Há muito tempo, eu e meu marido tínhamos amizade com um casal que, por
motivos de ciúme, acabou se separando. Antes, houve um grande desentendimento
entre eles e tudo parecia claro para nós. Chegamos a tomar partido a favor da
esposa. Eles se separaram. Com o tempo,
porém, as coisas se mostraram mais clara para nós e, então, percebemos que
estávamos errados, que o marido estava com a razão. Só que, agora, ele não nos
aceita mais nossa amizade.
“A
vida ensina” – alguém disse isso. Na verdade, cara ouvinte, todos nós,
Espíritos reencarnados neste mundo de provas e expiações, estamos sujeitos a cometer
erros. Erramos em nossos julgamentos, erramos em nossos atos. Todos deveríamos
ter muita consciência disso, porque, então, passaríamos a nos conduzir com mais
cautela. Dependendo da situação, o terreno pode ser muito escorregadio e nos
pegar de surpresa.
Muitas vezes, porém, um pequeno deslize – um
erro que consideramos menor, quase insignificante – pode causar um grande
prejuízo para alguém, prejuízo que, certamente, não sabemos avaliar, porque não
fomos nós que o sofremos. Mas, dependendo do dano moral sofrido, ele pode ser
causa de muitos problemas. Quando percebemos o erro, mesmo que nos esforcemos
para consertar, querendo reatar a amizade ( como é o seu caso), quase nada
resta fazer.
Todos
nós, portanto, devemos nos conscientizar de que, em algum momento da vida,
podemos ser decepção para os amigos, mesmo que estejamos agindo com
honestidade. Embora honestos, podemos cometer erros graves, principalmente
quando nos precipitamos, envolvendo-nos emocionalmente num problema que não é
nosso.
Neste caso, só nos resta compreender a dor de
um coração ferido por nossa culpa e orar por ele. Há nos corações sempre razões
que ainda não podemos entender. Dê tempo ao tempo. Não haja com precipitação de
novo. É possível que a situação venha a mudar. Para isso devemos nos conduzir
com discrição e cautela para não complicarmos mais ainda o problema.
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