faça sua pesquisa

domingo, 3 de janeiro de 2021

LIVRE ARBÍTRIO; EGOÍSMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 




A nossa, Roseli Ferro Fabrício, diz que vem assistindo a série “Jesus” da Rede Record, mas está estarrecida diante da violência e dos massacres que eram promovidos a mando de Deus, matando não só os homens, mas até mulheres e crianças. Para Roseli, uma coisa inconcebível para quem acredita num Deus bom e misericordioso e não num Deus violento e vingativo.

A Bíblia, Roseli, é uma conjunto de livros antigos, escritos em diferentes épocas, e que nos trazem lances da  história do povo hebreu, chamado povo de Israel,, que teve Abraão como patriarca e Moisés como o grande libertador. Quem lê com atenção seus primeiros livros principalmente, vai se chocar com um tempo de muita violência e de uma forma muito rudimentar de crença. Mais ainda, vai se chocar com um deus vingativo e violento, que não hesitava em mandar matar o inimigo com atos de extrema crueldade.

 Vamos dar apenas um exemplo. No livro NÚMEROS da Bíblia, capítulo 31, lemos as ordens de Deus a Moises para exterminar o inimigo: “Vinga primeiro os filhos de Israel dos medianitas, depois serás unido ao teu povo. E Moisés disse logo: armem-se para a batalha alguns homens entre vós, que possam executar a vingança do Senhor sobre os medianitas (...) E, tendo pelejando contra os medianitas, tendo-os vencido, mataram todos os varões, os seus reis e os cinco príncipes daquela nação.”

 “Mataram também com a espada a Balaão, filho de Beor. Tomaram as suas mulheres, os seus filhinhos, todos os seus gados e todos os seus bens, e saquearam tudo o que puderam alcançar. O fogo consumiu as cidades, as aldeias e os castelos. Levaram a presa e tudo o que tinham tomado, tanto de homens como de animais e apresentaram-nos a Moisés, ao sacerdote Eliázaro e a toda a multidão dos filhos de Israel”.

Moisés, irado contra os chefes do exército, contra os tribunos e centuriões, que voltavam da batalha, disse: “ Por que poupastes as mulheres? Não são elas que, por sugestão de Balaão, seduziram os filhos de Israel e vos fizeram prevaricar contra o Senhor com o pecado de Fogór, pelo qual também o povo foi castigado? Matai, pois, todos os varões, mesmo os de tenra idade, e degolai as mulheres que tiveram comércio com os homens, mas reservai para vós as donzelas e todas as mulheres virgens”.

Como podemos ver, o clima que reinava naquela época e naquela região era violento e todas as ordens de ataque, de matança, de violência, de crueldade, vinham de cima. Era Deus no comando, razão pela qual o deus de Moisés passou a ser conhecido como “deus dos exércitos”. Nem o povo de Israel, nem nenhum outro daqueles povos – que brigavam por terras – abria mão de sua crença, de sua religião, de seus deuses e de seus rituais, e o que se percebe nesses relatos é, na verdade, uma guerra acirrada de deuses, um tentando sobrepujar o outro a qualquer custo. Esse era o panorama da antiguidade, cerca de 1.300 anos antes de Cristo.

É sempre bom a gente conhecer um pouco da História Antiga para perceber o quanto evoluímos de lá para cá, Roseli. Séculos depois de Moisés, dentro desse mesmo povo, Jesus de Nazaré vinha ensinar o contrário, jogando por terra a lei “do olho por olho, dente por dente”, para proclamar a lei do amor. Para Jesus, era muito pouco amar apenas o amigo; era preciso amar também o inimigo. Veja que evolução de conceitos. 


















Nenhum comentário:

Postar um comentário