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sábado, 31 de julho de 2021

COMO SE ESTIVESSEMOS NA CONTRAMÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Alguém comenta: -“A situação do planeta deve-se ao aumento acelerado da população!”. Em opinião expressa em publicação espiritualista resgatada e  preservada integralmente no livro SALA DE VISITAS DE CHICO XAVIER (eme), do pesquisador Eduardo Carvalho Monteiro, o Espírito Emmanuel através de Chico Xavier, afirmou que “grandes imensidades territoriais, na América, na África e na Ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho”. Mais à frente acrescentaria que “aqui mesmo, no Brasil, numa Nação com a capacidade de asilar novecentos milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos, os Espíritos reencarnados na Terra, mal estamos passando das faixas litorâneas”. O comentário expresso  seis décadas atrás, somente merece retoque no aspecto das faixas litorâneas. O problema da escassez de alimentos somente pode se justificar pelo predomínio do egoísmo e do orgulho observado no comportamento humano. Porque se analisarmos a relação custo/benefício da posse de grandes extensões de terra apenas para lazer eventual em pequeno espaço que abrange, por vezes, alguns equipamentos como quadras e piscina; do apartamento de cobertura que abriga duas ou três pessoas; do suntuoso imóvel de revolucionárias linhas arquitetônicas incrustado em área rural acessado vez ou outra; do carro de alto preço e grande potência de uso limitado pelas leis de trânsito; entre outros aspectos, concluiremos pela irracionalidade e insensatez desses “sonhos de consumo”. A questão da alimentação necessária para a manutenção do corpo humano merece reflexão. Em livro do Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, encontramos que setenta porcento do que nutre a máquina física resulta da respiração, cabendo aos trinta porcento restantes a função de complementação sólida necessária pelos desgastes impostos pelas atividades desenvolvidas. Em outras palavras nosso apetite por dietas variadas satisfazem apenas nossos sentidos e não necessidades. A inteligência do homem desenvolveu tecnologias capazes de produzir alimentos em regiões desérticas, de extrair o sal da água do mar como mostram os grandes navios de cruzeiros marítimos. Analisando a questão do gozo dos bens da Terra nas questões 711 e 714ª d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a Espiritualidade explicou a Allan Kardec que o “direito do uso dos bens da Terra é a consequência da necessidade de viver, que esses atrativos servem para instigar o homem no cumprimento da sua missão e também para o provar na tentação, cujo objetivo é desenvolver a razão que deve preservá-lo dos excessos, advertindo que o homem que procura nos excessos de toda espécie um refinamento dos seus gozos, é uma pobre criatura que devemos lastimar e não invejar, porque está bem próximo da morte física e moral”, ao que Kardec comenta que “esse indivíduo coloca-se abaixo dos animais, pois estes sabem limitar-se à satisfação de suas necessidades e que tal criatura abdica da razão que Deus lhe deu para guia e quanto maiores forem seus excessos, maior é o império que concede à sua natureza animal sobre a espiritual, sendo as doenças, a decadência, e apropria morte, as consequências do abuso, constituindo uma punição da transgressão da Lei de Deus”. No mesmo capítulo lei de conservação, da obra citada, encontramos que a Terra é capaz de produzir o necessário a todos os seus habitantes, sendo útil apenas o necessário, jamais o supérfluo”, acrescentando que “se ela não supre a todas as necessidades é porque o homem emprega no supérfluo o que se destina ao necessário, não sendo a natureza a imprevidente, mas o homem que não sabe regular-se, devendo-se ao egoísmo dos homens que nem sempre fazem o que devem, a falta dos meios de subsistência que faltam a certos indivíduos, mesmo em meio da abundância que os cerca”. Pondera Kardec em observação adicional que “se a Civilização multiplica as necessidades também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida(...). A Natureza não poderia ser responsável pelos vícios da organização social e pelas consequências da ambição e do amor próprio”. 1830 Lacordaire colabora no jornal diário católico L'Avenir, com Félicité Robert de Lamennais e o conde Charles de Montalembert. O jornal defende a liberdade religiosa e a liberdade de ensino e toma uma posição em defesa da separação da Igreja e do Estado. Estas posições serão condenadas pelo papa Gregório XVI na sua encíclica Mirari vos de 15 de agosto de 1832.


 

  Gostaria de saber como é que podemos ter certeza de que realmente existe o Nosso Lar, conforme o filme mostrou? Esses relatos, que vêm através dos médiuns, podem ser comprovados? De que maneira?  (Anônimo)

 Ainda não temos como comprovar materialmente a existência de Nosso Lar ou de qualquer outra região da Espiritualidade, assim como não podemos comprovar experimentalmente muitas teorias aceitas pelos cientistas da atualidade. Nenhum aparelho humano, apesar do progresso da eletrônica, conseguiu penetrar na dimensão do Espírito ( que alguns estudiosos podem chamar de hiperespaço ou quarta dimensão). A certeza de que esse mundo espiritual existe vêm-nos, de forma indireta, através de várias etapas de revelação. A primeira, ocorreu com Allan Kardec. Precisamos estudar sua obra para entender como isso se deu.

 Essa primeira fase – que podemos situar entre 1854 e 1869 – deu-se através da observação direta por Kardec e outros estudiosos de fenômenos mediúnicos: tanto de fenômenos de efeitos físicos, como de fenômenos que Kardec chamou de efeitos inteligentes. Os fenômenos físicos, como o nome está dizendo, são aqueles que se manifestam visivelmente para todos (como o fenômeno da voz direta de Espíritos, movimentação de objetos, combustões espontâneas, materializações de Espíritos e outros).

Kardec valorizou mais os fenômenos inteligentes, que são as comunicações de Espíritos que se identificam pelo nome, que dão informações precisas e respondem a perguntas que podem ser pesquisadas e confirmadas, de tal modo que não há como duvidar de sua origem. Através dessa fenomenologia, ficou a patente a sobrevivência espiritual das pessoas que viveram na Terra, que tiveram uma história e que voltam para dar muitas informações sobre a vida após esta vida.

Depois de Kardec, os fatos mediúnicos foram estudados ainda com mais rigor por cientistas, que nem espíritas eram, mas que se interessaram em desvendar essa nova realidade não conhecida da ciência. Tivemos inúmeros deles ( químicos, biólogos, médicos, engenheiros, naturalistas, etc.), cada um dando a sua contribuição para solidificar a certeza na sobrevivência. Existem inúmeras obras desses pioneiros na descoberta do Espírito, como também uma história lamentável a respeito. É que a maioria deles foi colocada de lado, segregada dos meios científicos, e até perseguida, porque seus estudos começaram a incomodar a maioria materialista.

 Esses pesquisadores foram os únicos que trouxeram provas materiais da existência dos espíritos, notadamente o químico inglês, William Crookes, e o médico francês, Charles Richet, que estudaram os fenômenos de materialização, onde obtiveram evidências cabais da presença espiritual de desencarnados, que não só se apresentaram em corpos ectoplasmáticos materializados, visíveis e palpáveis, como se deixaram examinar e fotografar. Os meios acadêmicos, no entanto, nunca se interessaram por essas pesquisas. E o que é pior: trataram como se elas nunca tivessem existido.

  Foi o médium Chico Xavier que trouxe a obra de André Luiz, relatando a existência de Nosso Lar e de outras regiões espirituais. Esses relatos, ao longo do tempo, têm sido confirmado por inúmeras comunicações por centenas de médiuns, no Brasil e no mundo, além de trabalhos notáveis com pessoas, que se projetam no mundo espiritual, nas chamadas viagens astrais, como é o caso dos estudos da chamada Projeciologia Consciente.


sexta-feira, 30 de julho de 2021

COMO PREVISTO 2; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Do texto baseado em inúmeras mensagens de Espíritos desencarnados  comentando  sobre o tempo turbulento que marca a elevação da Terra na escala dos Mundos, com que  Alan Kardec abre o número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA, destacamos: 1 - Nosso Globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Esses dois progressos se seguem e marcham paralelamente, porque a perfeição da habitação está em relação com o habitante. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei. 2 - O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável, conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo em que cada Ser inteligente tem sua parte da ação, sob o olhar do soberano Senhor, cuja vontade única mantém a unidade por toda parte. Sob o império desse vasto poder regulador, tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita; o que nos parece perturbações são movimentos parciais e isolados, que só nos parecem irregulares porque nossa visão é circunscrita. 3 - A Humanidade realizou até agora incontestáveis progressos. Por sua inteligência, os homens chegaram a resultados jamais atingidos em relação às ciências, às artes e ao bem-estar material; resta-lhes ainda uma imensidão a realizar: é fazer reinar entre si a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o seu bem-estar moral. 4 - Já não é apenas o desenvolvimento da inteligência que é necessário aos homens, é a elevação do sentimento e, para tanto, é preciso destruir tudo quanto neles possa excitar o egoísmo e o orgulho. 5 - Não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a um País, a um povo, a uma raça; é um movimento universal, que se opera no sentido do progresso moral. 6 -  Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer e os homens que a ela são mais opostos nela trabalham queiram ou não; a geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, achar-se-á animada de ideias e sentimentos completamente diversos da geração presente, que desaparece a passos de gigante. 7- O Velho Mundo estará morto e viverá na História, como hoje os tempos medievais, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas. Aliás, cada um sabe que a ordem de coisas atual deixa a desejar. Depois de haver, de certo modo, esgotado o bem-estar material, que é produto da inteligência, chega-se a compreender que o complemento desse bem-estar não pode estar senão no desenvolvimento moral. 8 -  Quanto mais se avança, mais se sente o que falta, sem, contudo, poder ainda o definir claramente: é o efeito do trabalho íntimo que se opera para a regeneração; tem-se desejos, aspirações que são como o pressentimento de um estado melhor. 9 - Mas uma mudança tão radical quanto a que se elabora não pode realizar-se sem comoção; há luta inevitável entre as ideias, e quem diz luta, diz alternativa de sucesso e de revés. Entretanto, como as ideias novas são as do progresso e o progresso está nas leis da Natureza, estas não deixam de triunfar sobre as ideias retrógradas. Desse conflito nascerão, forçosamente, perturbações temporárias, até que o terreno esteja livre dos obstáculos que se opõem à construção do novo edifício social.  10 - Da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos anunciados, e não de cataclismos, ou catástrofes puramente materiais. 11 - A Humanidade é um Ser coletivo, no qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada Ser individual, mas com esta diferença: umas se realizam de ano a ano, e as outras de século em século 12 - O número dos retardatários sem dúvida ainda é grande, mas que podem contra a onda que sobe, senão lançar-lhe algumas pedras? Essa onda é a geração que surge, enquanto eles desaparecem com a geração que vai a largos passos. Até lá defenderão o terreno palmo a palmo. Há, pois, uma luta inevitável, mas desigual, porque é a do passado decrépito, que cai em farrapos, contra o futuro juvenil; da estagnação contra o progresso; da criatura contra a vontade de Deus, porque os tempos por ele marcados são chegados.


