Todos sabemos que caminhamos
para a morte. Intuitivamente, a maioria a teme.
Os resultados das pesquisas
e observações de Allan Kardec expostos no livro “”O CÉU E O INFERNO”, e a
objetividade das informações apresentadas por André Luiz (Espírito), através do
médium F.C. Xavier, serviram para nos dar idéia da naturalidade da sobrevivência
do Espírito.
As condições dessa etapa,
porém, constituem em surpresa nem sempre agradável para a quase totalidade dos que
vivenciam esta experiência. Objetivando estimular o despertamento de um número
cada vez maior de consciências sobre a dura realidade do Plano Espiritual para
o qual todos nos dirigimos, propomos à sua reflexão a entrevista que se segue
com o escritor e jornalista Abel Gomes publicada pela REVISTA INFORMAÇÃO.
INFORMAÇÃO - Morrer e
Desencarnar são duas situações distintas. Como as pessoas atravessam esta
experiência?
Abel Gomes -
"Mentiríamos, asseverando que a transição é serviço rotineiro para todos. Cada
qual, como acontece no nascimento, a sua
porta adequada para ausentar-se do Plano Físico. Na existência do corpo, começamos
ou recomeçamos determinado serviço. Além da sepultura, continuamos a boa obra
encetada ou somos escravos do mal que praticamos na Terra. Por isto, o estado
mental é muito importante nas condições da matéria rarefeita que a criatura passa
a habitar, logo depois de abandonar o carro fisiológico".
INFORMAÇÃO - Então não se
integram de imediato na Vida Espiritual?
Abel Gomes -
"Incontáveis pessoas, por deficiência de educação do "eu",
agarram-se aos remanescentes do corpo, com a obstinação de estulto viajante
que, pelo receio do desconhecido ou pela incapacidade de usar as próprias pernas,
pretendesse inutilmente reerguer na estrada a cavalgadura morta. Mas o número
de almas perturbadas de outro modo é infinitamente maior. Não se apegam ao cadáver
putrefato, mas demoram na paisagem doméstica, onde se desvencilharam das
células enfermas, conservando ilusões ou sofrimentos intraduzíveis. Muitos que
se abandonaram à moléstia, fortalecendoa e acariciando-a, mais por fugir aos
deveres que a vida lhes reserva do que por devoção e fidelidade aos Desígnios
Divinos, fixam longamente sintomas e defeitos, desequilíbrios ou chagas na
matéria sensível e plástica do organismo espiritual, experimentando sérias
dificuldades para extirpá-los. Almas desse naipe, desalentadas e oprimidas,
podem ser enumeradas aos milhares, em qualquer região dos círculos sutis que marginam
a zona de trabalho, em que se delimita a ação dos homens encarnados".
INFORMAÇÃO - Mas, não são
amparados pelos Benfeitores Espirituais?
Abel Gomes -
"Quando possível, são internadas em grandes e complexas organizações
hospitalares, quase que justapostas ao Plano Terrestre comum; entretanto, é preciso
reconhecer que milhares delas se mantém dentro de linhas mentais infra-humanas,
rebeldes a qualquer processo de renovação. Muitas permanecem, em profundo desânimo,
nos recintos domésticos em que transitaram por alguns anos consecutivos,
detendo-se nos hábitos arraigados da casa e inalando substâncias vivas do ambiente
que lhes é familiar, sem legião imensa de fantasmas que o poder da evocação traz
novamente à vida. Presa das próprias criações mentais monstruosas e perturbadoras,
enreda-se, às vezes por muito tempo, no cipoal dos seus pensamentos selvagens ou
indisciplinados, atravessando aflições Indizíveis, qual homem que, em sono
profundo, suando e chorando sob padecimentos inomináveis da mente, crê estar
num largo circulo de tortura".
INFORMAÇÃO - Permanecem
isolados ou se agrupam?
