Vitimas de ações daqueles que veem na violência uma forma de obter de forma fácil o que muitos conquistam nas lutas e dificuldades de cada dia, se serviram de Chico Xavier para confirmar aos familiares mergulhados no desespero, e na dor da separação compulsória, que continuam vivos, em outra Dimensão. Atestados, obtidos em reuniões públicas, ante o olhar ansioso, angustiado, sofrido de dezenas de pessoas que, intimamente, alimentavam a expectativa que uma das cartas mediúnicas, recebidas naquelas reuniões se dirigisse a elas. Textos, invariavelmente, permeados por ricos detalhes, nomes, apelidos somente do conhecimento dos familiares a que se destinavam, geralmente, sem ter tido contato prévio com o médium. Do riquíssimo acervo construído ao longo de quase três décadas, destacamos alguns para reflexão: CASO 1- Claudio Giannelli, 45 anos, advogado, casado, cinco filhos, alvejado durante assalto próximo de sua residência, quando retornava de instituição bancária, morrendo ao dar entrada em Hospital para onde foi levado. DEPOIMENTO: -“Estive consciente, embora plenamente anulado, até o Hospital São Caetano. Quando me vi cercado por médicos e enfermeiros, um homem chegou, de leve, até onde me achava estirado e se aproximou de meus ouvidos, dizendo: -“Filho, não tenha medo!. Jesus não nos abandona. Não se aflija com a agressão de que foi vítima! Descanse o seu pensamento que a dor esfacela e pense na Bondade de Deus! Entregue a esposa e os filhos à Misericórdia de Divina e repouse”. Quem me falava assim no tom que não posso esquecer? Ele respondeu-me: -“Estamos juntos. Sou o seu pai Mário que volta a você para transportá-lo comigo!”. Ao ouvir aquelas palavras as lágrimas brotaram dos meus olhos e procurei a tranquilidade na oração última. Então, senti que, enquanto ali se preocupavam com o meu corpo ensanguentado pelo tiro que me alcançara, meu pai estava comigo auxiliando-me a confiar em Deus. Uma bênção de paz me desceu ao coração e entreguei-me aos braços de meu pai, que se fazia acompanhado de outros amigos. Retiraram-me do corpo devagarinho, como se ele houvesse voltado a ser criança. Colocou-me de pé e abraçou-me como se eu estivesse nos dias da primeira infância e, tão pacificado me vi, que entrei num sono calmante para mim naquela hora incompreensível”. CASO 2 – João Reis de Andrade, 62 anos, motorista de táxi, casado, 10 filhos, morto a golpes de faca, por passageiros que lhe solicitaram os levasse de Apucarana a Campo Mourão, cidades paranaenses, tendo seu corpo sido ocultado em plantação de soja à beira da estrada. DEPOIMENTO: - “Lembro-me que um golpe me retirou qualquer faculdade de reação. Orei, reclamando vocês todos, esposa querida e filhos meus!. Sabia, porém, que havia soado a hora, a hora que ninguém espera e sempre chega.. Tentei pedir clemência e dizer que entregava tudo, mas me poupassem a vida, no entanto, a voz não saia mais. Notei que mãos vigorosas me deitavam numa plantação que me oferecia repouso(...). Adormeci pensando na família, e procurando esquecer qualquer sentimento que me azedasse as ideias(...). A princípio, fui conduzido para um hospital, em que o amigo espiritual Dr Leocádio me prestou imensos serviços”.. CASO 3 – Edison Roberto Ribeiro Pereira, 26 anos, comerciante, noivo, baleado durante tentativa de assalto a seu estabelecimento. DEPOIMENTO: -“O que me aconteceu a princípio, para nós todos, foi algo inesperado e terrível. Achava-me com a alegria do Ano Novo, trabalhando em Itapema, longe de imaginar que seria alvejado por bagatela. Quando me vi sob o fogo da arma disparada, caí num torvelinho de ideias desencontradas (...). Lutei para não dormir naquela hora difícil, ansiando prosseguir no comando de meu corpo, mas todo o esforço se fazia inútil. Por fim, entrei num desmaio como se meus pensamentos fossem uma vela acesa que se apagava de repente... Quis pensar em reagir, mas no fundo de meu coração, qual se alguém me quisesse refletindo em Jesus nos momentos que me precediam o repouso, me falava um voz que parecia vir de mim mesmo: -“Filho, pense em Jesus, perdão para nós todos, ódio nunca” (...). Dormi profundamente e não tive qualquer contato com a realidade de tudo, quanto se seguia aquela agressão (...). Quanto tempo perdurou aquele torpor imprevisto não sei. Lembro-me de haver acordado num aposento de hospital, que me fazia supor numa internação em algum pronto socorro da Terra mesmo. Acordei sentindo muita agitação e não sabia se era dor ou angústia, porque os quadros ao redor não me tranquilizavam, apesar do cuidado carinhoso que se mantinha no recinto”.