 

Parece que a novela das seis quer mostrar que os fatos, que acontecem na vida dos personagens, já estão previstos. O próprio título da novela, “Escrito nas Estrelas” parece antecipar quem vai ficar com quem e  o que vai acontecer no final, dando a entender que as coisas são escritas lá em cima para se cumprir aqui na Terra. É assim  mesmo? (Adriana)

 Não é bem assim. Mas a  novela, no entanto, sempre explora o lado fantástico de uma situação; caso contrário, ela não agrada. Do ponto de vista do Espiritismo, não existe um destino certo e irrevogável, que não possa ser alterado por decisão de cada um. Na verdade, temos o nosso livre-arbítrio. O que acontece no plano espiritual é a possibilidade do Espírito em programar sua próxima existência, mas isso não quer dizer que tudo, que foi previsto, seja cumprido na íntegra e da maneira como se previu.

 Já falamos disso aqui, em edições anteriores. N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, questões de ... a ...., encontramos o que a Doutrina Espírita pensa a respeito do que se costuma chamar  fatalidade. O que depende da vontade humana não pode ser previsto com precisão, até porque podemos mudar de opinião. Logo, são questionáveis também as previsões. Elas podem indicar um rumo que os fatos vão tomar no futuro, mas não podem garantir, 100%,  que um determinado fato vai acontecer exatamente da maneira com foi previsto. As previsões atuam, assim,  no campo das probabilidades e não da certeza.

 Cada caso tem suas próprias peculiaridades, envolvendo Espíritos diferentes, com disposições e tendências próprias. A programação pode ou não ser cumprida; mas pode ser cumprida em parte. Entretanto, se dois Espíritos são afins e estão muito ligados um ao outro por laços afetivos ou de compromisso, a tendência desses Espíritos é se reencontrarem em outras encarnações, porque  estão unidos por forte vínculo e têm um ideal comum. É claro que, nos romances e novelas, essas situações são apresentadas de forma comovente e romântica para atender ao anseio do público.



quinta-feira, 29 de julho de 2021

COMO PREVISTO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA,foi quase uma edição especial. Grande parte de suas páginas foram ocupados por uma matéria intitulada OS TEMPOS SÃO CHEGADOS, compreendendo uma extensa reflexão de Allan Kardec sobre um grande número de comunicações transmitidas por vários Espíritos, a ele endereçadas, bem como a outras pessoas sobre o mesmo assunto, conforme nota por ele adicionada ao final do seu texto. Na sequência, incluiu mensagens recebidas em abril daquele ano, em Paris, através de dois médiuns identificados apenas pelas iniciais M. e T., concluindo o material com outra a ele dirigida em 1 de setembro, por um dos seus protetores invisíveis. Ante a evolução dos acontecimentos observados no Planeta recentemente, destacamos alguns pontos para reflexão, demonstrando que muitas do que se vê, esta previsto e predito por aqueles que, nos bastidores da invisibilidade coordenam as mudanças profetizadas há vários séculos, especialmente, por Jesus, como provam os escritos dos Apóstolos que preservaram as palavras do Mestre. 1 - Os acontecimentos se precipitam com rapidez, de modo que não vos dizemos mais, como outrora: “Os tempos estão próximos”; agora dizemos: “Os tempos são chegados.” Por estas palavras não entendais um novo dilúvio, nem um cataclismo, nem uma perturbação geral. Convulsões parciais do globo ocorreram em todas as épocas e ainda se produzem, porque inerentes à sua constituição, mas são sinais dos tempos. Entretanto, tudo quanto está predito no Evangelho deve realizar-se e se cumpre neste momento, como reconhecereis mais tarde. 2- Não tomeis os sinais anunciados senão como figuras, dos quais é preciso captar o espírito, e não a letra. Todas as Escrituras encerram grandes verdades sob o véu da alegoria, e é porque os exegetas se apegaram à letra que se extraviaram. Faltou-lhes a chave para a compreensão de seu verdadeiro sentido. Esta chave está nas descobertas da Ciência e nas leis do mundo invisível, que o Espiritismo vos vem revelar. 4- Sendo chegado esse tempo, uma grande emigração se realiza neste momento entre os que a habitam; os que fazem o mal pelo mal e não são tocados pelo sentimento do bem por não serem dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque aí trariam novamente a perturbação e a confusão e seriam um obstáculo ao progresso. Irão expiar seu endurecimento nos Mundos Inferiores, para onde levarão os conhecimentos adquiridos e terão por missão fazê-los progredir. Serão substituídos na Terra por Espíritos melhores, que farão reinar entre eles a justiça, a paz e a fraternidade. 5 - A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas esta diferença é capital: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e devotado ao mal que tivesse encarnado, será um Espírito mais adiantado e devotado ao bem. 6-  A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados em ponto intermediário, assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já se assinala no mundo pelos caracteres que lhes são próprios. As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais, mas, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Devendo fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de certo grau de progresso anterior. 7 - Por esta emigração de Espíritos não se deve entender que todos os Espíritos retardatários serão expulsos da Terra e relegados a mundos inferiores. Muitos, ao contrário, a ela voltarão, porque muitos cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo; neles a casca era pior que a essência. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos, do que tendes numerosos exemplos.



 

 No filme “Chico Xavier”, há uma cena em que uma  irmã do Chico é tomada por um Espírito, que só vai embora depois de doutrinado. Na Bíblia, Jesus também expulsa Espíritos maus, que os evangélicos chamam de demônios. Algumas pessoas, que assistiram ao filme e já viram cenas parecidas em igrejas, perguntaram sobre isso e querem saber a diferença entre a forma como os espíritas e os evangélicos veem essa situação.

