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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

POUCOS ACREDITAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Sutil e discretamente, o assédio vai abrindo caminho para a manifestação de um processo revelado em resposta obtida por Allan Kardec dos Espíritos que o auxiliavam a compor o livro base do Espiritismo: -“Os Espíritos influenciam em nossos pensamentos e atos muito mais que se imagina, invariavelmente, conduzindo as pessoas”. Essa ação, em grande parte é motivada pelas necessidades conservadas pelos que morrem de experimentar as sensações derivadas das dependências desenvolvidas durante a permanência no corpo físico. Como a propiciada pelo cigarro, pelo álcool, pelas drogas aditivas e, até mesmo o sexo. Há, todavia, as enraizadas em vidas passadas onde relações mal encaminhadas resultaram em prejuízo moral ou material de alguém - ou alguns – que buscam a vingança do sofrimento experimentado. Muitos evoluem para transtornos psiquiátricos. Embora prevista, há alguns anos, pela Organização Mundial de Saúde em sua Classificação Internacional das Doenças, ainda não se dá importância para avaliações estatísticas. Os que lidam com a problemática humana nas Casas Espíritas, porém, afirmam que a quantidade de pessoas com o problema é dominante. Enquadram-se nos níveis definidos por Allan Kardec como obsessão simples – que não tem motivações remotas -, a fascinação e a subjugação, quadros originados nas ligações passadas. A exposição da mente das pessoas veiculadas através, por exemplo, da televisão, à enorme quantidade de informações e imagens da realidade, ou mesmo, o estilo de vida do mundo moderno em que as questões espirituais não fazem parte da preocupação da maioria é fator predisponente à influencia dos dependentes sensoriais. Explicações contidas nas obras da série NOSSO LAR, construída pelo Espírito André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, informam que o “pensamento é a base. “Além dos pensamentos comuns (experiência rotineira), emitimos com mais frequência os pensamentos nascidos do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade”. Acrescentam que “somos (seres humanos) fulcros geradores de vida, com qualidades específicas de emissão e recepção”. “Cada um, é tentado exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio”, ou seja, “cada qual de nós vive e respira nos reflexos mentais de si mesmo”. “obsessão é um processo semelhante ao da hipnose”. Pesquisando os livros citados, destacamos 6 eloquentes exemplos: CASO 1-CARACTERÍSTICA - Homem, com Espírito parcialmente desligado do corpo físico, revelando posição de relaxamento, semelhante aos viciados em entorpecentes. CAUSA – Presença de três entidades femininas em atitudes menos edificantes, atraídas para a atmosfera pessoal do encarnado no dia que terminava, por meio de mentalizações na área da sexualidade desequilibrada. CASO 2 - CARACTERÍSTICA – Homem, 45 anos presumíveis, abatido, acometido de tremores, suando, corpo encharcado de álcool, do qual é dependente. CAUSA - Ação de quatro entidades desencarnadas que o submetiam aos seus desejos, alternando-se, uma a uma, para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. CASO 3 - CARACTERÍSTICA- Mulher, jovem, revelando angústia e inconsciência, sob forte irritação, desarmonizando o ambiente para preocupação dos encarnados presentes. CAUSAAção de diversos perseguidores desencarnados, impondo-lhe terríveis perturbações, secundando um outro,  que revelava um quadro psicológico de satânica lucidez, maneiras cruéis, vingando-se de gesto assumido em existência passada em que ela, por simples capricho vendeu-lhe esposa e filhos, à época escravos de sua propriedade. CASO 4 - CARACTERÍSTICA - Mulher desconfiada e abatida, corroída pelo ciúme em relação ao marido que procura controlar com perguntas e cobranças em relação ao seu tempo. CAUSA – Ação de entidade feminina, ignorante e infeliz, a ela imantada, perseguindo e subjugando-a, para conseguir deplorável vingança, inclusive durante o sono físico, através do qual se serve para controlar-lhe a vontade, por meio de diálogos em que emprega toda sua astúcia em argumentos convincentes. CASO 5 - CARACTERISTICA Mulher, idade avançada, cabelos grisalhos, corpo magro, rosto enrugado, aparentando senilidade mental nas falas aparentemente desconexas proferidas com voz alterada. CAUSA Presença espiritual mediúnicamente registrada ao seu lado, na cama que ocupava, o qual ali se instalara desde muitos anos, logo após sua morte aparentemente acidental durante caçada esportiva com amigos. CASO 6 -CARACTERÍSTICA – Homem maduro, casado, acusando agoniada indisposição , como se estivesse sob o impacto de súbito desfalecimento, durante encontro que mantinha com mulher bem mais jovem em casa noturna. CAUSA ação de espírito desencarnado – seu sogro na presente existência -, esmurrando-lhe a face, ao surpreendê-lo em atividade extraconjugal durante a madrugada com mulher bem mais jovem, enquanto sua esposa experimentava os sofrimentos físicos e morais do câncer que evoluia em seu corpo físico.