Abel Gomes -
"Os orientadores dos princípios filosóficos ou religiosos afirmam que cada
individualidade vive no mundo que lhe é peculiar, isto é, cada mente vive o
tipo de vida patível com o seu estádio, avançado ou atrasado, na marcha
evolutiva. As inteligências aqui se agrupam segundo os impositivos da
afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou frequência vibratória, em
que se encontram. Tenho visitado vastas colônias representativas de Civilizações
há muito tempo extintas para a observação terrestre. Costumes, artes e fenômenos
lingüísticos podem ser estudados, com admiráveis minudências, nas raízes que os
produziram no tempo".
INFORMAÇÃO - Sendo assim,
cada caso é um caso?
Abel Gomes - "A
alma liberta adianta-se sem apego à retaguarda, esquecendo antigas fórmulas,
como o pinto que estraçalha e olvida o ovo em que nasceu, abandonando o envoltório
inútil e constritor em busca do oxigênio livre e do largo horizonte, na
consolidação das suas asas; em contraposição, existem milhões de Espíritos, apaixonados
pela forma, que se obstinam naquelas colônias, por muito tempo, até que abalos
afetivos ou conscienciais os constranjam à frente ou ao renascimento no coragem
de ir adiante".
INFORMAÇÃO - O socorro a
elas não depende então da Espiritualidade Superior?
Abel Gomes -
"Quando mostrem sinais de transformação benéfica, são, de imediato, aceitas
em instituições educativas nas adjacências da Terra, patenteando melhoria nas
manifestações exteriores, à medida que se renovam por dentro, no que condiga
com o sentimento, a atitude e a boa-vontade no apreender os ensinos recebidos,
nas tarefas de auto-aperfeiçoamento".
INFORMAÇÃO - E, a
recuperação é breve?
Abel Gomes -
"Custam a modificar conceitos e opiniões, mantendo-se como que paraliticas
do entendimento, de vez que, estancando as energias da imaginação nos quadros
terrenos, dos quais, entretanto, já se desligaram, são verdadeiros dementes
para a Vida Espiritual, como seriam loucos para o mundo os homens que
reencarnassem com a memória integralmente presa aos acontecimentos, às pessoas
e às coisas do pretérito".
INFORMAÇÃO - Ficam esses
Espíritos abrigados nestas instituições educativas?
Abel Gomes -
"Tais Espíritos perambulam entre as criaturas encarnadas quais se fossem sonâmbulos,
vivendo pesadelos e sonhos como sendo realidades absolutas, porquanto
a onda mental que lhes verte
das preocupações se expressa em movimento de recuo, em busca do passado a que
se imantam e no qual focalizam a consciência. Nessas retrospecções,
assemelha-se a alma a um proprietário de importante prédio de muitos andares,
que preferisse viver no subterrâneo, na intimidade de fósseis estranhos e
horripilantes do subsolo, repentina e temporariamente convertidos em campo
físico".
INFORMAÇÃO - Integram-se
então nos chamados Planos e Sub-Planos Espirituais?
Abel Gomes -
"Cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize. Não há surpresa
para a ciência comum, neste enunciado, porquanto, mesmo na Terra, muitas vezes,
numa só área reduzida vivem o cristal e a árvore, a ameba e o pulgão, o peixe e
o batráquio, o réptil e a formiga, o cão e a ave, o homem rude e o homem civilizado,
respirando o mesmo oxigênio, alimentando-se de elementos químicos idênticos, e
cada qual em mundo à parte".
INFORMAÇÃO - E, aqueles que
se manifestam nos trabalhos de desobsessão parecendo estar encapsulados em eras
remotas?
Abel Gomes -
"Além daqueles que sofrem deformidades psíquicas deploráveis, manifestadas
no tecido sutil do corpo espiritual, não é difícil encontrarmos personalidades
diversas, sem a capa física, vivendo mentalmente em épocas distanciadas.
Habitualmente se reúnem àqueles que lhes comungam as ideias e as lembranças,
formando com recordações estagnadas a moldura nevoenta dos quadros íntimos em
que vivem, a plasmarem paisagens muito semelhantes às que o grande vidente
florentino descreveu na Divina Comédia. Há infernos purgatoriais de muitas categorias.
Correspondem à forma de pesadelo ou de remorso que a alma criou para si mesma. Tais
organizações, que obedecem à densidade mental dos seres que as compõem, são
compreensiveis e justas. Onde há milhares de criaturas humanas, clamando contra
si mesmas, chocadas pelas imagens e gritos da consciência, criando quadros
aflitivos e dolorosos, o pavor e o sofrimento fazem domicílio. Aqui, as leis magnéticas
se exprimem de maneira positiva e simples".
INFORMAÇÃO - Seria como se
se mantivessem ausentes mentalmente da realidade?
Abel Gomes -
"No mundo, vemos inúmeras pessoas com presença imaginária nos lugares a
que comparecem. Na verdade, apenas se encontram em determinada parte sob o
ponto de vista físico: a mente, com a quase totalidade de suas forças, vagueia longe.
Depois da morte, porém, livre de certos princípios de gravitação que atuam, na experiência
carnal, contra a fácil exteriorização do desejo, a criatura alia-se ao objeto
de suas paixões. Assim é que surpreendemos entidades fortemente ligadas umas às
outras, através de fios magnéticos, nos mais escuros vales de padecimento regenerativo,
expiando o ódio que as acumpliciaram no vício ou no crime. Outras, que perseveram
no remorso pelos delitos praticados, improvlsam, elas mesmas, com as faculdades
criadoras da imaginação, os instrumentos de castigo dos quais se sentem merecedoras”.
INFORMAÇÃO - Pode
exemplificar?
Abel Gomes -
"Antigo sertanejo de minha zona, que impunha serviço sacrificial aos seus
empregados de campo, mais por amblção de lucro fácil na exploração intensiva da
terra que por amor ao trabalho, deixou recheados cofres aos filhos e netos;
mas, transportado à esfera imediata e ouvindo grande número de vozes que o
acusavam, tomou-se de tão grande arrependimento e de tão viva compunção, que
plasmou, ele mesmo, uma enxada gigantesca, agrilhoando-a às próprias mãos, com
a qual atravessou longos anos de serviço, em com Espíritos primitivos da Natureza,
punindo-se e aprendendo o preço do abuso na autoridade. Orgulhosa dama, que conheci
pessoalmente e a quem humilde e honrada família deve a morte de nobre mulher, vitimada
pela calúnia, em desencarnando e conhecendo a extensão do mal que causara, adquiriu
para si o suplício da vítima, por intermédio do remorso profundo em que se mergulhou,
estacionando por mais de dois lustros em sofrimento indescritível".
INFORMAÇÃO - A mente comanda
mais que nunca a tudo...
Abel Gomes -
"A matéria mental, energia cuja existência mal começamos a perceber, obedece
a impulsos da consciência mais do que possamos calcular. A paz é realmente daqueles
que a possuem no recesso do Ser. O pecado é filho do conhecimento e da responsabilidade
perante a Lei. A culpa e o mérito crescem, quando o díscernimento se desenvolve".
INFORMAÇÃO - A alteração
deste estado mental pode demorar muito tempo?
Abel Gomes -
"Os famosos padecimentos de Tântalo, o rei lendário, esfomeado e sedento,
além do túmulo, não constituem meros simbolos mitológicos. Há poderes mentais,
de que ainda não possuimos senão leve notícia, que estabelecem certos estados dalma
e nos sustentam, muita vez, por decênios ou séculos. Criminosos, detidos na visão
de pavorosas Imagens que pintaram na vida íntima; traidores, de pensamento fixo
na contemplação da paisagem onde lobrigaram as suas vítimas pela última vez; caluniadores,
estagnados no delito que cometeram; e toda uma multidão de entidades, que
conservam residuos de lembranças deploráveis na consciência, gastam anos e anos
na operação a qu poderíamos chamar decantação interior das emoções escuras e violentas.
Grande parte de semelhantes remanescentes da luta humana estacionam nos
próprios lares em que desencarnaram, presos às lágrimas, aos desvarios ou aos
pensamentos de amargura e revolta, de tristeza ou indisciplina daqueles que
lhes partilharam as experiências, e nutrem-se, como vampiros naturais, no organismo
doméstico. Ninguém está no âmago do céu ou do inferno, mas na intimidade de si
mesmo, com as figurações que estabeleceu no mundo vivo da própria mente. O
corpo espiritual é ainda tão desconhecido à ciência comum, quanto a refinada cultura
humana, levada ao máximo nas grandes cerebrações da atualidade, é ignorada pelo
homem primitivo, ainda aglutinado ao espírito tribal".
INFORMAÇÃO - É por isso que
morrer e desencarnar tem sentido diferente?
Abel Gomes -
"A morte nos situa à frente de complexidades imensas, nos domínios da mente,
e, para solucionar os problemas de ordem imediata, nesse campo de incógnitas vastíssimas,
somente encontraremos na prática dos ensinamentos de Jesus a sublimação
necessária ao equilíbrio intimo de que carecemos para mais amplos vôos no
conhecimento e na virtude, forças básicas para as realizações mais altas na
dinâmica do Espírito. Volumosa percentagem das milhares de pessoas que
desencarnam, hora a hora, no Planeta, permanece, por vezes, muitos anos
consecutivos, ao lado de parentes na consanguinidade, porque é na experiência do
lar que deixamos maior número de obrigações não cumpridas".
INFORMAÇÃO - Por quê?
Abel Gomes -
"No microcosmo da família, em muitas ocasiões, temos representantes significativos
de nossos adversários do pretérito. Almas vigorosas na incompreensão, na
dureza, na ingratidão e na hostilidade passiva, ai se encontram ombreando conosco,
na lide cotidiana, disfarçados nos apelidos mais doces, no que concerne ao carinho.
Incontáveis individualidades discordes podem estar sob compromissos conjugais
ou com os títulos de pais e mães, filhos ou irmãos. Ah! se soubéssemos, enquanto
na existência precária da matéria densa, o valor da rendição generosa e edificante
com auxílio espontâneo de nossa parte aos inimigos do passado, certo aproveitaríamos
todas as oportunidades para exercer o entendimento fraterno que o Mestre nos
recomendou. É no seio da organização doméstica que somos tentados à disputa
mais longa, ao ciúme mais entranhado, à
rebeldia mais impermeável e às aversões mais fundas. Fácil será sempre
desculpar as ofensas do mundo vasto, esquecer a maledicência dos que nos não
conhecem e perdoar as pedras do torvelinho social. Mas, em casa, na comunhão com
aqueles cuja vida partilhamos na sucessão dos dias numerosos, a ciência do amor
espiritual é muito difícil de aprender. Em razão disto, depois da morte,
percebendo a importância de nossa harmonização em pensamento com certas
criaturas de nosso séquito familiar, voluntariamente nos consagramos a
retificar atitudes errôneas, adotadas no curso de nossas tarefas interrompidas
no túmulo, auxiliando aqueles por quem nutríamos animadversão declarada, para
que não arremessem sobre nós os raios da malquerença destrutiva. A sementeira
de simpatia é impositivo precípuo, a que nossa paz se condiciona. Todos os
deveres cumpridos no seio doméstico significam ingresso no apostolado pela
redenção humana. Os raros homens e mulheres qu se ausentam do mundo,
conservando uma consciência tranqüila para com os parentes e afeiçoados,
penetram, de imediato, em missões mais amplas no auxilio à Humanidade”.
Gostaria de saber por que há tanta
maldade no mundo. Por que existem pessoas que têm prazer em prejudicar e até em
matar seu semelhante? Como podemos ser bons no meio da mentira, da violência e
da miséria? (Pergunta da Adriana Regina
Tuli)
Sem
uma visão mais ampla e profunda da vida, Adriana, sem a certeza da imortalidade
da alma e da reencarnação, não é possível responder sua pergunta. Se a vida
fosse esta única que estamos vivendo (aqui e agora) e nada mais houvesse depois
dela, não faria sentido vivermos num mundo em que existem bons e maus, sendo os
bons as principais vítimas. Assim considerando, tudo se daria ao acaso: os bons
seriam bons porque nascem bons, os maus porque nascem maus, e a vida seria o
resultado dessa convivência incerta, onde levaria mais vantagem quem tivesse
mais sorte. Depois, estaria tudo acabado.
