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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

DESTINAÇÃO DO ESPÍRITO; UTILIDADE DO MAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 





Guto Soares pergunta por que a palavra reencarnação não está na Bíblia.

 A palavra reencarnação não está na Bíblia, simplesmente porque na época em que os textos bíblicos foram escritos ainda não existia essa palavra. Aliás, o termo “reencarnação” ( que quer dizer voltar ao corpo de carne) foi criado por Allan Kardec, mas a ideia da reencarnação – ou seja, a concepção de que vivemos muitas vidas na Terra, esta já existia séculos antes de Cristo. O que Kardec fez, quando codificou o Espiritismo, foi dar-lhe um nome mais adequado ao pensamento da doutrina.

Nas filosofias antigas do Oriente, tanto quanto no pensamento dos filósofos da Grécia Antiga ( como Pitágoras, Sócrates e Platão), havia a concepção de que o homem não está na Terra pela primeira vez, que já viveu antes e que ainda viverá depois. Platão deu o nome de metempsicose a esse fenômeno de morrer e nascer de novo, mas a ideia de Platão ainda não era a mesma que o Espiritismo concebeu há 160 anos atrás. O Espiritismo aperfeiçoou a ideia, passando a tratá-la com mais precisão filosófica e científica.

Nos Evangelhos, apesar da crença na reencarnação não fazer parte da religião dos judeus, encontramos referências a “nascer de novo” e uma delas foi do próprio Jesus. Mas podemos perceber isso em livros do Antigo Testamento, como o de Jó, por exemplo. Natural que as ideias do Oriente também chegasse aos judeus, aqui no Oriente Médio, mas o que eles mais absorveram foram as concepções do Zoroatrismo, religião persa que ensinava, entre outras coisas, a existência de um deus do bem e de um deus do mal, além ensinar a ressurreição dos mortos e o juízo final.

 De nossa parte não temos conhecimento de que alguma tradução bíblica para o português, tenha introduzido o termo usado por Kardec, embora saibamos que há traduções que usam palavras como “espiritismo” e “mediunidade”, palavras que também não existiam nos textos  originais, mas que foram propositada e indevidamente introduzidas na Bíblia, apenas com a finalidade de combater a Doutrina Espírita.

 Ora, foi Allan Kardec que criou também essas palavras – tanto “Espiritismo” como “mediunidade” – e isso só aconteceu há pouco mais de 150 anos atrás. Elas não poderiam, portanto, ter sido usadas nos originais bíblicos, mas algum tradutor, ocupado em desautorizar o Espiritismo e em enganar os leitores – acabaram por utilizá-las de forma desonesta em suas versões, como se na época de Moisés por exemplo, há 2.300 anos atrás, já existisse a Doutrina Espírita, o que não é absolutamente verdade. 
















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