 

Vocês acham que uma pessoa, para ser feliz, precisa acreditar na reencarnação? ( André de Miranda)

  Não chegaríamos a tanto, André. Cada um de nós, na liberdade que tem de construir e cultivar sua própria crença, não precisa dar satisfação a ninguém. Só é preciso que seja sincero consigo mesmo. Que tenha seus próprios valores, seus ideais de vida e, mais do que isso, traga na consciência a sensação de estar seguindo ou procurando seguir o melhor caminho. Uma pessoa pode acreditar ou não acreditar em Deus, pode professar esta ou aquela religião, mas só ela – no mais íntimo de seu ser – é que pode dizer se sente feliz no que crê e no que espera da vida, mesmo que a vida termine hoje.

Em nossa maneira de ver, só não pode se sentir feliz quem procura enganar a si mesmo, quem segue um caminho em que não acredita; quem, por orgulho ou vaidade, apega-se a uma religião apenas por tradição ou para agradar e dar satisfação aos que o rodeiam; enfim, quem não está sendo honesto consigo próprio e afirma acreditar naquilo que seu coração repele. Ao contrário, só pode se sentir feliz quem trilha pelo caminho da sinceridade, da honestidade, atendendo aos ditames da própria consciência.

No livro OBREIROS DA VIDA ETERNA, de autoria de André Luiz, recebido pelo médium Chico Xavier, o autor espiritual relata os casos de cinco Espíritos, que foram preparados em Nosso Lar para reencarnar em diferentes meios religiosos, cada qual com uma tarefa ou missão. Isso significa que a Espiritualidade não tem a pretensão de fazer com que todos tenham a mesma religião e, portanto, as mesmas crenças, e que essa condição seja imprescindível para servir aos ideais superiores da vida.

Pelo contrário, os Espíritos esclarecidos – como as pessoas mais lúcidas - sabem que são vários os caminhos que levam a Deus e que, portanto, podem nos fazer felizes. Por isso mesmo, Allan Kardec, nas obras iniciais da doutrina, sempre deixou claro que o Espiritismo não tem a pretensão de tirar adeptos de outras religiões, até porque isso seria inadmissível para uma doutrina que prega e defende a liberdade de crença, que quer que cada pessoa – por decisão própria – escolha aquela que mais atende às suas necessidades e aspirações.

Logo, o Espiritismo se dirige àqueles que já não estão satisfeitos no caminho que estão trilhando, que não se sentem devidamente amparados ou confortados por suas religiões, e que precisam buscar algo novo, que possa preencher suas necessidades íntimas e seus ideais. Isso quer dizer, em última instância, que não são todas as pessoas que estão preparadas para a aceitar a reencarnação ou qualquer outro princípio da Doutrina Espírita, do mesmo modo que nem todas têm estrutura psíquica para reconhecer a necessidade de ter uma religião.

Na ordem geral, ter esta ou aquela religião, acreditar nisso ou naquilo, pouco importa, se a pessoa está trilhando o caminho do bem e agindo conforme pede sua consciência para se sentir útil a si e aos outros. Deus não nos criou para sermos iguais, mas sim para termos direitos que representem a verdadeira justiça. Se Ele quisesse nos fazer iguais em tudo – Ele que é perfeito e  todo poderoso – não teria dado nenhuma opção para que cada um caminhasse de acordo com a sua consciência. Temos, assim, o direito de errar ou de seguir por falsos caminhos, mesmo porque a lei da reencarnação sempre nos dá a possibilidade de nos corrigir mais à frente.

Veja, André,  que o único caminho que Jesus – e todos os grandes mestres da humanidade – nos indicaram como imprescindível para a felicidade é o caminho do bem, é o caminho do amor. Esta é a única verdade que impera sobre tudo, porque Deus é amor e, como dizia João Evangelista, nada existe fora desse amor. O mais importante na vida é aprendermos a nos respeitar porque somos diferentes. A chave da felicidade é conviver bem com os diferentes, pois não haveria nenhum mérito de nossa parte, se soubéssemos aceitar apenas os que pensam como nós. Nisso está a oportunidade de desenvolvermos as virtudes que Jesus nos ensinou, da paciência, da tolerância e do amor.

A reencarnação, André, para aqueles que a aceitam, é a única explicação para a Justiça Divina que, mais cedo ou mais tarde, será uma crença universal. Mas para os que ainda não acreditam na reencarnação  devem haver outras formas de adequar suas verdades e sua visão de mundo à justiça de Deus.


















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