Mas
não é assim que pensamos. O mais importante para nós, seres inteligentes, é o
que pensamos ser a vida. Kardec fala disse n’O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO”, no item intitulado “O Ponto de Vista”. Procure estudar esse
capítulo. Do ponto de vista materialista, Adriana, tudo começa e tudo termina
aqui na Terra: quem foi feliz, sorte dele; quem não foi, azar. Isso
significaria que a vida é uma questão de sorte ou azar, e que natureza nos prega
uma grande peça, enganando a todos. Neste caso, ela nos daria a inteligência para
procurarmos entender o sentido da vida, mas, ao mesmo tempo, ela nos esmaga com
a perspectiva do nada ou da nossa destruição.
O
Espiritismo, contudo, nos aponta para um futuro promissor, dizendo mais: que
somos imortais, já vivemos antes desta existência, estamos vivendo hoje e
viveremos depois. O Espírito foi criado por Deus simples e ignorante e todos
marcham em busca da perfeição, que é a sua felicidade, a sua completa
realização, cada um abrindo seu próprio caminho com maior ou menor dificuldade.
Como se trata de um processo evolutivo – ou seja, de aperfeiçoamento constante – vamos adquirindo a própria individualidade,
e cada um de nós caminha no seu próprio ritmo.
É
disso que surgem as diferenças individuais ao longo das encarnações. Há Espíritos ainda em estágio pouco avançado
de evolução, enquanto outros estão lá adiante. Aqui, na Terra, somos Espíritos
passando por uma determinada faixa evolutiva, mas existem outros mundos – uns
mais atrasados e outros mais adiantados que o nosso. Em nosso planeta, devido
ao estágio de progresso espiritual de seus habitantes, ainda vemos grandes
diferenças no aspecto moral entre os indivíduos, o que faz com que você afirme existirem
pessoas maldosas no mundo.
O que
chamamos maldade, Adriana – ou seja, predisposição para prejudicar o semelhante
e fazê-lo sofrer – é condição de determinados Espíritos, que estão neste mundo
para aprender com os bons com quem convivem, assim como numa escola convivem bons e maus alunos. Mas eles, a quem
chamamos maldosos, também são nossos
irmãos, tão amados por Deus ( que é o Pai) quanto cada um de nós, justamente
porque eles têm carência de espiritualidade, não desenvolveram bastante o
sentimento para experimentarem a felicidade que a paz de espírito proporciona.
A
vinda de Jesus à Terra , há dois mil anos atrás, mostrou bem isso. Jesus, um
Espírito Puro, teve uma missão divina neste mundo. Ele veio demonstrar que o
caminho para a felicidade humana está na prática do bem ( o que chamou de amor
ao próximo) e que os maus ( quer dizer, aqueles que ainda não conseguiram
compreender os efeitos do amor) são ignorantes e por isso não sabem o que
fazem. Jesus representou o supremo bem e eles, seus executores, o supremo mal.
A
preocupação em seguir o caminho do bem, Adriana, já é bem pronunciada em nosso
planeta. Isso significa que já demos passos significativos na compreensão da
fraternidade que Jesus ensinou. Mas, de uma maneira geral, ainda não
conseguimos superar o mal que existe em cada um de nós ( pois, ainda temos
muito de egoísmo e de orgulho) . Mesmo assim estamos convivendo com Espíritos
ainda mais atrasados que a maioria das pessoas deste planeta, e cuja presença
na Terra, para eles, é mais uma oportunidade de descobrir que o amor é o
caminho da felicidade. Evidentemente, nós temos um papel de ajudar a todos,
começando pela educação das crianças, que são novos Espíritos que vêm para ser
educados.
Jesus
está mais preocupado com o que os bons podem fazer para ajudar os maus a se
erguerem. Por causa da ausência ou da omissão dos bons, os Espíritos, ainda
dominados pelos instintos, são revoltados e agressivos, quase sempre mal
recebidos neste mundo, onde reencarnaram para aprender. Quantos desses
Espíritos renasceram em ambiente de violência e abandono! Como não estão sendo
atendidos em suas necessidades – e diante de tanta ignorância e de tanta
miséria que existem no mundo – eles se mostram mais revoltados ainda, e a
consequência de tudo isso é uma sociedade com medo, acuada e insegura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário