faça sua pesquisa

sábado, 15 de agosto de 2020

OBSESSÃO: DETERMINANTE DE MUITAS PATOLOGIAS MENTAIS E FÍSICAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A integração de forma mais intensa entre diferentes Dimensões Existenciais nesse período de mudanças radicais e profundas na condição evolutiva global evidencia cada vez mais a presença dos processos obsessivos na sociedade humana. Felizmente, a preocupação objetiva com os transtornos mentais vai, com certeza, conduzir a ciência a conclusões relacionando comportamentos enquadrados na ampla escala dos mesmos, às influências espirituais, reconhecidas, por sinal, na versão mais recente da Classificação Internacional de Doenças (CID), da OMS – Organização Mundial de Saúde, mais especificamente a CID 10, item F.44.3 em que define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos Espíritos e patológicos, provocados por doenças. O Espiritismo tem substancial contribuição a dar sobre o tema quando diz que “o problema da obsessão tem no Pensamento sua base, explicando que além dos pensamentos comuns (experiência rotineira), emitimos com mais frequência os pensamentos nascidos do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade”. Explica que seja por questões de vingança por prejuízos causados em outras vidas pela potencial vítima de agora, seja razões menores, os chamados obsessores “procuram conhecer a natureza da pessoa que objetivam prejudicar, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver. Identificado o reflexo da criatura, superalimentam-na com excitações constantes, robustecendo impulsos e quadros já existentes na imaginação, criando outros que se lhes superponham, nutrindo-lhes, dessa forma, a fixação mental”. Esclarecem que “semelhante processo cria e mantem facilmente o “delírio psíquico” ou a “obsessão”, que não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente acrescidas de influência direta ou indireta de outras mentes, desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo”. No extraordinário livro AÇÃO E REAÇÃO escrito pelo Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier, aprendemos que “somos (seres humanos) fulcros geradores de vida, com qualidades específicas de emissão e recepção. Obsessão é um processo semelhante ao da hipnose. O campo mental do obsessor, cria no mundo da própria imaginação as formas-pensamento que deseja exteriorizar. Plasmando a imagem da qual se propõe extrair o melhor efeito, usando as forças positivas da vontade, colore-os com recursos de concentração de sua própria mente, e, aproveitando a poderosa energia mental, projeta-as, como um hipnotizador, sobre o campo mental da vítima. Esta transforma as impressões recebidas, reconstituindo as formas-pensamento plasmadas, nos centros cerebrais, por intermédio dos nervos que desempenham o papel de antenas específicas, a lhes fixarem as particularidades na esfera dos sentidos, num perfeito jogo alucinatório, em que o som e imagem se entrosam harmoniosamente”. Alerta que quando, por falta de tempo, não possam criar as telas pretendidas com os fins visados por intermédio da determinação hipnótica, situam no convívio da criatura, entidades que se lhe adaptem ao modo de sentir e ser”. Destaca que “cada um é tentado exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio”, ou seja, “cada qual de nós vive e respira nos reflexos mentais de si mesmo”. De outras obras do mesmo Espírito, destacamos três casos para reflexão: 1- CARACTERÍSTICA- Mulher, 25 anos, cabelos em desalinho, semblante torturado, expressão de inquietação e pavor nos olhos escuros CAUSA – Ação de entidade feminina que lhe controla as impressões nervosas, obliterando os núcleos de força, através de fios cinzentos que lhe fluem da cabeça, envolvendo-lhe o centro coronário, movida pelo ciúme da encarnada por tê-la substituído na condição de segunda esposa do seu ex-marido, além do desejo de vingança por sabê-la intencionalmente negligente no caso do afogamento de seu enteado Marcos. (ETC,3) 2-CARACTERISTICA – Mulher, idade avançada, cabelos grisalhos, corpo magro, rosto enrugado, aparentando senilidade mental nas falas aparentemente desconexas proferidas com voz alterada. CAUSA – Presença espiritual mediunicamente registrada ao seu lado, na cama que ocupava, o qual ali se instalara desde muitos anos logo após sua morte aparentemente acidental durante caçada esportiva com amigos. (EVC) 3 - CARACTERÍSTICA - Homem, com Espírito parcialmente desligado do corpo físico pela hipnose do sono, que descansava com bonita aparência, sob cobertas quentes, revelando posição de relaxamento, semelhante aos viciados em entorpecentes. CAUSA – Presença de três entidades femininas em atitudes menos edificantes, atraídas para a atmosfera pessoal do encarnado através de mentalizações na área da sexualidade desequilibrada. (ML)


