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sábado, 24 de abril de 2021

A VOLTA DE FREDERIC CHOPIN; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Declarou que, salvo resoluções posteriores, pretende reencarnar no Brasil, país que futuramente muito auxiliará o triunfo moral das criaturas necessitadas de progresso, mas que tal acontecimento só se verificará do ano 2000 em diante, quando descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar, moralizar e sublimar as Artes. Não podia precisar a época exata. Só sabia que será depois do ano 2000, e que a dita falange será como que capitaneada por Vitor Hugo, Espírito experiente e orientador, a quem se acha ligado por afinidades espirituais seculares, capaz de executar missões dessa natureza”. A curiosa revelação foi feita à respeitada médium Yvonne do Amaral Pereira, no final dos anos 50 pelo próprio Espírito do celebre compositor que com ela mantinha contato desde 1931, quando o viu pela primeira vez, na noite de 31 de junho, acompanhando seu Espírito guia Charles. Chopin, como registrado pela história, era polonês e morreu aos 39 anos, vítima da tuberculose em face da fragilidade de sua saúde. Por sinal, no número da REVISTA ESPÍRITA de maio de 1859, dez anos após sua morte, respondeu a doze perguntas formuladas por Kardec em reunião da SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS, quando acompanhava o Espírito Mozart que ditara recentemente o fragmento de uma sonata através de um médium chamado Bryon-Dorgeval, que, por sua vez, havia submetido o trecho a vários artistas - sem declinar sua autoria -, os quais reconheceram na peça o estilo de Mozart. Entre as questões respondidas por Chopin, explica sua melancolia no Plano Espiritual como sendo consequência da não realização da prova pela qual renascera no início do Século 19, reconhecendo que com sua inteligência poderia ter avançado mais do que avançou. Curioso notar que nas oportunidades que pode estar espontaneamente diante dele transcorrido mais de um século, a médium dona Yvonne, o via “pouco expansivo e, geralmente, entristecido, embora afetuoso e discreto”. “-Uma única vez vimo-lo sorrir”, conta ela no capítulo três do livro DEVASSANDO O INVISÍVEL (feb), de sua autoria. Através de Charles, dona Yvonne soube que Frederic Chopin “seria a reencarnação do poeta romano Ovídio ( Públio Ovídio Naso, poeta latino, fácil e brilhante, amigo de Vergílio e de Horácio, por volta de 43 A.C.) e do pintor italiano Rafael Sânzio ( pintor, escultor e arquiteto italiano, 1483-1520, cuja genialidade reunia todas as qualidades: perfeição do desenho, vivacidade dos movimentos, harmonia das linhas, delicadeza do colorido, tendo deixado grande número de obras primas o que lhe valeu o reconhecimento como o poeta da Pintura, assim como Ovídio foi considerado o músico da Poesia e Chopin, o poeta da Musica). Por depoimento do próprio Espírito de Chopin, à época de um dos encontros havidos, ele, na Espiritualidade, se ocupava de um curso de Medicina Psíquica, o que a impedia de visitar a Terra com mais frequência. Sobre se, na próxima existência, não voltaria como artista, animado, perguntou “porque não poderia aliar as duas qualidades, se os artistas, muitas vezes, não passam de médiuns?”. O fato de não ter profanado as Artes nem cometido quaisquer deslizes nesse setor, “não o impediriam”, acrescentado que, “no momento, o que o preocupava mais era o desejo de servir aos pequeninos e sofredores, aos quais nunca protegera, já que em suas passadas existências, apenas servira aos grandes da Terra e, na nova encarnação, “não desejava nem mesmo auferir proventos monetários, pessoais, da Música”. Quanto à confiabilidade das informações de Dona Yvonne, lembramos que o também médium Chico Xavier a considerava uma das mais autênticas servidoras da causa da iluminação humana com base no Espiritismo. 


  “ Costumo fazer minhas orações todos os dias, mas sinto que elas não têm muito efeito em minha vida. Será que não sei orar? Ultimamente até fico um tanto confusa quando oro e chego a trocar palavras. Gostaria que falassem sobre isso.”

