O psiquiatra canadense Ian Stevenson (1918/2007), que por 34 anos chefiou o Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, onde vivia, ampliou seus estudos referentes à mente humana e desta chegou ao cerne, à essência que vitaliza o corpo humano, o espírito. Interessado na questão da sobrevivência sob foco diferente da reencarnação documentado através de vários livros, a partir do clássico VINTE CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO, relatou em longo artigo publicado na revista italiana LUCE E OMBRA, intitulado UM COMUNICANTE DESCONHECIDO À MÉDIUM E AOS CONSULENTES, marcante e sugestiva experiência dentre os 60 casos por ele investigados – alguns publicados, outros não –, possibilitando a estudiosos, pesquisadores e curiosos, uma visão geral dos resultados. Deparando-se naturalmente em suas observações com fraudes, constatou também a seriedade de muitos trabalhos, marcados pelo desinteresse e honestidade. Um das produtivas reuniões de que participou, deu-se na cidade de Zurique, na Suíça, tendo como médium uma senhora de nome P. Schultz, que, enquanto a saúde permitiu, por vários anos, exerceu a mediunidade desinteressada, proporcionando ao pesquisador muitos elementos, inclusive, dialogando com entidades desencarnadas, as quais forneceram provas irrefutáveis do que lhe revelaram no ambiente idôneo. Um dos procedimentos dos membros do grupo mediúnico era a habitual confrontação das anotações obtidas nas reuniões com os fatos, a fim de se certificar da veracidade das comunicações. Um dos casos aprofundados envolvia um Espírito que em sua manifestação citou o nome de uma família que não estava presente e que residia em Zurique. De posse das informações fornecidas, Stevenson e sua equipe procuraram localizar a referida família. Para surpresa dos investigadores, através da lista telefônica conseguiram os primeiros elementos para contato, confirmando os detalhados informes dados pelo Espírito, o qual mencionava inclusive a morte de um membro do clã, ainda jovem. Contatada a família, esta ficou maravilhada com a revelação mediúnica e a exatidão de tudo quanto descrevera o Espírito. De posse de pequenos detalhes, ampliou pessoalmente sua análise, esbarrando em alguns pontos conflitantes com o obtido na reunião mediúnica, como a causa e o dia preciso da morte do pequeno Robert Passanah. Consultando o obituário, Stevenson descobre que o falecimento do menino se deu no Kinderspital, de Zurique, em 6 de dezembro de 1932. De posse do atestado de óbito do menino, descobre que fora vítima de pulmonite, percebendo um pequeno engano – omissão de uma sílaba -, por parte de um membro do grupo mediúnico quando da anotação da informação do Espírito sobre a causa morte. Confirma não ter havido qualquer contato anterior entre a médium e os familiares da criança, reforçando sua percepção da honestidade da médium, a veracidade da comunicação e a psicosfera de seriedade reinante naquele ponto de interação entre o Mundo chamado visível e o invisível. Interessado na verdade dos fatos, consulta os jornais da época, mais precisamente de dezembro de 1932. Eram cinco os publicados na ocasião no município, todos tendo noticiado o falecimento e sepultamento do menino Roberth Passanah, inclusive o endereço completo da família: Ulrichstraase, número 14, sétimo distrito na cidade de Zurique, concluindo mais uma vez, pela autenticidade da comunicação mediúnica, considerando não ser possível a médium dispor de uma quantidade tão grande de detalhes. Prosseguindo em suas averiguações, acompanha o surpreso pai do garoto ao cemitério de Rehalp, em busca da lápide em que constava o nome do menino. De fato, lá estava o nome completo, bem como, as datas de nascimento e morte de Roberth. Por fim, estimulado com as provas apuradas até então, dirige-se à Paróquia de Santo André, em Zurique, tencionando atestar pelos registros existentes nos arquivos da igreja o sepultamento da criança, o que, por razões compreensíveis, lhe foi negado já que a sobrevivência da forma como ele investigava não é admitida pelas escolas religiosas convencionais. Confessa no artigo publicado pela revista italiana ter desistido, por não se tratar de um registro público, embora também convencido de que ali estariam outros dados que procurava, os quais, com certeza, jamais poderiam ter sido acessados pelo olhar da médium P. Schultz. Assim, o representante da dita Ciência, ofereceu outra contribuição ao ramo do conhecimento do qual era respeitado integrante, certificando a imortalidade do Ser humano.
