Mariceli Cardoso, pergunta: “Vocês
disseram que a fé é necessária para que o passe tenha efeito. Eu pergunto: um bebê ou uma criancinha, por exemplo, não
pode ter fé como tem o adulto. Será que o passe não resolve no caso de bebês e
crianças?
Boa
pergunta, Mariceli. De fato, dissemos que
a fé é quesito importante no passe, porque coloca o paciente numa condição
ideal de receptividade. Pensamento atrai pensamento. O passe, acima de tudo, é
sintonia, entre o pensamento de quem dá e o pensamento de quem recebe. Pense
num circuito elétrico que liga os dois. Desde que haja sintonia entre ambos, há
facilidade em se fazer circular pelos fios condutores recursos fluídicos que
podem ser assimilado pelo paciente.
No entanto,
devemos considerar, no caso específico do bebê e da criança, que ambos são
natural e altamente receptivos, ou seja, a natureza cuida dessa parte,
secundada pela ação espiritual. Basta que você cerque o bebê de carinho, como
faz a mãe (com todo o seu amor e desvelo) quando lhe confere cuidados, e o bebê
recebe esse carinho e esse desvelo em forma de emissão magnética positiva que
tem repercussão imediata no seu mundo emocional.
No passe acontece o mesmo, até porque se o
passista está fazendo a sua parte, a outra é feita pela natureza e pelos
Espíritos que cuidam de crianças. O mesmo acontece, por exemplo, no caso de pessoas
doentes – muitas vezes, até inconscientes e incapazes de saber o que está
acontecendo em torno delas. Mas, o sentimento que anima o passista e todos
aqueles que se colocam ao seu lado com amor (inclusive os Espíritos amigos),
são capazes de abrir canais para que os recursos magnéticos fluam naturalidade.
É claro que o adulto tende a colocar algum obstáculo à recepção, por causa da
sua condição intima de crer ou não crer, de resistir ou não resistir.
Um
grupo de pesquisadores de Belo Horizonte, anos atrás, fez um estudo para
verificar o efeito material do passe, utilizando a câmera Kirlian. Trata-se de
um dispositivo elétrico de alta frequência, acoplado a uma câmara fotográfica,
que detecta sinais luminosos emitidos pelo corpo do paciente, formando o que
conhecemos por “aura”. Todos nós temos aura, que é invisível aos olhos humanos
e, por vezes, detectada por médiuns. Pois bem! Essa máquina foi inventada pelo
casal Kirlian, na antiga União Soviética, e aperfeiçoada no Brasil pelos
pesquisadores, Guimarães Andrade e Henrique Rodrigues.
O que se fotografa pela Câmara Kirlian não é o
corpo todo da pessoa, mas apenas as suas mãos, pois as mãos são emissoras
naturais de energia. No experimento, antes da aplicação do passe, fotografava-se a aura do passista e a
aura do paciente. Após o passe, elas eram novamente fotografadas e comparadas.
Na grande maioria dos casos, a aura do passista ( que de início emitia luz
forte), tornava-se mais fraca logo após o passe, demonstrando que o passista
perdeu energia. Ao contrário, a aura do paciente ( que de início era fraca),
tornava-se mais intensa, mostrando que ele ganhou energia com o passe.
Esse
tipo de experimento foi feito com pessoas adultas, depois foi feito com bebês
e, numa terceira etapa, até mesmo com cadáveres humanos. Por que cadáveres?
Porque os experimentadores queriam descobrir se as emissões do passista atinge qualquer
corpo, até mesmo um corpo morto e não pode estar condicionado a um efeito
psicológico. Conclusão: em todos os casos, verificou-se que, enquanto o
passista perdia energia ( embora se recuperasse alguns minutos depois), o
paciente ( fosse adulto ou bebê) ganhava energia.
E o
mais impressionante desse experimento, segundo nos mostrou certa vez o confrade
Rubens Policastro Meira, foi que o cadáver ( que, de início, só apresentava uma
fraca emissão quase de luz branca), após o passe ganhava energia com luz
colorida, mas, logo em seguida, passava a perde-la paulatinamente até esgotá-la.
Desse modo, ficou caracterizado que a emissão fluídico-magnética sempre se
transmite - até para plantas e animais e
corpos mortos - quanto mais para
crianças e bebês.
Ao que tudo indica, o ser humano, no entanto,
é o mais receptivo e o que mais pode aproveitar esse recurso, justamente por
causa das suas disposições íntimas sustentadas pela fé. Em se tratando de bebês
– não há dúvida – que a capacidade de assimilar as correntes magnéticas não
depende diretamente da fé, mas de um mecanismo natural que toda criança tem, e assim
como as pessoas doentes. Todavia, a fé – que o adulto pode cultivar no seu
íntimo – é um indutor da cura, ou seja, um facilitador ou um catalizador dos
recursos que venham a ser canalizados em seu benefício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário