúvida, se temos defeitos, temos também qualidades que deverão marcar a nossa vida depois que partirmos.
















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