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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

NATIMORTO; REENCARNAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 




Mais uma colaboração do Cristiano, da cidade de Vera Cruz, a respeito do tema que levantou programas atrás. Diz o Cristiano: “Na REVISTA ESPÍRITA de 1863, mês de fevereiro, , artigo “A Loucura Espírita”, temos a seguinte frase de Allan Kardec: “Nós trabalhamos para dar a fé aos que nada creem, para espalhar uma crença que os torne melhores uns aos outros, que lhe ensina perdoar os inimigos, a se olharem como irmãos, sem distinção de raça, seita, cor, opinião política ou religiosa; numa palavra, numa crença que faz nascer o verdadeiro sentimento de caridade, de fraternidade e deveres sociais”. Pergunto: por que, mesmo cientes dessa declaração, os adversários do Espiritismo insistem em considerar que Allan Kardec foi racista?”

 Muito bem colocado, Cristiano. Quem conhece a Doutrina Espírita sabe que não deve existir outra doutrina tão refratária, tão contrária a todo tipo de discriminação e preconceito, opondo-se terminantemente contra o racismo. Como falamos da vez anterior, a concepção de raça humana fazia parte da cultura europeia do século XIX, considerada superior, e sobre essa concepção ( que hoje, felizmente, não é mais aceita pela comunidade científica) foi que Allan Kardec trabalhou as ideias espíritas.

 No entanto, essas ideias tinham por fim libertar o homem do preconceito, procurando ampliar o conhecimento além da vida física, uma vez que a reencarnação, que permite ao Espírito renascer branco ou negro, em um ou em outro povo, é a chave para a exata compreensão da Justiça Divina. Desse modo, Kardec discutiu a questão racial em cima das estreitas ideias então vigentes, demonstrando que as características biológicas do individuo morrem com o corpo, mas o individuo não sendo apenas corpo, se sobrepõe às estritas condições da matéria.

  Por outro lado, Cristiano, todos sabemos que os adversários da doutrina - aqueles que sempre pretenderam atacar o Espiritismo -   procuram algum pretexto para desmoralizá-lo. Como não podem fazê-lo encarando de frente sua robusta filosofia moral, inteiramente assentada sobre os ensinamentos de Jesus, procuram alguns textos que, de certa forma, partem das ideias ultrapassadas da época. O que eles não dizem é que o Espiritismo, livre dos dogmas, é uma doutrina que não diz a última palavra a respeito de nada e nunca desiste de procurar a verdade; por isso suas concepções estão cada vez mais aperfeiçoadas.,

 Contudo, Cristiano, essas críticas, ao invés de atingir a Doutrina Espírita, acabam por despertar ainda mais atenção para a sua verdadeira natureza. As pessoas, que deparam com acusações de racismo contra a doutrina, pelo menos as mais esclarecidas, saberão se certificar dessas acusações buscando conhecer melhor o Espiritismo. Kardec foi muito mais criticado em sua época do que atualmente, sofrendo toda espécie de intolerância e perseguição. O mesmo aconteceu com Jesus e todos os grandes mestres que revolucionaram a sociedade com seus ensinamentos.

 O Espiritismo, pela sua própria natureza, ao contrário das doutrinas autoritárias que sempre prevaleceram e dominaram o mundo, não veio para impor suas ideias a ninguém, mas, ao contrário, para propor uma nova forma de crer, assentada sobre a razão e o bom senso. Portanto, em Espiritismo não há doutrinação ou sectarismo de arrastamento, mas estudo e discussão sobre ideias, devendo prevalecer a verdade entre aqueles que, efetivamente, a procuram.

 Por outro lado, a proposta espírita, desde 162 anos atrás, tem-se mantido vigorosa e inabalável diante do progresso das ciências, numa demonstração que é uma doutrina progressista, volta para o futuro. Em nenhum momento de sua história ela se sente tão fortalecida em suas bases filosóficas e científicas como hoje, início do século XXI,  porquanto o conhecimento humano tende a se aproximar cada vez mais das verdades que ela vem anunciando. 
















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