 Esta pergunta, que vamos responder agora, veio de uma conversa com uma senhora na barraca do Lar Meimei, durante a Festa da Cerejeira: “Quando, em lugar de ajudar um pobre diretamente, indo à casa dele, ajudamos alguém a fazer essa caridade (Por exemplo, quando a gente contribui com uma instituição, como o Lar Meimei ou como outra qualquer da cidade para que ela faça isso por nós), podemos dizer que praticamos uma caridade indireta? Qual o mérito desse tipo de caridade? Não seria melhor a gente mesma ir ao encontro do pobre, como está escrito n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO?

 Ninguém deu tanto valor à caridade quanto Jesus. Não devemos entender por caridade somente o simples ato de dar, mas toda atitude ou todo comportamento diante do próximo pode ser caridade, desde que seja motivado por uma boa intenção.  Boa intenção é agir em função do bem-estar do próximo. Assim, o benefício, que queremos prestar – ou seja, o ato de caridade – pode ser dirigido a qualquer pessoa, desde um ente querido a um desconhecido. Jesus se referia ao próximo, quando queria dizer aquele com quem nos relacionamos, ou seja, aquele que está mais perto.

 Do mesmo modo, a nossa ajuda pode ser direta ou indireta – isso não é o mais importante. O mais importante é que ela se realize com a intenção pura de servir ou de fazer o outro feliz. Logo, não é só o dar, mas é como dar, que finalidade última se quer atingir. “Quando deres esmola,  disse Jesus, não alardeeis diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem vistos e recompensados pelos homens. Eu vos digo que eles já receberam sua recompensa”.

 “Vós, porém, quando deres esmola – prosseguiu ele -  não saiba a vossa mão esquerda o que faz a direita”. Estas palavras de Jesus devem ser entendidas no seu sentido mais profundo, pois o caracteriza o verdadeiro ato de bondade é o fato de não se esperar nada em troca. Esmola aqui é qualquer ajuda para resolver um problema imediato, o que muitas vezes é indispensável. Uma pequena ajuda naquele momento era muito importante, pois os cidadãos judeus eram pobres e grande o número de pedintes mendigavam pelas ruas. No entanto, Jesus falava ao povo e queria que o povo, apesar da pobreza em que vivia, soubesse solidarizar-se com os que tinham necessidades ainda maiores.

  No mundo antigo, como no tempo de Jesus, a pessoa desamparada só podia ser socorrido por alguém que se condoesse dela, pois naquele tempo não existia nenhum serviço social que se dedicasse a assistir os pobres. Muitos morriam abandonados sem qualquer socorro. Hoje, porém, a situação é outra.  O próprio Estado, cada vez mais, vem criando mecanismos para atender à população pobre, principalmente nos países mais adiantados, além de existirem instituições apropriadas para diversos tipos de atendimento.

 Evidentemente, o fato de existirem serviços especializados – que atendem crianças, idosos, enfermos – cada um de nós também pode acrescentar seus próprios serviços. No entanto, um serviço social – como o da prefeitura ou o do Lar Meimei, por exemplo – reúne condições para distribuir recursos com mais segurança e critério, podendo estender seu atendimento a outros tipos de serviço, como orientação, esclarecimentos e encaminhamentos.

 Desse modo, o cidadão do século XXI pode contribuir de várias formas com uma entidade que se dedica à atendimento social ( hospitais, creches, asilos, etc.) desde a doação material à doação em serviços. É claro que a contribuição em serviço é mais meritória, porque a pessoa está dando algo de si – o seu tempo, a sua habilidade, a sua capacidade de trabalho – além de pôr o coração naquilo que faz. A maioria das pessoas, que precisam de ajuda, são mais carentes de atenção e de afeto do que de bens materiais.

 Assim, toda participação consciente do individuo – seja de forma direta ao que precisa, seja de forma indireta (através de uma instituição) – ou mesmo atuando como voluntário em algum tipo de serviço – é válido, chame-se isso de caridade ou não. O nome não importa. O que importa é o benefício que cada um pode dar, a sua participação ( não apenas em relação ao necessitado), mas, sobretudo, em relação à sociedade, onde sempre terá chance de ser útil e de atuar em favor do bem de todos.

 





 


 





 

 

 

 

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário