No século 20 poucos foram os avanços no sentido de se considerar a reencarnação como uma verdade a conduzir o Espírito que há por trás de cada corpo físico na direção da evolução espiritual. Pesquisas como as de Ian Stevenson, Hemendras Banerjee, Hernane Guimarães Andrade parecem ter-se perdido em livros pouco conhecidos, especialmente nos meios acadêmicos. O “estrago” feito por uma das poderosas escolas religiosas do lado Ocidental da Terra, vinculam o conceito de reencarnação às superstições, afastando inteligências que poderiam contribuir com o avanço das investigações sérias sobre o tema. As respostas racionais e substanciais continuam a ser oferecidas pelo Espiritismo, confundido erroneamente com o termo religião. Na sequencia, destacamos alguns tópicos destacados das Obras Básicas da proposta espírita que, certamente, aclaram muitas dúvidas: 1 - OBJETIVO - Os Espíritos não pertencem eternamente à mesma ordem. Todos melhoram, passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse melhoramento se verifica pela encarnação, que a uns é imposta como uma expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova a que devem se submeter repetidas vezes até atingirem a perfeição absoluta; é uma espécie de peneira ou depurador de que eles saem mais ou menos purificados. (...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal. (LE) 2- ESTADO NA PRIMEIRA ENCARNAÇÃO - Criado simples e ignorante, o Espírito está em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual, como a criança que acaba de nascer. Se não fez o mal, também não fez o Bem. Nem é feliz, nem infeliz. Age sem consciência e sem responsabilidade. Desde que nada tem, nada pode perder, como não pode retrogradar. Sua responsabilidade só começa no momento em que se desenvolve seu livre-arbítrio. Seu estado primitivo não é, pois, um estado de inocência inteligente e raciocinada. Consequentemente, o mal que fizer mais tarde, infringindo as leis de Deus, abusando das faculdades que lhe foram dadas, não é um retorno do Bem ao mal, mas consequência do mau caminho por onde entrou. (RE, 6/1863)(...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal. (LE) 3- INTERVALO ENTRE ENCARNAÇÕES? - De algumas horas a alguns milhares de séculos, não havendo limite extremo assinalado para o estado de desencarnado, que pode prolongar-se por muito tempo, não sendo jamais perpétuo, possibilitando ao Espírito cedo ou tarde, oportunidade de recomeçar uma existência que sirva de purificação das anteriores. 4- NUMERO DE EXISTÊNCIAS CORPÓREAS - A cada nova existência o Espírito dá um passo na senda do progresso; quando se despojou de todas as impurezas, não precisa mais das provas da vida corpórea. (LE) 5 - O MESMO PARA TODOS OS ESPÍRITOS? - Não, aquele que avança rapidamente se poupa das provas. Não obstante, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas porque o progresso é quase infinito (LE,) 6- REENCARNAMOS ONDE QUEREMOS? O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhe tenha feito. (LE) Frequentemente, renasce na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem os seus laços de afeição, ou repararem seus erros recíprocos. Pelas considerações de ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, nação, raça, seja por simpatia, seja para continuar estudos que fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados que as circunstâncias ou brevidade da vida não permitiram terminar. (OP) 7 - EM QUE MOMENTO SE OPERA O ESQUECIMENTO DO PASSADO? Desde que o Espírito é preso ao laço fluídico que o liga ao germe (embrião, feto), a perturbação apodera-se dele, crescendo à medida que o laço se aperta, e, nos últimos momentos, o Espírito perde toda a consciência de si mesmo, de sorte que ele nunca é testemunha consciente de seu nascimento. No momento em que a criança respira, o Espírito começa a recobrar suas faculdades, que se se desenvolveram à medida que se formam e consolidam os órgãos que devem servir para a sua manifestação.(G,) 8 - ISSO SERIA O ESQUECIMENTO DO PASSADO? Não. Ao mesmo tempo que o Espírito recobra a consciência de si mesmo, perde a lembrança de seu passado, sem perder as faculdades, qualidades e aptidões adquiridas anteriormente, aptidões que estavam, momentaneamente, estacionadas em seu estado latente e que, em retomando sua atividade, vão ajudá-lo a fazer mais e melhor que fazia precedentemente. Ele renasce como fizera na encarnação anterior; sendo seu renascimento agora um novo ponto de partida, um novo degrau a subir. . (G,)
No coma
não há morte, o corpo está vivo; a pessoa, no entanto, perdeu a consciência,
como se tivesse apagado de vez. Mas, como os sinais vitais ainda se mostram
nítidos, ela está viva e, portanto, o espírito está ligado ao corpo, ainda que
possa se afastar parcialmente, perceber algo que se passa a seu redor e até ter
contato com Espíritos. Mas tudo isso se dá inconscientemente, salvo raros casos
em que o paciente, ao acordar, relata tais experiências. O espírito só se
desprende totalmente com a morte do corpo, ou seja, quando não há mais possibilidade
de vida.
Há
algumas outras perguntas referentes à morte, como estas: “Qual a sensação da
pessoa que morre dormindo? Qual a sensação do individuo que morre queimado? E
na cremação, o que acontece? A morte dói?”
Precisamos diferenciar morte de desencarnação:
uma coisa é o corpo quando não consegue mais viver, outra é o desprendimento do
espírito. No entanto, é uma coisa que causa a outra; é a morte que desencadeia
a desencarnação, e isso depende de cada um. Quanto mais espiritualizada a
pessoa, quanto menos apegada à matéria, mais facilidade terá nesses momentos de
desprendimento. As sensações, portanto, dependem do tipo de vida que levou.
Além disso, não podemos esquecer que existe assistência espiritual nessa hora,
dependendo dos méritos morais de cada um.
Outra
pergunta dos amigos de Gália: “O medo de ser enterrado vivo é
consequência de sensações experimentadas pelo Espírito em vidas passadas?
“Nem
sempre, mas isso pode acontecer algumas vezes. No entanto, depende do tipo de
experiência que o indivíduo teve em encarnação passada e o quanto essa
experiência o marcou. Não dá para generalizar. O medo de ser enterrado vivo
pode ter várias causas de ordem psicológica ou até mesmo da influência de outros
casos que a pessoa tomou conhecimento.
Mais
uma pergunta: “A vida na carne tem um período
determinado?”
A
princípio, sim. A vida é como um plano
que fazemos para ser executado dentro de certo período. Mas isso não significa
que ele vá ser cumprido exatamente como foi programado. Depende de nossas
decisões e, sobretudo, de nossos atos. Podemos prolongar a vida o máximo
possível, como podemos viver menos do que foi planejado. Na verdade, todos nós
temos oportunidade de replanejar a vida todos os dias, e isso se dá por causa
de nossas escolhas. O suicídio, por exemplo, não é planejado.
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