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domingo, 10 de janeiro de 2021

O HOMEM APÓS A MORTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A provedora global de filmes e séries de televisão via streaming conhecida como NETFLIX lançou neste início de janeiro a série VIDA DEPOIS DA MORTE documentando o trabalho de médiuns norte americanos contemporâneos que se prestam a intermediar a conexão entre pessoas que morreram e familiares que permanecem em nossa Dimensão. Observa-se no caso desses médiuns que formulam teorias pessoais sobre os fenômenos manifestados através de suas percepções certamente por ignorarem o substancial trabalho desenvolvido pelo educador conhecido como Allan Kardec a partir de observações e informações reunidas com muita competência e sobriedade n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS. Aliás, as outras obras das por ele organizadas complementam em muito os conteúdos expostos nos episódios da série. Nota-se claramente que não só os instrumentos da Espiritualidade mas também os analistas ali ouvidos longe estão de entender a origem do que dizem. Talvez o Hemisfério Norte do Planeta habitado predominantemente por descendentes de Nórdicos realmente vejam com indiferença tudo que procede de latinos e seus descendentes, obstaculizando o avanço da maioria das criaturas humanas seja do lado Ocidental, seja do lado Oriental da Terra. Basta assistir também do NETFLIX OS ESPÍRITOS DO TSUNAME da série MISTÉRIOS NÃO ESCLARECIDOS. No sexto e ultimo episódio da NOVA série uma importante abordagem sobre casos que sugerem a reencarnação, ligando tal parte ao final do anterior onde uma senhora diz que seus pais bastante religiosos lhe ensinaram que “se cresse em reencarnação, não acreditava em Deus, restrição que demonstra a perversa influência das escolas religiosas tradicionais sobre seus seguidores, mais preocupadas com estatísticas de seus seguidores que com o despertar e expandir suas consciências. Na sequência, uma amostra dos conteúdos disponibilizados por Allan Kardec no seus valioso trabalho demonstrando como há mais de um século e meio ele já estava à frente de nosso tempo: 1-Como se opera a separação da alma e do corpo? É brusca ou gradual? O desprendimento opera-se gradualmente e com lentidão variável, segundo os indivíduos e as circunstâncias da morte. Os laços que prendem a alma ao corpo não se rompem senão aos poucos, e tanto menos rapidamente quanto mais a vida foi material e sensual. 2- Qual a situação da alma imediatamente depois da morte do corpo? Tem ela instantaneamente a consciência de si? Em uma palavra, que vê? Que experimenta ela? No momento da morte, tudo se apresenta confuso; é-lhe preciso algum tempo para se reconhecer; ela conserva-se tonta, no estado do homem que sai de profundo sono e que procura compreender a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se destrói a influência da matéria de que ela acaba de separar-se, e que se dissipa o nevoeiro que lhe obscurece os pensamentos. O tempo da perturbação, sequente à morte, é muito variável; pode ser de algumas horas somente, como de muitos dias, meses ou, mesmo, de muitos anos. É menos longa, entretanto, para aqueles que, quando vivos, se identificaram com o seu estado futuro, porque esses compreendem imediatamente a sua situação; porém, é tanto mais longa quanto mais materialmente o indivíduo viveu. A sensação que a alma experimenta nesse momento é também muito variável; a perturbação, sequente à morte, nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar plácido. Para aquele cuja consciência não é pura e amou mais a vida corporal que a espiritual, esse momento é cheio de ansiedade e de angústias, que vão aumentando à medida que ele se reconhece, porque então sente medo e certo terror diante do que vê e sobretudo do que entrevê. A sensação, a que podemos chamar física, é a de grande alívio e de imenso bem-estar, fica-se como que livre de um fardo, e o Espírito sente-se feliz por não mais experimentar as dores corporais que o atormentavam alguns instantes antes; sente-se livre, desembaraçado, como aquele a quem tirassem as cadeias que o prendiam. Em sua nova situação, a alma vê e ouve ainda outras coisas que escapam à grosseria dos órgãos corporais. Tem, então, sensações e percepções que nos são desconhecidas.  Observação – Estas respostas e todas as relativas à situação da alma depois da morte ou durante a vida não são o resultado de uma teoria ou de um sistema, mas de estudos diretos feitos sobre milhares de indivíduos, observados em todas as fases e períodos da sua existência espiritual, desde o mais baixo ao mais alto grau da escala, segundo seus hábitos durante a vida terrena, gênero de morte etc. Muitas vezes diz-se, falando da vida futura, que não se sabe o que nela se passa, porque ninguém no-lo veio contar; é um erro, pois são precisamente os que nela já se acham, que, a respeito, nos vêm instruir, e Deus o permite hoje, mais que em nenhuma outra época, como último aviso à incredulidade e ao materialismo. 3- A alma, que deixa o corpo, pode ver a Deus? As faculdades perceptivas da alma são proporcionais à sua purificação: só as de escol podem gozar da presença de Deus. 4-  Se Deus está em toda parte, por que nem todos os Espíritos podem vê-lo? Deus está em toda parte, porque em toda parte Ele irradia, podendo dizer-se que o Universo está mergulhado na divindade, como nós o estamos na luz solar; os Espíritos atrasados, porém, estão envolvidos numa espécie de nevoeiro que o oculta a seus olhos, e que se não dissipa senão à medida que eles se desmaterializam e se purificam. Os Espíritos inferiores são, pela vista, em relação a Deus, o que os encarnados são em relação aos Espíritos: verdadeiros cegos. 5- Depois da morte, tem a alma consciência de sua individualidade? Como a constata e como podemos constatá-la? Se as almas não tivessem sua individualidade depois da morte, isto, para elas, como para nós, seria o mesmo que não existirem; não teriam caráter algum distintivo; a do criminoso estaria na mesma altura que a do homem de bem, donde resultaria não haver interesse algum em fazermos o bem. A individualidade da alma é mostrada de modo material, por assim dizer, nas manifestações espíritas, pela linguagem e qualidades próprias de cada qual; uma vez que elas pensam e agem de modo diferente, umas são boas e outras más, umas sábias e outras ignorantes, querendo umas o que outras não querem, o que prova evidentemente não estarem confundidas em um todo homogêneo, isso sem falar das provas patentes que nos dão, de terem animado tal ou tal indivíduo na Terra. Graças ao Espiritismo experimental, a individualidade da alma não é mais uma coisa vaga, porém o resultado da observação. A própria alma reconhece sua individualidade, porque tem pensamento e volição próprios, que distinguem umas das outras; verificando ainda a sua individualidade por seu invólucro fluídico ou perispírito, espécie 6-  O gênero de morte influi no estado da alma? O estado da alma varia consideravelmente segundo o gênero de morte, mas, sobretudo, segundo a natureza dos hábitos durante a vida. Na morte natural, o desprendimento se opera gradualmente e sem abalo, começando mesmo antes que a vida esteja extinta. Na morte violenta, por suplício, suicídio ou acidente, os laços são partidos bruscamente; o Espírito, surpreendido, fica como que tonto com a mudança nele efetuada, e não acha explicação para a sua situação. Um fenômeno, mais ou menos constante em tal caso, é a persuasão em que ele se conserva de não estar morto, podendo essa ilusão durar muitos meses e mesmo muitos anos. Neste estado, ele se locomove, julga ocupar-se dos seus negócios, como se ainda estivesse no mundo, e mostra-se espantado de não lhe responderem, quando fala. Essa ilusão também se nota, fora dos casos de morte violenta, em muitos indivíduos, cuja vida foi absorvida pelos gozos e interesses materiais. 7-  Para onde vai a alma depois de deixar o corpo? Ela não vai perder-se na imensidade do infinito, como geralmente se supõe; erra no espaço e, o mais das vezes, no meio daqueles que conheceu e, sobretudo, que amou, podendo instantaneamente transportar-se a distâncias imensas. 8-  Conserva a alma as afeições que tinha na vida terrena? Guarda todas as afeições morais e só esquece as materiais, que já não são de sua essência; por isso vem satisfeita ver os parentes e amigos e sente-se feliz com a lembrança deles.


Se a gente reencarna para queimar o carma, mas pratica mais erros nesta vida, vai ficar com o carma mais pesado ainda. Diz o ouvinte Evandro Silva, e pergunta:  Nesse caso, como é que o Espírito pode evoluir, se ele está piorando ao invés de melhorar?

  Essa expressão “queimar o carma” não é espírita, Evandro. No Espiritismo diríamos que a gente reencarna para evoluir, para progredir espiritualmente. Isso significa que cada encarnação por mais difícil que seja, é uma nova oportunidade de o Espírito aprender a superar a si mesmo, vencendo sentimentos destrutivos, como o ódio, o egoísmo, o orgulho, a inveja. O seu nível de aproveitamento vai depender de seu desempenho durante a vida.

Quando observamos a vida de alguém, que achamos que está piorando ao invés de melhorar, isso pode ser visão deturpada nossa. Primeiro, porque não conhecemos o passado desse Espírito  e, em segundo lugar, porque o avanço que o Espírito obtém numa determinada encarnação, depende muito de seu estágio de desenvolvimento. Há Espíritos que, aparentemente, permanecem estacionários – avançam bem pouco - e outros que até parecem regredir.

  No entanto, devemos considerar que o processo reencarnatório é complexo. Ele não se dá numa linha reta. Não é como subir uma escada, degrau por degrau. É bem mais complexo que isso. Como abrange todas as potencialidades do Espírito, ao longo das encarnações, ele se dá nos mais variados sentidos,  é possível que não percebamos numa determinada encarnação para que lado caminhou. Geralmente, nosso julgamento se prende mais aos erros que ele cometeu.

Assim, Evandro, o  simples fato de o Espírito reencarnar e desencarnar já o auxilia na sua caminhada, pois lhe serve de experiência. A vida na Terra é uma grande experiência. No mais, se observando seu comportamento geral, não conseguimos divisar senão atitudes negativas, isso não quer dizer que ele continuará sempre assim e nem tampouco que ele só tenha defeitos.

Há um amadurecimento espiritual que está ocorrendo naturalmente nas profundezas da alma e que, mais cedo ou mais tarde, se manifestará em sua vida  para novos valores e aspirações. Além do mais, o caminhar do Espírito, no início de seu desenvolvimento moral, é mesmo lento e só ganhará impulso com as novas oportunidades de convivência.

Todo Espírito está destinado ao Bem, Evandro, e a História está cheia de exemplos de pessoas, que vieram trilhando por muito tempo caminhos tortuosos , mas que de repente parece terem despertado para o real sentido da vida e mudaram de rumo para uma inteira dedicação ao Bem, caracterizando o que no campo religioso aqueles casos que conhecemos como grandes conversões. 


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