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sábado, 13 de fevereiro de 2021

LEI DE CAUSA E EFEITO: COMO FUNCIONA E ALGUNS EXEMPLOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Muito se cita o Carma para justificar ocorrências que fazem no mundo de hoje, questionar-se a existência de Deus. Sua concepção, ao que tudo indica, irradiou-se pelo mundo, a partir dos princípios religiosos introduzidos no nosso Planeta, pelo grupo de Espíritos exilados de Capela reencarnados na região conhecida como Índia. Ao menos é o que revela Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, na obra A CAMINHO DA LUZ. A ideia sofreu ao longo das civilizações deformações, deturpações, até que no lado Ocidental da Terra, foi sendo progressivamente esquecida com o apagar doutro princípio, o da reencarnação, a partir das lamentáveis decisões do Segundo Concílio de Constantinopla,  promovido pelo Imperador Justiniano, em 553 DC. Praticamente treze séculos e inúmeras gerações, distanciaram as criaturas humanas da responsabilidade de viver, infundida com as perspectivas do inevitável encontro consigo mesmas e da reparação dos estragos cometidos nos diferentes caminhos da evolução. Coube ao Espiritismo ressuscitar ambas, dentro das exigências de uma Humanidade ávida por respostas sobre porque existimos e sofremos. As pesquisas conduzidas por Allan Kardec nas reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, desde abril de 1858, resultaram em expressiva coleta de dados, obtidos através de inúmeros entrevistados que se manifestaram por diversos médiuns, sendo muitos desses depoimentos reproduzidos na REVISTA ESPÍRITA, publicada sob a direção do Codificador de janeiro de 1858 a março de 1869. Tal material serviu também para que os aterrorizantes conceitos da morte pudessem ser reformulados objetivamente a partir dos exemplos contidos n’ O CÉU E O INFERNO segundo o Espiritismo. Nele, entra-se em contato com interessantes relatos de personalidades evocadas por Kardec, testemunhando as sensações, impressões e realidades registradas por eles na transição desta para outra dimensão. Analisando-os, o Codificador enumerou 32 artigos do que ele chama de Código Penal da Vida Futura, reproduzido no capítulo 7, da Primeira Parte do livro citado. Mostram por variados ângulos a Lei implícita na afirmação “a cada um segundo as suas obras”. A vida mostra-se como uma única realidade, apesar de desenvolver-se em duas dimensões. Toma-se conhecimento, através desse conteúdo, que as leis espirituais que controlam o indivíduo aplicam-se à família, à nação, às raças, ao conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas. As faltas do indivíduo, as da família, as da nação, qualquer seja o seu caráter, se expiam em virtude da mesma Lei. Comentando o aspecto, Kardec considera que “a criatura renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar,(...) até que o progresso os haja completamente transformado”. Acrescenta que “não se pode duvidar haver famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas por instintos de orgulho, egoísmo, ambição, enveredam pelo caminho errado, fazendo coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente. Uma família se enriquece a custa de outra; um povo subjuga outro povo, levando-lhe a desolação e a ruína; uma raça se esforça por aniquilar outra raça. Essa a razão por que há famílias, povos e raças sobre os quais desce a pena de Talião”. Identificando cinco exemplos de provas e expiações, individuais e coletivas, destacamos alguns do extraordinário acervo construído por Kardec ou pelo trabalho do médium Chico Xavier. Didaticamente os alinharemos mostrando o efeito e a correspondente causa determinante. CASO 1 Efeito - Industrial, morto doze horas após explosão de caldeira em sua empresa, envolvendo seu corpo em verniz fervente nela contida. Socialmente queridíssimo pela postura pessoal, em toda sua cruel agonia, não se lhe ouviu um só gemido, uma só queixa, apesar das dores lancinantes resultantes das profundas queimaduras sofridas. CausaAção assumida 200 anos antes, quando, na condição de juiz e inquisidor italiano condenou a morrer queimados os envolvidos numa conspiração visando a politica clerical, entre os quais uma jovem entre 12 e 14 anos, contra a qual os executores se recusavam cumprir a sentença, tornando-se ele, além de juiz, o carrasco que ateou fogo na quase menina. CASO 2 – Efeito – Antonio B., escritor, morto repentinamente( provavelmente um ataque cataléptico), teve seu corpo encontrado virado de bruços durante exumação feita 15 dias após o sepultamento, procedimento efetuado para que familiares recuperassem medalhão por acaso esquecido no caixão. Causa – Ação em vida anterior em que descoberta infidelidade da esposa, a enterrou viva num fosso. CASO 3Efeito - João Fausto Estuque, desencarnado em 16/10/1976, em acidente aéreo com avião de pequeno porte, na região de Votuporanga, SP. Causa – Ter sido protagonista 300 anos antes, em ações objetivando conquistar destaque nas posições da finança e do poder,  que culminaram na morte de várias pessoas de vasta comunidade humana, precipitadas em penhascos, sem que seus delitos fossem descobertos ou punidos. 



  Minha mãe era muito religiosa e me ensinou que Deus é  bom. Mas, eu era criança, quando meus pais se separaram e vi minha família desmoronar. Ainda por cima, perdi meu irmão mais velho num acidente. Nunca pude entender Deus. Se ele é bom, como pode permitir que uma criança sofra? Como pode deixar que exista tanta maldade no mundo? (Anônimo)

 De fato dentro de uma perspectiva de uma vida única, como certamente você deve ter aprendido, sem considerar outras oportunidades de voltar a viver na Terra, Deus parece conspirar contra nós – principalmente contra as pessoas que, desde a infância, passam de grandes sofrimentos, e aquelas que morreram cedo, como seu irmão, e que não tiveram chance nem mesmo de conhecer a vida.

Que Deus seria esse, que abandona até mesmo o mais inocentes dos seres, que os cria para vidas tão curtas e para destinos tão diferentes – a uns concedendo o privilégio de uma vida de conforto e a outro condenando a nascer e a morrer, marcado pela doença ou pela miséria? Existiriam condições para sabermos a razão de seus caprichos? É claro, ouvinte que, num deus como esse, temos dificuldade de confiar.

Ou Deus é bom e perfeito (como Jesus proclamou) e, portanto, nenhum de seus filhos se perde, ou é indiferente ao sofrimento desses filhos, a uns tratando com extrema bondade e a outro reservando, desde cedo, o mais angustiante sofrimento. O Pai bom e perfeito não pode nos fazer mal, só pode querer o nosso bem. Se o mal existe, não pode dele provir... E, então – você perguntaria - haveria um deus do mal ou demônio como muitos acreditam?

Nada disso, prezado ouvinte. Quando Jesus falava do Pai, ele se referia ao Criador, ao poder Soberano do Universo, bom e perfeito, justo e misericordioso, que criou seus filhos para um fim glorioso e, portanto, não poderia criar nenhum destinado ao mal, razão pela qual o demônio, como pintam, não existe. Aquilo que chamamos mal decorre de nossa ignorância e perfeição, porque somos Espíritos em processo de crescimento e evolução.

   Somos livres para tomar nossas decisões e praticar nossos atos, mas, ao mesmo tempo, temos capacidade de discernir entre o bem e o mal, respondendo por tudo que fazemos. Se a existência fosse única, como explicar o sofrimento das crianças e de todos aqueles que já nascem nas mais lamentáveis condições de vida, como que destinados a sofrer e a morrer de forma cruel e violenta.

Convidamos você e todos que queiram se inteirar melhor da Justiça a Divina a consultarem um dos livros de Allan Kardec, denominado “O CÉU E O INFERNO OU A JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO”, no capítulo VII da primeira parte,  intitulado “Código Penal da Vida Futura”. Ali vocês vão perceber que o mal decorre de nosso imperfeição, e que todos estamos caminhando em busca da perfeição.


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