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quinta-feira, 17 de junho de 2021

CIGARRO - OPINIÕES E SUGESTÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Transformado pelas poderosas sugestões da propaganda e do marketing do século XX, em símbolo de “status”, o hábito de fumar tornou-se um dos vícios responsáveis por altos índices de mortalidade por câncer e doenças coronarianas. Um verdadeiro problema de saúde publica segundo estudos da OMS – Organização Mundial de Saúde, custando incalculável fortuna de recursos aos órgãos governamentais competentes, mesmo em países onde a propaganda através dos órgãos de comunicação de massa está proibida. Um vício de difícil erradicação, pois seu consumo começa na faixa de idade conhecida como juventude. Sendo, segundo o Espiritismo, uma dependência desenvolvida a nível espiritual, tendo o corpo físico apenas como veículo de sua satisfação, reverter o quadro depende de vontade firme, persistência e de efetiva conscientização do portador da mesma, já que, como informa a Espiritualidade a Allan Kardec n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “há muitas pessoas que dizem ‘eu quero’; mas, a vontade não está senão nos lábios; elas querem, mas estão contentes que assim seja. Quando se crê não poder vencer suas paixões, é que o Espírito nelas se compraz em consequência de sua inferioridade”. O jornalista Fernando Worm procurou ouvir sobre o tema, o Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier, em interessante e esclarecedora entrevista preservada no livro JANELA PARA A VIDA. Dentre as reveladoras informações oferecidas pelo Benfeitor Espiritual, encontra-se a de que, após a morte, “o problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório perispirítico, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida para arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo”. Ampliando nosso entendimento sobre o estado do desencarnado dependente, diz que “as sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obsedante que as melhores lições e surpresas da Vida Maior lhe passam desapercebidas, até que se lhe normalizem as percepções”. A propósito dos tratamentos no Plano Espiritual para os dependentes em geral, afirma que “perduram pelo tempo em que nossa vontade não se mostre tão ativa e decidida, quanto necessário, para a liberação precisa, de vez que nos planos extra-físicos, nas vizinhanças da Terra propriamente dita, as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a indecisão e a insegurança”. Sobre os que alegam não poder deixar de fumar por considerarem o cigarro uma companhia contra a solidão, pondera que “o melhor dissolvente da solidão é o trabalho em favor do próximo, através do qual se forma, de imediato, uma família espiritual em torno do servidor” e, a propósito da questão da hereditariedade conforme a vemos na Terra interligar dependentes, esclarece que “muitas vezes os filhos ou netos de fumantes e dispsônamos inveterados, são aqueles mesmos Espíritos afins que já fumavam ou usavam agentes alcoólicos em companhia deles mesmos, antes do retorno à reencarnação, o que explica o porque de muitas crianças apresentarem desde muito cedo, tendências compulsivas para o fumo ou para o álcool, reclamando trabalho persistente e amoroso de reeducação”. Indagado sobre se a fome de nicotina e derivados do fumo, costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos, explica que “ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresentam, cabendo a observação de que “o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, quando os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes,, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária”. Para finalizar, reproduzimos sugestão do médium Chico Xavier a uma senhora que lhe solicitou uma orientação  que a auxiliasse a deixar o vício do cigarro: -“ Tomar o medicamento homeopático Calladium na 5ª dinamização, 3 gotas, 5 vezes ao dia. –“O remédio igualmente auxiliará a proceder a mais rápida liberação da vontade de fumar”, acrescentando, porém, que “este desejo tem que ser firme e valioso, pois na natureza nada se faz com violências e até os vícios tem que ser tratados com respeito e educação, para poderem ser mais facilmente debelados”.


 Uma de nossas ouvintes telefonou para dizer que uma coisa que a incomoda muito é ter medo de morrer e ficar presa ao corpo, dentro de um caixão, e que ela não sabe como lidar com isso.

 Ora, se você se convencer de que não morremos de verdade – pois o que fica no cemitério é apenas o corpo, mas você não é o corpo, e sim o espírito – esse medo vai passar. Essa certeza, porém, não acontece de um dia para outro: você precisa trabalhar sua mente nesse sentido, através de leituras e de orações.  Os livros espíritas a ajudará muito. Jesus, durante seu contato com os discípulos, insistiu na questão da imortalidade, porque é a crença na imortalidade da alma que nos assegura a mais expressiva forma de liberdade, tanto nesta quanto na outra vida.

 Convença-se, portanto, cara ouvinte, que o Espírito não foi criado apenas para o pouco tempo que vive na Terra; pelo contrário, o corpo terreno existe apenas para auxiliar o Espírito na sua caminhada, no seu desenvolvimento. Morto o corpo, o Espírito dele se desliga e, dependendo do gênero de morte, esse desligamento vai ocorrendo paulatinamente antes do corpo morrer. Tendo consciência disso, o que nos resta é pensar na vida e não na morte. Uma leitura, que nos ajuda muito nesta questão, é a do primeiro capítulo do livro O CÉU E O INFERNO de Allan Kardec.

- A vida terrena é um estágio mais ou menos longo pelo qual estamos passando. É ai que estão as dificuldades. A morte é apenas um fenômeno de passagem, que vai ocorrer mais ou mais tarde, liberando o Espírito para o retorno à nova dimensão de vida, o verdadeiro lar espiritual. Logo, enquanto estamos aqui na Terra, devemos centralizar nossa atenção nesta vida, no aqui e agora, nos desafios que temos para a frente, na certeza de que, vencida esta etapa, estaremos melhor.

 Portanto, não se impressione com a morte; preocupe-se, sim, com a vida. Vamos dar à vida o valor que ela realmente precisa ter, vivendo cada dia com alegria e transmitindo aos outros a alegria que desejamos ter,  porque a vida é muito importante para o Espírito. Mas não vamos nos apegar tanto aos valores materiais, sabendo que estamos de passagem e nada levaremos do que for material. O apego aos bens ou às vantagens materiais, em prejuízo dos bons sentimentos, pode dificultar nossa desencarnação, mas não vai impedi-la.

Deus é Pai de amor e misericórdia, como disse Jesus. Não nos criou apenas para uma existência curta e frágil, mas para a eternidade. O aproveitamento que tivermos aqui repercutirá depois, quando tivermos de adentrar outra etapa de nossa jornada. Vamos viver o presente, sem antecipar o futuro, confiando em nós mesmos, tendo fé em Deus, na certeza que sempre nos acontecerá o melhor.


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