 Não existe um jeito de orar melhor do que aquele que Jesus ensinou, cara ouvinte. Deveríamos nos ater ao ensinamento do mestre. Infelizmente, a nossa cultura religiosa de muitos séculos  ainda está nos prendendo a formalidades, a orações longas e repetitivas o que, na verdade, contraria aquele ensinamento. Orar é muito mais simples do que geralmente as pessoas imaginam. Nós ainda estamos presos ao ritualismo das religiões antigas – das celebrações e dos sacrifícios -  ao invés de buscar a simplicidade ensinada por Jesus.

Falar com Deus pode ser um ato de qualquer momento e em qualquer circunstância. Deus é a presença constante em nossa vida – de todos nós, de cada um de nós. É claro que, no fundo, o que vale na prece é a intenção, mas mesmo com boa intenção, se quisermos,  poderemos melhorar a qualidade de nossos contatos com Deus. Veja que Jesus, diante de seu povo angustiado e infeliz, poderia simplesmente recomendar, dentro de sua religiosidade, que frequentassem mais as sinagogas, que fossem mais vezes ao templo, que contribuíssem mais com o dízimo ou se submetessem mais fezes ao sacrifício do jejum.

 No entanto, o que disse ele ao povo? Quando orares, não sejas como os hipócritas, que apreciam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros. Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam o seu galardão.  Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente.  E, quando orardes, não useis de vãs repetições, como fazem os pagãos; pois eles imaginam que devido ao seu muito falar serão ouvidos. …”

 E, então, Jesus ensina uma prece simples, curta, rica de sentido e de sentimento: o Pai Nosso, que você sabe e que todos nós sabemos. Para Jesus prece é isso. Todavia, não é a prece em si que vale e nem quantas vezes a repetimos, mas o sentimento que nela colocamos.  Para que o nosso sentimento possa se expressar com toda intensidade, a prece não pode ser longa, porque numa prece muito longa nos cansamos e perdemos a concentração, porque nosso pensamento passeia. O poder da oração, portanto, não está nas palavras em si, mas no sentimento que expressamos e que, na maioria das vezes, as palavras não conseguem traduzir.

Logo, o poder da oração não está nem mesmo no local ou no momento em que a fazemos. Jesus usou a figura do quarto justamente para deixar claro que a oração - sendo uma conversa secreta com Deus, e Deus estando em toda parte -  ela deve ser feita de Espírito para Espírito – ou seja, no silêncio de nosso coração, na intimidade da alma, porque ela é pessoal e intransferível. O quarto, como nosso aposento mais íntimo, representa o lugar secreto de nossa alma. Contudo, cara ouvinte, se imaginamos Deus longe de nós, diminuímos nossa capacidade de chegar até Ele, mas se O imaginamos em nosso coração, o contato com o Pai já foi feito, aqui e agora.

 A única condição, que Jesus coloca para a prece, é a do coração sincero e desejoso de melhorar. Se a prece é a busca de Deus, precisamos ter consciência de que só vamos encontrar Deus em nosso coração, se estivermos decididos a vencer os nossos maus sentimentos. Por isso que ele, afirma a necessidade da busca da reconciliação com o adversário, antes mesmo da oferta, porque sem o perdão ou sem o desejo da reconciliação a oferta não tem valor.

 Assim, uma boa recomendação para quem quer orar bem, é rever a oração do Pai Nosso, refletir sobre cada frase, sobre  cada palavra dessa prece, e verificar, acima de tudo, se realmente estamos procurando seguir os passos de Jesus, perdoando nossos ofensores, assim como queremos que Deus nos perdoe as faltas e nos livre do mal. Quando a prece é bem feita, ainda que seja uma prece de apenas um minuto, ela nos deixa uma elevada sensação de leveza e bem estar.

  Desse modo, cara ouvinte, a oração deve ter um significado claro para a mente e para o coração. Não pode ser apenas uma obrigação, não pode ser apenas uma vã repetição de palavras e nem precisa de um lugar especial ou de qualquer ritual. A oração é um ato espiritual. Ela precisa apenas e tão somente de um coração sincero, decidido a melhorar-se a partir de então. Cada prece, em nossa vida, deve ser única, pois em cada uma delas devemos colocar toda a nossa força interior, buscando perdoar nossos ofensores  e confiando na justiça de Deus.


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