Uma senhora se diz cansada com os problemas da família e faz alguns
questionamentos: “É muito difícil
entender Deus quando estamos sofrendo. É quando perguntamos o que Deus quer da
gente. Somos pequenos, não somos? E Deus é tão grande. Por que tantos
problemas, então, se Ele é bom ?
As leis da vida – ou seja, as leis de Deus - é um
caminho necessário. Precisamos, de fato, refletir mais sobre isso. É o meio
como o Espiritismo procura nos ajudar para não sofrermos demasiado ou para
sofrermos inutilmente em momentos difíceis da vida. No entanto, você mesma já
deve ter percebido que quando tudo está bem, quase sempre nem lembramos de
Deus. Ficamos tão envolvidos com os prazeres e vantagens imediatas que a vida
proporciona que, nessas horas, nem nos damos conta de que Deus está no comando
de tudo.
Por que não vamos pedir
explicação a Deus sobre as boas coisas que nos acontecem todos os dias e a vida
toda? Por que não pensamos, nessas ocasiões, a razão por que Deus está sendo
tão bom conosco? Você já refletiu sobre isso? Contudo, em meio a uma série de
momentos agradáveis que nos envolvem durante nossa existência na Terra, quando
surge um problema, quando a dificuldade aparece, quando somos surpreendidos por
um grande obstáculo, aí, então, lembramos de Deus, E mais: achamos que alguma deve
estar errada, porque não aceitamos que Deus nos devia tratar assim. Acreditamos
estar sendo vítimas de algum engano ou mesmo de uma grande injustiça.
Na verdade, prezada
ouvinte, seu problema não é o único neste planeta; todos conhecem muitas
dificuldades neste mundo, mas quase sempre, no balanço geral da vida,
esquecemos de considerar que os bons momentos superam os momentos
desagradáveis. E, então, percebemos que agimos como crianças, ainda ingênuas e
imaturas. Quando tudo está bem para elas, entretidas com seus brinquedos e
aventuras, elas nem se lembram que têm pais. Mas, bastou surgir um pequeno
problema, uma dificuldade, um obstáculo, elas correm imediatamente, pedindo-lhes
socorro ou reclamando atenção.
Sim, espiritualmente, ainda
somos crianças, reclamando atenção, afeto e exclusividade do pai. Recorremos a
Deus na dificuldade, como a criança reclama a presença do pai ou da mãe. Ainda
não conseguimos levar em conta que Deus governa o mundo através de suas leis.
Leis significam ordem, que precisam ser obedecidas. Quando a criança cai e se machuca, ela corre
chorando para a mãe, e não leva em consideração que só caiu porque não acatou
suas recomendações. Assim é também conosco. É dessa forma que funcionam as leis
de Deus: tudo na natureza tem limite e estamos aqui, nesta vida, para aprender
a viver com moderação e equilíbrio.
Todavia, só dá para
entender o funcionamento das leis de Deus em termos lógicos, se levarmos em
conta a reencarnação. É por isso que n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO de
Allan Kardec, tem um capítulo muito especial, intitulado “Bem aventurados os
aflitos”, onde lemos que nossos sofrimentos podem decorrer de dois tipos de causas:
as causas atuais e as causas anteriores. Causas atuais são as que decorrem
desta mesma vida, de erros ou enganos que cometemos aqui e agora: uma doença, por exemplo, pode provir de
descaso ou de abuso da saúde, e isso é ainda muito comum entre nós. Mas se a
causa não estiver nesta mesma vida, com certeza, vem de vidas passadas.
Leia com atenção esse
capítulo d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, e você pode localizar melhor onde
está seu problema. E não só; você vai perceber que não há problema sem solução,
e que cada situação difícil que se apresenta em nosso caminho é sempre um
convite para avaliarmos melhor a nossa existência e descobrir respostas que
atendam às nossas necessidades de crescimento e evolução. Se você ainda não tem
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, vai encontra-lo na biblioteca de um centro espírita
ou, se quiser, o é melhor ainda, poderá adquirir um exemplar dessa obra, que é
sempre vendida a preço bem acessível.
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