A
Bíblia conta que as diferentes línguas faladas no mundo ( deve haver muito mais
de 100 línguas diferentes) foi resultado de uma confusão que Deus provocou
entre os homens que estavam construindo uma torre para chegar ao céu. O que diz
o Espiritismo sobre isso? (Adailton)
Vamos ler
e analisar o texto bíblico que trata da Torre de Babel; capítulo 11 do Gênese,
que diz o seguinte: Ora, toda a
terra tinha uma só língua e um só idioma. E deslocando-se os homens para o
oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. Disseram uns aos
outros: Façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras
e o betume de argamassa. Disseram mais: Edifiquemos para nós uma cidade e uma
torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados
sobre a face de toda a terra. Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre
que os filhos dos homens edificavam.
E disse o Senhor: Eis que o
povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não
haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Desçamos, e confundamos ali a sua linguagem,
para que não entenda um a língua do outro.
Assim o
Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a
cidade. Por isso se chamou Babel,
porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor
os espalhou sobre a face de toda a terra
Os livros,
que datam da idade antiga - como é o caso da Bíblia, Adailton - são preciosos documentos que não podemos
dispensar, se quisermos conhecer e compreender a evolução da humanidade. No
entanto, devido ao longo tempo que deles nos separam - são dezenas de séculos – foram eles que inauguraram
a História com contos, mitos e lendas em prosa e poesia, que procuraram
retratar as crenças, as idéias, os ideais e os costumes dos povos antigos.
Por isso, essas obras são férteis em relatos
– os mais diversos – onde nem sempre é fácil distinguir o mito dos fatos, o
real do fantástico. Por exemplo: uma das
mais antigas preocupações do ser humano é saber de onde ele veio, de onde surgiu
a vida, como o mundo começou. Assim, se você fizer uma pesquisa, vai perceber
que todos os povos antigos tinham a sua própria versão sobre a origem do mundo:
tanto os povos do oriente quanto os povos do ocidente.
As
lendas – que são histórias fantásticas - serviam para explicar aquilo que o
povo não podia descobrir por si mesmo, pois no passado faltavam instrumentos
para se penetrar mais fundo na verdade. Surgiram. Então, as diversas versões
sobre a origem do mundo e da vida, sobre o aparecimento do homem, constituindo
que hoje se conhece como os mitos da criação. Cada vez que se deparava como uma
pergunta de difícil resposta, recorria-se a um mito para explicar o fato.
Mas
essas explicações vinham de líderes religiosos, sacerdotes, e profetas –
daqueles que eram considerados intermediários ou mensageiros de Deus. Foi assim
que surgiu a história da Torre de Babel
que, na verdade, tentava responder: por que existem tantas línguas diferentes
no mundo? Naquele povo não existia ciência, sequer filosofia. Os lideres
utilizavam da religião para fortalecer a fé do povo, uma vez que a religião,
tida como verdade única e indiscutível, era a verdade que comandava o mundo.
Desse modo, o Espiritismo hoje, por ser uma
doutrina moderna - prefere a explicação
da ciência, que veio descobrindo, ao longo do tempo, que as línguas, as
religiões, os usos e costumes dos povos ( ou seja, tudo o que conhecemos como
cultura), nasceu no seio de cada comunidade, de cada território, de cada nação,
criando essa rica diversidade crenças e valores que hoje caracteriza a
sociedade humana.
Todavia, não é só. A intervenção de Deus, fazendo com que a obra da
Torre parasse, foi devido ao medo que Ele teria de que o homem pudesse chegar
ao céu. (Veja que visão simplista se tinha de Deus e do céu na época!). Deus
guardava no céu seus segredos e temia que o homem os descobrisse. Isso pode
significar o medo da religião em relação ao cultivo da inteligência. Para os
antigos – como hoje, para algumas religiões – o progresso da ciência ( ou a
construção da torre) é uma ameaça ao poder da religião, razão pela qual, ao
longo da história, ela tudo fez para desviar o povo de qualquer outra fonte de
verdade
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