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domingo, 13 de setembro de 2020

SEXO; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




   “Após a morte, o que acontece com uma pessoa que matou uma criança?” – pergunta formulada pela ouvinte Carmen Scarparo Marion.
 Evidentemente, a sensação de quem assassinou uma criança e adentra o mundo espiritual, deve ser muito desagradável, Carmen. Contudo, cada caso se reveste de características próprias e não nos cabe julgar. O problema de um crime dessa natureza, principalmente se revestido de requintes de crueldade, é o sentimento de culpa que deve aflorar da consciência do assassino, e isso pode acontecer aqui na Terra, antes mesmo de sua desencarnação.
 Essa culpa deverá tortura-lo e será tanto maior quanto mais exigente sua consciência. Nenhum de nós, na sua plena capacidade de raciocínio, se sentiria bem consigo mesmo, após ter prejudicado um ser indefeso como a criança, quanto mais pelo fato de ter-lhe roubado a vida. No mínimo, quando não fôssemos muito exigentes em termos morais, ficaríamos incomodados com um grito interior, pois, bem lá no fundo da consciência, temos a noção do que é certo e do que é errado, do que fizemos de bem e do que fizemos de mal.
 Os Espíritos disseram a Kardec que as leis de Deus estão em nossa consciência. Natural, portanto, que os criminosos infanticidas procurem driblar sua consciência moral para não terem que encará-la, pois a culpa tende a se agravar com o tempo. Para isso, eles procuram se esconder de si mesmos, disfarçando bem-estar, e procurando se convencer que seu ato não foi tão grave assim. Pura ilusão. No fundo, esse grito de consciência não se cala e, ainda que momentaneamente abafado, ecoa de sua casa mental como um elemento perturbador de sua paz interior. Podemos fugir da justiça humana, mas não engamos a Justiça Divina.
 A morte do corpo deixa livre o Espírito para uma novo tipo de experiência no mundo espiritual. Não estando mais preso às necessidades físicas e nem diretamente envolvido com os problemas terrenos, cada um se depara com uma realidade consciencial mais viva e mais atuante, como se colocasse à sua frente um espelho onde ele vai ficar contemplando a própria alma. Mas, assim mesmo, depende de quanto o Espírito já amadureceu para a realidade da vida. Quanto mais desperto, mais sofre: sofre a dor do arrependimento e sofre mais a necessidade de querer reparar o erro cometido.
 Estamos falando em termos teóricos, Carmen, pois cada caso é um caso, cada consciência uma consciência, cada dor uma dor A verdade é que, quanto mais o Espírito vai crescendo em compreensão das leis da vida, mais ele sofre o remorso pelos erros que não conseguiu evitar. Desse modo quem não sofre agora vai sofrer depois, quem não suporta o peso da culpa nesta vida, deverá suportá-lo na vida espiritual ou em outra existência. Só a oportunidade de nova encarnação é que vai lhe propiciar a oportunidade de tentar reparar o erro que cometeu e isso pode acontecer nas mais variadas condições. 















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