Esta pergunta foi feita no Centro pela nossa colega de estudo, Izabel
Cristina: “Quando uma pessoa vem a
falecer, vítima de uma determinada doença, como ela passa para o mundo
espiritual? A doença fica e morre com o corpo ou o Espírito ainda leva essa
doença com ele?”
De uma maneira geral, o fato de o Espírito
deixar o corpo na Terra não quer dizer que ele deixou aqui todos os seus
problemas. Como diz Allan Kardec, a morte não provoca um salto ou uma
transformação milagrosa no Espírito. No mundo espiritual ele poderá ou não
sentir os reflexos da doença que o acometeu, dependendo de seu nível de
elevação moral e até do gênero de morte. Na verdade, a desencarnação não
exonera o Espírito de todas as sensações que experimentou na Terra – pelo
menos, de imediato.
O que
pode acontecer, em certos casos, é que a prova relativa à doença terminou com a
morte do corpo e, sendo assim, a morte seria uma libertação da doença. Mesmo
assim, dependendo do maior ou menor apego do Espírito à vida material e de seu
estado de consciência moral, ela ainda vai precisar de assistência e tratamento
para ficar totalmente livre do desconforto. André Luiz relata casos em que o
Espírito recebe tratamento, até porque seu perispírito foi afetado.
Um
caso, que todos podem lembrar, é o do próprio André Luiz. Depois que chegou ao
Nosso Lar ele foi internado num hospital. Seu perispírito ainda trazia sintomas
da doença que ele teve na Terra e, portanto, lá ele precisou de tratamento
apropriado. No caso específico de André Luiz, a situação era mais complicada
porque, embora tendo sido médico na Terra, ele não teve os cuidados necessários
e por isso desencarnou mais cedo.
Neste
caso é importante lembrar que a condição moral da pessoa é um fato que pesa
muito nessa passagem de um para o outro plano de vida. Os Espíritos moralmente
mais elevados não levam esse tipo de problema desta vida, pois a enfermidade
estava no corpo e não atingiu as estruturas do perispírito, ao passo que
aqueles que não cuidaram de sua conduta e viveram a vida de qualquer jeito
podem continuar ainda por um tempo mais ou menos longo sofrendo os impactos da
doença, mesmo desencarnados.
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