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sábado, 16 de janeiro de 2021

ESPIRITUALIDADE E FAMÍLIA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

O grande líder budista Dalai Lama define Espiritualidade como “aquilo que produz no Ser humano uma mudança interior”. Trata-se de uma conquista do Ser na sua caminhada evolutiva. Como o homem não nasce um “ produto acabado”, vai sofrendo as influências do meio, às quais reage conforme sua realidade interior, sofrendo quedas e se erguendo durante grande parte de sua vida física. O aprendizado seja pela força das circunstâncias, seja pelas decisões conscientes, é constante. Oportuno, portanto, referências. Quando emanadas de quem lidou grande parte de sua vida com a problemática humana, mais respeito merece. Daí a razão de buscarmos opiniões do grande médium Chico Xavier. Recolhemos da vasta obra construída com suas opiniões, sete corriqueiros temas relacionados à família para nossas análises e reflexões: 1 – LAR – “Sem a família organizada caminharíamos para a selva e isso não tem razão de ser. A família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí com os anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos da mente, com as exigências afetivas de várias nuances (...). A família precisa abrir novas pistas de compreensão para que os componentes dela possam viver em regime de respeito recíproco, com os problemas de que são portadores, sem a agressão que tantas vezes se verifica, contra criaturas que sofrem aflitivos problemas dentro da constituição psicológica diferente da maioria”. 2 – CASAMENTO - “-União de almas simpáticas é uma raridade sobre a Terra. Quase todos estamos vinculados aos nossos compromissos de existências anteriores. Com o passar do tempo, o casal que descobre entre si certas diferenças não deve se assustar; é natural que assim seja. Se não houver amor, que pelo menos haja respeito. Tenho visto muitos casamentos se desfazerem por causa do extremo egoísmo dos cônjuges, que não se dispõe a um mínimo de sacrifício e de renúncia. Ora, estamos ainda muito longe do amor com  que devemos nos consagrar uns aos outros, mas nada nos impede de começar a exercitar a paciência, o perdão, o silêncio... Se “um não revidasse quando fosse ofendido pelo outro, teríamos um número infinitamente menor de separações conjugais”. 3 – ESFRIAMENTO NO INTERESSE AFETIVO APÓS O NASCIMENTO DOS FILHOS - “Grande número de enlaces na Terra obedece a determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente um do outro, segundo os preceitos das Leis Divinas e formem o lar, desfazendo dentro dele determinadas dificuldades das existências anteriores em motivos de amor e compreensão maior.. O “namoro e o noivado, em muitas ocasiões, estão presididos pelos Espíritos que serão filhos do casal”. 4 – LIMITAÇÃO DOS FILHOS - “-Temos a obrigação de examinar este assunto com muito respeito à vida e, consequentemente a Deus, em nossos deveres de uns para com os outros, para não cairmos em qualquer calamidade de omissão ou de deserção de encargos assumidos”. 5 – PATERNIDADE/MATERNIDADE - “-Temos a obrigação de examinar este assunto com muito respeito à vida e, consequentemente a Deus, em nossos deveres de uns para com os outros, para não cairmos em qualquer calamidade de omissão ou de deserção de encargos assumidos”.  6 - EDUCAÇÃO DOS FILHOS - “- Se não encontrarmos criaturas que nos concedam amor e segurança, paz e ordem, será muito difícil o proveito da nova reencarnação que estejamos encetando. A Educação não é um processo que possa ser levado a efeito quando a criatura já adquiriu hábitos. Aquilo que se precisa aprender começa aos 6 meses de idade. Toda criança deve ser educada no trabalho. Trabalhei desde pequeno e, não fosse por semelhante providência, com certeza eu teria me perdido”. 7 – FILHO ESPECIAL - “A criança excepcional, em regra geral, é o suicida reencarnado depois de suicídio recente, porque a pessoa quando pensa que se liquida, está apenas estragando ou perdendo a roupa de que a Providência Divina permite que se sirva durante a existência, que é o corpo físico(...) Volta à Terra com os remanescentes que levou daqui mesmo, após o suicídio(...) Sentem e ouvem, registram e sabem de que modo estão sendo tratadas; ela são profundamente lúcidas na intimidade do próprio Ser. A criança especial vem somente com aqueles que são capazes de amá-la e ajuda-la a passar aquele transe temporário de treze, vinte, trinta anos, pois geralmente os excepcionais desencarnam muito cedo(...). Os filhos excepcionais são confiados somente às grandes mulheres que tem capacidade de amar até o Infinito”.


Gostaria de saber como o Espiritismo lida com essa questão de cura espiritual.

Todos temos compromisso com a saúde; com a nossa saúde e com a saúde dos outros, especialmente num momento como este. Somos Espíritos encarnados que precisamos viver na Terra para aprender e evoluir, razão pela qual a vida é muito preciosa. Por isso, devemos envidar esforços tanto para curar como para prevenir doenças. Porém, muitos procuram médiuns e centros espíritas a procura de milagres. Preferem acreditar numa cura mágica do que num tratamento recomendado pela medicina. É um direito que as pessoas têm.

 No entanto, dentro da concepção espírita, a medicina tem um papel primordial nos cuidados com os doentes e consegue dar solução para a maioria das doenças. A medicina é fruto de séculos e séculos de estudos e pesquisas que, não sendo perfeita, é o principal instrumento de cura que Deus permitiu fosse criado pelo homem com a inspiração dos Espíritos. Por isso é ao serviço de saúde que, primeiramente, devemos recorrer, qualquer que for o caso.

 Mas entende o Espiritismo que o paciente sempre deve ser visto e tratado como um ser integral: corpo e alma. Por essa razão, o bom senso recomenda que, ao lado do tratamento médico ou psicológico, procuremos os serviços espirituais, seja num centro espírita ou em qualquer templo religioso das mais variadas denominações. Infelizmente, muitos só procuram Deus nessas horas.

 Quando falamos em “ser integral”, estamos nos referindo ao tratamento paciente como pessoa humana e como ser espiritual. Na verdade, os problemas que nos afetam nesta vida sempre têm relação com o nosso estado de alma e, muitas vezes, eles começam no espírito antes de atingir o corpo ou, se tiverem início no corpo, com certeza, atingirão a alma. Algumas vezes, uma mudança interior da pessoa, em termos de sentimentos, contribui decisivamente para melhorar a saúde.

O ambiente espiritual do centro espírita –  com o esclarecimento espiritual, as palestras, os passes e  a água fluidificada - quando bem assimilado pelo paciente, vai ajuda-lo a se conhecer melhor e a se fortalecer interiormente, dando suporte para o tratamento médico. Trata-se do que chamamos de medicina complementar, mesmo no caso de doenças de pouca gravidade. Mas vai auxiliar mais no caso de enfermidades crônicas ou graves, principalmente aquelas em que parece terem esgotados os recursos da ciência médica.

  Diante desse quadro, ainda podemos afirmar que, vez ou outra,  é possível se obter a melhora e até a cura do paciente, mesmo de uma doença grave, não só através do centro espírita, mas de todos esses recursos reunidos. A mediunidade de cura é um dos instrumentos utilizados pelo centro espírita nesse sentido, mas não se trata apenas da cura do corpo – eis a diferença. É preciso que a pessoa se conscientize das causas que deram origem à doença e das mudanças que devem proceder em sua maneira de viver e, principalmente, de conviver.

 Conforme a lei de causa e efeito – e, particularmente, a lei da reencarnação  - é importante que nos conscientizemos que toda doença tem suas causas. Se as causas não estiverem nesta vida, com certeza elas provêm de outras. Além do mais a verdadeira cura é a cura espiritual, porque o Espirito é imortal. A cura do corpo será sempre passageira, porque o corpo, mais cedo ou mais tarde, vai morrer.

 Dependendo da jornada do Espírito, ao passar pela presente existência, a doença se tornou para ele uma necessidade, para que aprendesse a lidar com determinadas situações, para que se voltasse mais para a reforma de seu mundo interior, reexaminando seu modo de viver e para que,  sobretudo, se fortalecesse espiritualmente ante o enfrentamento da enfermidade. Por isso, em muitos casos, a doença é o remédio para a cura do Espírito. 


















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