Uma senhora nos transmitiu a seguinte
mensagem, dizendo: “Depois de uma certa idade, a gente passa a perceber que a
vida inteira é quase só decepção, principalmente com a família. Parece que
vivemos num mundo em que ninguém tem consideração pelo outro e, então, ficamos
sofrendo mágoas e decepções...”
Não
queremos dizer, cara, que você está errada, até porque a visão de mundo depende
do ângulo como cada um a observa. Alguns
veem a vida com realismo, sabem valorizar seus bons momentos e senti-los com muita
profundidade; outros, depois de algum tempo, consideram que a vida não vale
pena, queixando-se como você, que só tiveram decepções. Por isso, acreditamos
que a vida depende da lente que cada um está usando para apreciá-la.
Sobre
isso, vem-nos à memória uma obra do escritor brasileiro, Joaquim Manoel de
Macedo, cujo título é A LUNETA MÁGICA: uma crítica social. É a história de um jovem, que ficou órfão de
pai e mãe, que lhe deixaram grande fortuna, isso no final do século XIX. Ele
próprio percebeu que não tinha condições de administrar os bens herdados,
passando para essa incumbência a uma tia que veio acompanhada de uma filha nada
simpática.
Como
não tinha o necessário discernimento para saber o que estava certo ou errado,
suspeitando-se enganado, o jovem contratou o serviço de um mago, que fez para
ele uma luneta do bem. Com essa luneta, ele só enxergava o lado bom das coisas
e das pessoas e, como não conseguia perceber o mal, prejudicou-se mais ainda.
Voltando ao mago, esse lhe fez uma luneta do mal e, então, a situação ficou bem
pior, porque passou a odiar as pessoas, a vida e a si mesmo.
Quando preparava para se suicidar, porque não aguentava mais conviver com
o inferno que criou para si mesmo, o mago apareceu-lhe trazendo, finalmente, a
luneta do bom senso. E, então, ele passou a conhecer-se melhor e os outros,
sentindo que a vida tem seus altos e baixos e, por isso mesmo, é maravilhosa.
O
pensamento de que a vida é fácil é no mínimo contraditório, pois, ao que nos
parece, no fundo nascemos para enfrentar desafios. Por que será que as pessoas
gostam de jogo? Afinal, elas podem ganhar, mas também podem perder...Por que será
que adoram romances e filmes, que sempre trazem no enredo grandes desafios para
seus personagens, que só vão conhecer vitória no final? O que seria da vida, se
tudo estivesse pronto e resolvido e nada houvesse para se fazer?
Somos
seres em evolução, porque construímos o
próprio destino, e nós construímos nosso próprio destino porque só assim
poderemos gozar a sensação de completa realização, carregando os méritos que
obtivemos na luta. Assim, um paraíso sem problemas seria uma lugar insuportável
de monotonia e tédio, porque nos sentiríamos inúteis. Logo, nosso problema não
é ter problemas, mas saber primeiramente
como encará-los e, depois, o que fazer para resolvê-los. As pessoas, que estão
conosco, são aquelas com quem precisamos aprender vida.
Sir Winston Churchill, notável politico e grande
estrategista inglês, muito colaborou para a reconquista da paz, durante a
Segunda Guerra Mundial, fez a seguinte afirmação, que todos nós deveríamos
tomar por divisa, principalmente nos momentos mais difíceis: “O pessimista –
disse ele – vê em cada oportunidade uma dificuldade; o otimista vê em cada
dificuldade uma oportunidade”.
Sobre o significado da vida o Espiritismo nos
garante que a reencarnação é o grande mecanismo da natureza, através do qual,
nascemos e vivemos no meio mais adequado
ao desenvolvimento de nossas faculdades espirituais. Segundo Chico Xavier,
“ninguém cruza nosso caminho por acaso, e nós não entramos na vida de alguém
sem nenhuma razão”. Por isso é importante saber qual é o nosso verdadeiro papel
na família. Leia livros espíritas. Um livro que pode ajuda-la a refletir sobre
esta questão é SINAL VERDE, de André Luiz.
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