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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

ESPÍRITO; REMORSO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Vamos dizer que um Espírito, que tem uma grande dívida do passado, reencarnou nesta vida para ter uma doença que ele próprio provocou no espírito e, finalmente,  para morrer dessa doença a fim de se redimir da culpa nesta encarnação. Vamos dizer que a medicina acaba de descobrir um remédio que cura essa doença e essa pessoa se cura. Eu pergunto: como fica o carma dessa pessoa ?  Ele é transferido para outra encarnação, porque nesta não deu certo de pagar?  (Adailton)
 A vida na Terra, Adailton  – e, com ela, todas as realizações humanas, inclusive as conquistas da ciência – não estão desvinculada da vida espiritual e muito menos dos planos de Deus. Pelo contrário, os Instrutores Espirituais  costumam dizer que as descobertas e invenções, tanto quanto todas as realizações que fazem parte da experiência humana, vêm da espiritualidade para cá e não daqui para lá. Desse modo, as reencarnações, com todo fenômeno natural, estão atreladas às conquistas da humanidade.
 Ademais, não existe um destino irrevogável para o Espírito: é bom que isso fique bem claro.  A vida é um processo dinâmico: está sempre em movimento e se modificando o tempo todo.  O plano de vida de cada Espírito está sujeito a mudanças, dependendo das circunstâncias que ele vive, de modo que os fatos, que acontecem durante sua vida na Terra,  se dão em termos de probabilidade e não de certeza absoluta. Assim, uma dívida é uma dívida: precisa ser paga. Porém, existem formas diversas de pagá-la.
 Quando Jesus nos estimula a praticar o bem ( e isso ele fez o tempo todo, conforme mostram  os evangelhos) , ele não está perguntando se aquela pessoa, que podemos beneficiar, merece ou não a nossa ajuda, porque ele sabe que o auxílio que vamos prestar faz parte da misericórdia divina. Assim, podemos amparar uma pessoa, que está em risco de morte e salvá-la. Sem o nosso amparo essa pessoa morreria. Contudo, a nossa intervenção significa, nos planos de Deus, um acréscimo de misericórdia para dar a ela outra oportunidade. É assim que devemos ver.
  Do mesmo modo, quando um novo medicamento ou uma nova terapia médica surge no cenário do mundo, ela vem demonstrar a bondade de Deus, proporcionando-nos mais um instrumento que nos ajudará a continuar caminhando nesta vida, salvando-nos de uma enfermidade que poderia pôr fim à nossa atual existência. Isto não está fora das Leis de Deus; pelo contrário: vem ratificar o que Jesus disse: “Procurai o Reino de Deus e sua Justiça e tudo o mais vos será acrescentado”.
 O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a partir da questão 851, trata do tema “Fatalidade”, entendendo por fatalidade tudo o que deve acontecer e não pode ser mudado. Ali, porém, percebemos que Deus nos dá o livre-arbítrio – o poder de escolher o próprio caminho – e por causa disso não temos um destino predeterminado e irrevogável, matemática e definitivamente traçado; ao contrário, a cada dia – nós, pessoas humanas e nós, humanidade – estamos reescrevendo nosso plano de vida e construindo um novo  caminho.
 Sendo assim, Adailton, mesmo diante de um caso desesperador, se uma cura surgir à nossa frente, quando tudo parecia perdido – seja pela medicina ( que está evoluindo dia a dia), seja por alguma intervenção espiritual direta - devemos vê-la como um instrumento da misericórdia divina, dando-nos nova oportunidade de recompor a própria vida, melhorar a nossa conduta, reerguendo-nos para construir um novo destino.















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