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segunda-feira, 17 de maio de 2021

ENTENDENDO A TURBULENTA CONVULSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Se tentarmos conversar com uma criança de cinco anos sobre a Teoria da Relatividade será que obteremos sucesso?  Se nos dirigirmos a um dos habitantes das diversas comunidades rurais da Papua-Nova Guiné para ouvi-lo sobre planejamento estratégico haveria reciprocidade? Se falássemos para um intolerante radical religioso que há inúmeras evidências confirmando a realidade da reencarnação, teríamos chance de prolongar o entendimento? Uma breve reflexão sobre tais questões resultariam numa óbvia resposta: não! As imagens se associadas a outra criada pelo Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier na mensagem O GRANDE EDUCANDÁRIO no livro ROTEIRO (feb,1952) sobre a Terra ser uma das muitas escolas dedicadas à evolução espiritual abrigando “mais de vinte bilhões de almas conscientes desencarnadas”, permitem-nos entender o que acontece neste momento do Planeta em que vivemos. Na segunda mensagem selecionada por Allan Kardec para compor as Instruções dos Espíritos do Capítulo 3 – Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai, d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Santo Agostinho traça um perfil dos Mundos de Expiação e de Provas entre os quais se insere ainda a Terra.  Diz, entre outras coisas, que “a superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizarem certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral”, estando neste mundo como estrangeiros para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo feliz”, tendo “vivido em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal, que os tornava causa de perturbação para os bons”. Salienta, porém, que “não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens, constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados”. Acrescenta que “vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso, sendo de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos”. São Luiz na resposta à última pergunta d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, revela que o momento da “transformação predita para a Humanidade terrena” havia chegado, resultando não só “na remoção dos Espíritos maus mas também dos que tendem a deter a marcha das coisas”. Isto sugere a atuação de um comando a operar essas ações. Nos versículos 3 e 10 do Capítulo 1 do EVANGELHO de João, apresentado Jesus diz “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e “estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”, sugerindo não ser ele apenas mais que o Mestre reconhecido por todos os que estudam sua história. Obras mediúnicas recebidas por Chico Xavier como A CAMINHO DA LUZ de Emmanuel e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO assinada por Irmão X, revelam aspectos de planejamentos tecidos na Espiritualidade para encaminhar a evolução dos habitantes da Terra. Especialmente o segundo, prende-se à nova fase ou Ciclo – estimado recentemente pela ciência como de 2160 anos - em que iria começar entrar o planeta nos séculos seguintes. Para se ter uma ideia de como funcionam as coisas nos bastidores da evolução, em interessante questionamento sobre o fenômeno Joana D’Arc, a aldeã de Orleans, na França, que transformou-se em líder militar na vitória francesa sobre a ambição inglesa no século XIV, Chico Xavier explicou que “naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam a servir na formação do corpo da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso cuidado para que os corpos pudessem suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joana D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genitais, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século XIX que preparou, no mundo, a organização da era tecnológica que estamos vivendo no século XX”.



Veio do nosso Antonio Carlos Ioppe, a seguinte questão. O que o Espiritismo pensa sobre cartomancia?

 Cartomancia, como todos sabem, é a leitura da vida ou da sorte das pessoas através de cartas de baralho. Trata-se de uma prática muito antiga, que se reporta a mais de mil anos, conforme relatos. Segundo os cartomantes a leitura das cartas se faz através de significados especiais que se lhe atribuem e da combinação dos vários significados entre elas.

  Primeiramente devemos deixar claro que não faz parte da prática espírita ocupar-se de revelações dessa natureza.  Logo, o Espiritismo não usa cartas e nem qualquer objeto ou ritual com o fito de fazer revelações ou impressionar. Quando o espírita, mesmo sendo um médium, atende a uma pessoa para ajudá-la, não o faz com o objetivo de lhe trazer revelações extraordinárias, nem quanto ao seu passado e muito menos quanto ao seu futuro, porque essa não é a finalidade da doutrina.

 O papel do Espiritismo ( e isso está muito claro desde as obras de Allan Kardec)  é, sobretudo, orientar as pessoas para os valores espirituais com base no ideal de fraternidade, para que elas encontrem maquis serenidade e possa atinar para o melhor caminho de solução. Quando, eventualmente, acontece alguma revelação a alguém que chega ao centro, essa revelação se dá pela percepção natural do médium e porque naquele momento ela é necessária. Mas fazer revelações sobre o futuro não é uma prática espírita usual.

 A mediunidade é uma faculdade humana ( e ela não apenas dos espíritas, mas de todo mundo) que pode proporcionar, em algumas circunstâncias, informações para ajudar a pessoa a se fortalecer, a se situar melhor na vida e a encontrar caminhos com vista à solução de problemas. Além do mais, o Espiritismo não se utiliza de nenhum objeto ou instrumento, nem de vestes ou rituais para atuar em favor daqueles que o procuram.

 Quem chega ao centro espírita, buscando ajuda, vai encontrar um ambiente simples, sem ornamentos, sem cerimoniais e sem mistérios, Nada que possa impressionar, mas tudo que possa deixar a pessoa à vontade. Ela vai ouvir falar sobre a vida espiritual, sobre reencarnação, sobre a  justiça divina e, principalmente, sobre o evangelho de Jesus, que nos traz tanto conforto ao coração nas horas difíceis, pois a mensagem espírita tem por objetivo levar conforto e discernimento a todos.

 Quanto à prática da cartomancia, Antonio Carlos, se formos dar nossa opinião a respeito, diríamos que não são propriamente as cartas que revelam algo oculto da vida do consulente ou que possam lhe dar alguma direção. Quando isso acontece, é pela mediunidade do cartomante, e não pelas cartas em si. Como objetos inanimados as cartas não são dotadas de nenhum poder mágico, mas elas podem, em certos casos, serem manipuladas por uma pessoa dotada de uma percepção mais apurada, da qual podem surgir curiosas revelações.

 No passado distante da Humanidade, quando as pessoas eram mais emocionais que racionais, fraquejadas diante de situações difíceis, elas recorriam a quem prometia revelações e soluções mágicas para seus problemas e que se utilizavam de diversos rituais para fazer previsões. A leitura de cartas, portanto, podem ter se originado do ritualismo praticado pelos videntes ou médiuns, que queriam dar um ar de mistério ou de misticismo às suas sessões.


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