 Para o  Espiritismo não existe esse conceito de demônios, como anjos que se rebelaram contra Deus, fundando seu próprio reino, através do qual passaram a disputar com o Deus a alma dos vivos para a eternidade. Para a doutrina espírita, a ideia de demônio, como ser perpetuamente voltado ao mal, é absurda e insustentável do ponto de vista da lógica e da razão.

 Em primeiro lugar, admitir que existe um inferno de sofrimento eterno, é admitir que satanás criou um outro poder no mundo, que se confronta com o poder de Deus. É admitir que satanás tem tanto poder quanto Deus ( ou maior ainda    porque ele consegue tirar de Deus por toda a eternidade os filhos que Deus criou por um ato de amor), e isso é absurdo, diante da concepção de um Deus perfeito, soberanamente bom  e todo-poderoso.

 Admitir que satanás consegue tirar os próprios filhos de Deus é admitir que Deus não é todo-poderoso. É admitir que Ele não tem poder sobre satanás, uma vez  que pode perder para ele seus  filhos que ele criou com amor, os quais acabarão por  habitar o reino do mal para sempre. Portanto, admitir a existência de um inferno eterno e de um reino do mal, em oposição ao Reino do Bem, é admitir que existem duas forças controladoras no universo.

Admitir satanás é afirmar que Deus é imperfeito, porque criou um ser capaz de o ameaçar e se voltar contra Ele. Ora, quando Deus criou esse Espírito, que é satanás, Ele  não sabia que esse Espírito se voltaria conta Ele e seria uma ameaça para o homem? Se Ele não sabia, então Ele não é o Deus onisciente, não conhece o futuro, não sabe nem o que está fazendo e, portanto, está sujeito a errar, tanto quanto nós. Você admite que Deus erra?  E se sabia o que estava fazendo, Ele não pode ser  bom, porque um Pai de Bondade não criaria um filho para o mal. Logo, vejam como é contraditória e absurda essa ideia de satanás.

A concepção de dois reinos opostos – um do bem e outro do mal – os judeus aprenderam com os persas, quando estiveram sob seu domínio. Os persas foram um dos povos da antiguidade, que tiveram um grande império. Eles tinham uma religião, que ensinava que o mundo ( ou os homens) era disputado por essas duas forças ( a do bem e a do mal), que  viviam continuamente em guerra. Para a Doutrina Espírita, no entanto,  só existe o Bem, só Deus é o poder – único e absoluto. È a origem e o fim de tudo. O mal é apenas a ausência do bem. E porque o mal existe?

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

A VERDADE SOB OUTRO ANGULO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

'Eu não acredito em reencarnação - Eu sei! ", afirmou a  PHD em Psicologia Hellen Wambach, em 1978, quase duas décadas após ter iniciado uma pesquisa criteriosa e profunda objetivando destruir a ideia da reencarnação. Uma das pioneiras na aplicação das regressões de memória com fins terapêuticos, escreveu alguns livros significativos nessa área como, VIDA ANTES DA VIDA e REVIVER VIDAS PASSADAS – EVIDÊNCIAS SOB HIPNOSE. Em dez anos, 1088 indivíduos foram estudados levando-a a concluir que as lembranças reveladas pelos analisados eram tão precisas que a “fantasia e a memória genética não poderiam explicar os padrões que surgiram”. Um questionário com onze perguntas era o roteiro submetido às pessoas regredidas aos período imediatamente anterior ao do seu nascimento na vida atua. Eram elas: 1- Foi sua a decisão de nascer? 2- Alguém o ajudou a decidir? Em caso positivo, qual o seu relacionamento com seu conselheiro? 3- Como você se sente ante a perspectiva de viver a próxima existência? 4- Há alguma razão pela qual você tenha escolhido nascer na segunda metade do século XX? 5- Foi você que escolheu o sexo? Se não foi, porque você decidiu ser homem ( ou mulher)?  6- Qual o seu objetivo nesta vida? 7- Caso você tenha conhecido sua mãe em alguma existência anterior, que tipo de relacionamento tiveram? 8- E seu pai? Se você o conheceu em alguma existência anterior, que tipo de relacionamento tinham? 9- Concentre-se no feto. Você sente que está dentro dele ou fora? Ou entrando e saindo? Em que momento sua consciência passa a funcionar no feto? 10- Você tem consciência das atitudes e sentimentos de sua mãe pouco antes de você nascer? 11- O que você sentiu ao emergir do canal do nascimento?. O erudito Hermínio Correia de Miranda no excelente trabalho NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS (lachâtre), alinha alguns dos resultados obtidos pelas incursões no inconsciente dos voluntários pesquisados: 1- 81% dos pacientes disseram que eles próprios haviam decidido renascer, enquanto 19% que não tinham lembrança de nenhuma decisão; 2- 68% declararam-se relutantes, tensos ou resignados ante a perspectiva de viver nova existência, enquanto 26% consideravam a nova oportunidade com certo otimismo, esperando alcançar alguma conquista evolutiva; 3- 90% informaram que as mortes foram experiências agradáveis, mas que os nascimentos constituem momento de desventura e tensão; 4- 87% declararam haver conhecido seus pais, amantes, parentes e amigos de uma ou outra vida anterior. 5-  51% declararam ter decidido nascer após a década de 50 por causa de seu grande potencial para maturação espiritual já que muitas grandes almas estavam vindo juntas para a elaboração de uma Era de Ouro, na qual mudanças monumentais ocorrerão;  5- Muitos, contudo, vieram por causa de suas ligações com outros seres, que aqui se encontravam ou estavam para nascer, objetivando melhor entrosamento com elas, reparar faltas cometidas contra essa pessoas no passado, ou doar algo de si a alguém ou à Humanidade; 6- Quanto aos objetivos e finalidades das vidas, a tônica de forma coerente, sólida e de concludente convergência entre os entrevistados era o aprendizado ou reaprendizado do amor fraterno; 7- O momento de ligação com o corpo em formação, mostrou-se variável, refletindo, provavelmente o que a pessoa se lembra e não o que aconteceu, já que 89% disseram que somente se tornaram parte do feto ou se envolveram com ele após seis meses de gestação”.  Um dado importante apurado é que os entrevistados disseram “ter consciência de que existiam como uma entidade à parte do feto e até mesmo depois de seis meses. Muitos relataram que “as sensações físicas em emergindo do canal do parto era perturbador e muito desagradável, existindo a alma em um ambiente completamente diferente no estado entre a vida”. A tão desgastada palavra reencarnação associada naturalmente a escolas religiosas institucionalizadas que, infelizmente, continuam  nada fazendo  em favor do despertar espiritual das criaturas, encontram nas pesquisas da Dra Hellen Wambach importante referencial a favor da confirmação deste importante instrumento facilitador do progresso da individualidade que cada um de nós constitui. Como enfatizado pelo competente Hermínio Correia de Miranda, em suas investigações, “a Dra Wambach não estava fantasiando, nem se dirigindo a uma ‘coisa’, a uma abstração ou hipótese, mas falando com uma pessoa normal, inteligente, consciente, responsável, capaz de observar, concluir e expor ideias coerentemente, como qualquer adulto razoavelmente sensato e equilibrado”.


 É da Maria Francisca Gabriel, a primeira participação deste domingo. Ela pergunta se é possível um Espírito, que desencarnou quatro meses atrás, se fazer sentir perto de um familiar. 

Sim, Maria Francisca, é possível, uma vez que existem várias formas de os Espíritos se manifestarem. Já tivemos casos em que o desencarnado se manifestou mediunicamente, logo após a desencarnação. Uma pessoa de nossas relações procurou-nos certa ocasião, para narrar um episódio mediúnico que, surpreendentemente, ocorreu dentro de sua casa,  logo após o sepultamento de um parente. Ninguém na família era espírita, nem nada sabia sobre Espiritismo, mas todos foram tomados de espanto, quando um familiar passou a falar como se fosse a pessoa desencarnada, abordando problemas da família, pedido o apoio de todos na solução de um determinado problema.

 Entretanto, casos como esse são raros, pois dependem de uma série de fatores conjugados, inclusive da presença de uma pessoa, que tenha mediunidade apropriada a esse tipo de manifestação. Mas a condição primeira é a do próprio Espírito, quando quer e precisa se comunicar,  muito ansioso para deixar seu recado. Geralmente, quando as pessoas não acreditam isso, naturalmente elas se fecham de maneira inconsciente a esse tipo de manifestação.

 Devemos considerar, todavia, que não são poucos os Espíritos, que permanecem próximo à família, até mesmo aqueles que não se deram conta de sua condição. A presença de Espíritos familiares, em casa, portanto, é comum, por  causa da insegurança e do medo com que passam para  o plano espiritual; mas, como as pessoas da família nem sempre estão ligadas a essa possibilidade, não se fazem sensíveis a tais presenças, que passam completamente despercebidas.

 Mas, uma pessoa mais sensível na casa pode captar a presença de familiares desencarnados, notadamente se esse familiar está ali para uma finalidade específica. Nada tem de extraordinário nisso. Os Espíritos, geralmente, se fazem presentes. A dificuldade em perceber sua presença é nossa. Logo, é bem possível que a sensação de uma presença de um ente querido realmente

 Essa concepção de que os filhos são diferentes, e alguns precisam de atenção especial,  todos os pais deveriam ter. Entretanto,  isso não pode justificar de forma alguma acomodação ou omissão dos pais, que devem ser atentos quanto à necessidade de cada um. Quando os pais tem conhecimento espírita, eles têm mais condições de compreender e aceitar as dificuldades dos filhos, notadamente daqueles que requerem mais atenção e cuidados. Desse modo, é fácil entender que nenhum dos filhos pode ficar sem o amor dos pais, embora, como dissemos, para cada um esse amor vai se manifestar de uma maneira peculiar.

 

 

 







 

terça-feira, 27 de julho de 2021

CHOCANTE, MAS LÓGICO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Considerando o perfil dos Espíritos ligados ao Planeta Terra no seu processo evolutivo apresentado no capítulo 3 d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, entende-se parte da realidade observada atualmente. Acrescentando a isso o fato de que numa hipotética existência de 60 anos, apenas v20 são aproveitados, visto que 20 dispende-se no sono físico, e outros 20 no processo de ascensão à vida adulta, deduz-se quanto é moroso o progresso da Individualidade.  A análise de Allan Kardec reproduzida na REVISTA ESPÍRITA de janeiro de 1864 em resposta a um leitor dá uma dimensão do problema: -“Ignoramos absolutamente em que condições se dão as primeiras encarnações da alma; é um desses princípios das coisas que estão nos segredos de Deus. Apenas sabemos que são criadas simples e ignorantes, tendo todas, assim, o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre-arbítrio só se desenvolve pouco a pouco e após numerosas evoluções na vida corpórea. Não é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que a alma tem consciência bastante clara de si mesma, para ser responsável por seus atos; não é senão após a centésima, talvez após a milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento de sua inteligência; é assim, por exemplo, que um selvagem que come os seus semelhantes é menos castigado que o homem civilizado, que comete uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, no entanto, já se acham bem longe de seu ponto de partida. Durante longos períodos, a alma encarnada é submetida à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos. Só então é que começa a séria responsabilidade. (...) Se houvesse acaso ou fatalidade, toda responsabilidade seria injusta. Como dissemos, o Espírito fica num estado inconsciente durante numerosas encarnações; a luz da inteligência não se faz senão aos poucos e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e com conhecimento de causa. (...) A Terra já foi, mas não é mais, um mundo primitivo; os mais atrasados seres humanos encontrados em sua superfície já se despojaram das primeiras fraldas da encarnação e os nossos selvagens estão em progresso, comparativamente ao que eram antes que seu Espírito viesse encarnar neste Globo Que se julgue agora o número de existências necessárias a esses selvagens para transpor todos os degraus que os separam da mais adiantada civilização; todos esses degraus intermediários se acham na Terra sem solução de continuidade e se pode segui-los observando as nuances que distinguem os diferentes povos; só o começo e o fim aí não se encontram; para nós o começo se perde nas profundezas do passado, que não nos é dado penetrar. Aliás, isto pouco importa, pois tal conhecimento em nada nos adiantaria. Não somos perfeitos, eis o que é positivo; sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à nossa felicidade futura; portanto, estudemo-nos, a fim de nos aperfeiçoarmos. No ponto em que estamos a inteligência está bastante desenvolvida para permitir ao homem julgar sensatamente o bem e o mal, e é também deste ponto que a sua responsabilidade é mais seriamente empenhada, já que não mais se pode dizer o que dizia Jesus: “Perdoai-lhes, Senhor, porque não sabem o que fazem.”


 

  O que vocês me dizem de uma pessoa que diz estar se preparando para morrer e já mandou construir seu até seu próprio túmulo? (ANÔNIMO)

 Há muitos anos atrás, Chico Xavier estava passando por um dos períodos mais críticos de sua vida em termos de saúde. Seu estado era muito delicado, pois tinha um comprometimento cardíaco, entre outras coisas, e estava se submetendo a um rigoroso tratamento, abatido e aparentemente fraco. Corri a  notícia que ele não viveria muito, que ele estava perto da morte. Por isso mesmo, um dia, muito preocupado – porquanto tinha ainda muita coisa a fazer – ele perguntou a Emmanuel, se estava chegando seu dia.

 Emmanuel, que certamente já esperava a pergunta (pois, estava a par do que se falava a respeito do Chico), voltou-se para ele e disse: “Chico, vou lhe dar um conselho: acorde cada dia com o mesmo entusiasmo como se fosse o primeiro dia de sua vida, mas com tanta responsabilidade como se fosse o último”. E silenciou. Chico entendeu que, para quem tem um compromisso com a vida, é sempre inoportuno falar de morte, até porque sabemos que vamos morrer um dia e a nossa preocupação não vai alterar a ordem das coisas.

 Huberto Rhoden, no seu precioso livrinho “De Alma para Alma” , tem uma página a esse respeito. E lá, diz o filósofo, que a morte é o corolário da vida. Daí porque, se queremos ter uma boa morte, devemos nos preocupar em ter uma boa vida e fazer o máximo ao nosso alcance. Aguardar a morte, ficar contando os dias, preocupar-se demasiado com ela, ficar falando sobre isso, é uma atitude mórbida, doentia, já que temos tanta coisa a fazer neste mundo, que nos pede uma participação constante.

 Aldous Huxley, memorável escritor britânico, no livro “A Ilha” de sua autoria, conta que, após um naufrágio, um jornalista chegou  a uma ilha, e foi socorrido por uma mulher. Na verdade, ele iria conhecer um mundo novo, (vamos dizer assim, um paraíso), onde havia uma civilização mais adiantada e mais feliz que a nossa. Percebeu, no entanto, que enquanto conversava com a mulher, alguns pássaros (que pareciam papagaios) sobrevoavam a ilha, gritando  insistentemente, “Aqui e Agora! Aqui e Agora!...’.

Intrigado, o jornalista perguntou a respeito dos estranhos pássaros, e o porque eles só diziam aquilo todo momento. A mulher respondeu que esses pássaros foram treinados a dizer e repetir essa frase, que é para as pessoas estarem atentas para o que está acontecendo aqui e os que elas devem fazer agora. A mensagem é para tornar a vida mais objetiva e não se esquecer de que sempre a algo a fazer, aqui e agora.


segunda-feira, 26 de julho de 2021

A MAIOR DE TODAS AS SOMBRAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A ignorância sobre as questões espirituais é sem dúvida responsável por todas as perturbações observadas no organismo social da Terra na atualidade. O desconhecimento da visão ampla oferecida pelo Espiritismo é um dos fatores determinantes da predominância dos comportamentos incompreensíveis das criaturas humanas em várias partes do Planeta. Quando Allan Kardec em observação a respostas obtidas dos Espíritos Superiores e inseridas n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS perguntou “quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?, a realidade era muito diferente da observada nos dias de hoje. O Espiritismo feneceu na região da Terra em que nasceu para ressurgir de forma admirável no Brasil, onde um médium à frente de milhares de outros produziu uma obra densa em algumas de suas contribuições, auxiliando a compreensão das informações revolucionárias sobre a sobrevivência, reencarnação, influências espirituais entre diferentes Dimensões, lei da Causa e Efeito, obsessão, mediunidade, entre outras. O estrago feito pelas religiões convencionais, associado à transformação das mesmas em meio de vida por muitos, produziram gerações nas últimas décadas altamente refratárias a quaisquer temas que possam ser relacionados. Como dizem muitos dentre os que se encontram engajados nos meios intelectuais e acadêmicos, há uma rejeição imediata e espontânea ante qualquer tentativa de se tocar em qualquer um dos assuntos citados. Estudos acerca do comportamento confirmam que refletimos no meio, o que carregamos no mundo interior, ou seja, só somos capazes de dar o que temos. O vazio existencial e cultural das lideranças condicionadas a se ajustarem à realidade materialista forma uma barreira neutralizante de tentativas mais objetivas de se levar à frente projetos de divulgação em massa das esclarecedoras verdades de que a Doutrina Espirita se compõem. Um século 21 que começa evidenciando tantas desigualdades sociais; em que a mulher em vários países em considerada inferior ao homem, em que os direitos individuais esbarram em preconceitos de várias origens; em que os interesses políticos não são necessariamente o bem estar da coletividade; não poderá avançar e terminar de forma melhor que terminou o século 20. O processo de alienação e manipulações ganha cada vez mais destaque em eventuais análises que se possa fazer. Kardec, à pergunta reproduzida no início deste texto, responde dizendo que “a desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisso está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Acrescenta ainda que “quando essa arte (educação moral) for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis”. O mais grave de tudo isto é que isto foi escrito há mais de 150 anos, contudo, mantem-se aprisionado entre as páginas do livro que deveria ser o primeiro guia de todos os espíritas, mantendo-se ignorado inclusive entre estes. Há um enfase acentuado em programas de estudos evangélicos ou em torno das práticas mediúnicas. Na maioria das casas espíritas, a criança que representa o futuro da sociedade, não preocupa dirigentes. Não se prepara gerações de um dia para outro. Kardec, educador que era, em nota à questão 685 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, comenta que “há um elemento que não se ponderou bastante, e, sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar caracteres, aquela que cria hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos”. Sua percepção mostra-se acertada. Enquanto os que decidem manterem-se distraídos nas próprias presunçosas teorias, refletindo o quanto amam a si mesmo e o quanto não amam o próximo, a Humanidade continuará mergulhando num caos sem precedentes na sua História. Tal quadro alimentará as dores morais e físicas, tão presentes neste mundo de Expiação e Provas, contraditoriamente, tão sedento de paz e felicidade.

 Quando uma pessoa morre, ela vai encontrar seus parentes e amigos no outro mundo? Eles vêm para ajudá-la? Como funciona isso?  (Valdirene Alice Ferreira)

 “Se há algo confortador na morte, – diz a Dra. Marlene Nobre no seu livro NOSSA VIDA NO ALÉM -  é a presença dos seres amados, dos parentes e amigos queridos, domiciliados no mundo espiritual, os que fizeram antes a grande romagem, estendendo os braços para acolher o viajante cansado, ao término da jornada terrestre”. E continua a autora:

  “Eles fazem parte da comissão de recepção no limiar da Vida Nova e associam-se às equipes encarregadas dos traslados para a grande travessia. Às vezes, essa comissão resume-se apenas a um único parente ou amigo, mas há sempre alguém acenando do outro lado. Os Espíritos Superiores esclareceram a Allan Kardec que esse encontro do desencarnado com os amigos e familiares, que o antecederam, dá-se imediatamente após a morte, de acordo com a afeição que se votavam reciprocamente, sempre que muitos o ajudam a desligar-se das faixas da matéria”.

  “Nas pesquisas de William Barrett e Hyslop, no início do século XX, e naquelas efetuadas por Karlis Osis e Haräldson, nas décadas de 1960 e 1070, as visões no leito de morte ( ou seja, quando o moribundo diz ver pessoas que já morreram ao seu lado) nada mais são do que a presença dos familiares no limiar na vida nova, com a tarefa precípua de receber os entes queridos nos momentos de transição”.

 – Há um caso interessante, citado pela Dra. Marlene Nobre em seu livro, NOSSA VIDA NO ALÉM. A esposa do pesquisador William Barrett era médica obstetra. Ela contou ao marido o caso de uma paciente em estado terminal que vira, em seu leito de morte, o pai já desencarnado e uma irmã, que ela julgava viva, mas que, na verdade, havia desencarnado durante o tempo em que estivera internada no hospital. A família a havia poupado da noticia devido ao agravamento de sua saúde e nada lhe contara a respeito dessa irmã.

 De fato,  é confortador saber que, mesmo na hora da morte, não estamos sozinhos. Sempre há algum amigo ou familiar olhando por nós. Em toda família sempre há alguma alma bondosa, que se preocupa em trazer conforto àquele que está partindo. Na verdade, a vida do Espírito não termina com a morte do corpo. Pelo contrário, do ponto de vista espiritual, o desencarne é um novo despertar para a vida, é a ressurreição que todos nós experimentamos e de que fala Paulo em uma de suas cartas aos Coríntios. 

 

 

domingo, 25 de julho de 2021

PRECISA SER CONHECIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Segundo Allan Kardec, “a CIÊNCIA ESPÍRITA nos ensina a causa dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, nos parecerá inexplicável. Compreende duas partes: uma experimental, sobre as manifestações em geral, outra filosófica, sobre as manifestações inteligentes”. Nesse sentido, seu campo de pesquisa, engloba temas como MEDIUNIDADE, SOBREVIVÊNCIA ALÉM DA MORTE, INFLUÊNCIA ESPIRITUAL, OBSESSÃO, REENCARNAÇÃO e FLUIDOS.  Sobretudo no que se refere ao último campo, não pode ser ignorada a contribuição do médico alemão Franz Anton Mesmer que em 1773, afirma existir uma ação recíproca entre dois seres vivos, por intermédio de um agente especial chamado FLUIDO MAGNÉTICO ANIMALIZADO capaz de causar efeitos similares ao magnetismo mineral, que - como toda ideia nova - encontrou forte oposição dentro dos seguidores da linha organicista derivada da visão mecanicista de Isaac Newton. Vítima de acusações e perseguições durante o resto de sua vida que terminou em 1815, pelo chamado mundo acadêmico, teria sua visão ampliada por um observador e pesquisador das práticas disseminadas por ele na França dos Iluministas que por mais de três décadas testemunhou resultados interessantes nos seguidores das proposições do visionário germânico. Trata-se do intelectual, pesquisador e educador Denizard Hippolite Léon Rivail que, a partir de 1854, aprofundando-se no estudo dos hoje chamados fenômenos paranormais e considerando ser o Magnetismo uma força natural, escreve na REVISTA ESPÍRITA, em seu primeiro número em janeiro de 1858, que “o Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das ideias sobre a primeira. (...) Impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz”. Vai além, ampliando o conceito de Mesmer ao afirmar que “os resultados obtidos pelo fluido magnético (fluido vital) se devem, na verdade, à associação das emanações de um corpo fluidico por ele denominado perispírito que, por sua vez, emana o fluido perispiritual”. Anos depois, em 1864, num livro por ele publicado, afirma que, por exemplo, “a prece é uma irradiação mental em forma de pensamento que coloca o emissor em contato com o Ser a que se dirige, propagando-se impregnada de fluidos pessoais resultantes das emoções/sentimentos que inspiram sua formulação”.  Ao longo do século 20, a tentativa de dar um embasamento aceito pela comunidade dita científica proposta pelo Prêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet com sua Metapsíquica, frustou-se com a morte do corajoso médico, sendo, de certa forma sucedida pelo iniciativa do norte-americano Joseph Banks Rhine que na Universidade de Duke, propõe a Parapsicologia influenciando mais tarde o surgimento de outras versões como a Psicotrônica nos Países Socialistas e a Psicobiofísica do Engenheiro brasileiro Hernani Guimarães Andrade. A publicação em 1970 do livro EXPERIÊNCIAS PSIQUICAS ALÉM DA CORTINA DE FERRO revela, entre outras coisas, diversos estudos desenvolvidos nos países chamados comunistas, confirmando através da chamada Maquina Kyrlian, por exemplo, que a transmissão de energia entre seres humanos proposta por Mesmer é real; que “a energia vital chamada Prana considerada pela Yoga, circula pelo corpo, podendo ser dirigida pelo pensamento”, o qual, efetivamente, se transmite de pessoa a pessoa. Diante disso, imprescindível um aprofundamento nos conceitos formulados pelo Espiritismo.


  Lendo O LIVRO DOS ESPÍRITOS encontramos que a influência que os Espíritos têm sobre nós é maior do que acreditamos e que, frequentemente, são eles que nos dirigem. Eu pergunto: Até que ponto vai essa influência? Ela pode anular a nossa vontade e para fazermos somente aquilo que os Espíritos querem? (Adilson Cunha)

 Podemos abordar este assunto de vários ângulos. Primeiro: não temos dúvida quanto à presença dos desencarnados em nossa vida, principalmente aqueles que têm alguma afinidade conosco. Por isso, em primeiro lugar, precisamos considerar que a influência de que trata O LIVRO DOS ESPÍRITOS não é só a influência dos Espíritos mal intencionados, mas também a boa influência que nossos protetores e amigos procuram exercer positivamente sobre nós.

Além do mais, quando nos referimos aos Espíritos obsessores – ou seja, aqueles que nos querem mal -  precisamos entender que eles não criam em nós disposições que não temos, mas apenas aproveitam as nossas tendências. Se uma pessoa é desonesta, eles procurarão estimular nessa pessoa atos de desonestidade; se ela é agressiva, atitudes de violência. Este ponto é muito importante, para entendermos que ninguém é joguete nas mãos dos Espíritos, mas estamos afinados com aqueles que pensam e agem como nós.

Dito isso, precisamos considerar, ainda, que na época de Kardec, quando O LIVRO DOS ESPÍRITOS foi editado, o homem comum estava sujeito a bem menos influência da sociedade do que o homem de hoje, por causa do progresso das comunicações nos últimos anos. Talvez, por isso, ele estivesse mais exposto à influência espiritual. Hoje, podemos considerar que somos influenciados por duas vias de transmissão:  via consciente, ou seja, por aquilo que depende de nossa vontade, de nossa decisão; e a via inconsciente, aquela que age sobre nós, sem que nos apercebamos disso.

Conscientemente, somos nós que tomamos nossas decisões, agindo certo ou errado, de acordo com os valores morais que aprendemos. Inconscientemente, todos os dias, recebemos, ao mesmo tempo, influências de várias fontes: as pessoas de nosso círculo estreito de relações (como familiares, amigos, colegas, vizinhos, etc.), os meios de comunicação ( rádio, televisão e a mídia em geral – principalmente a televisão, que nos fala aos ouvidos o dia inteiro) e os desencarnados mais próximos, que também tomam parte nisso tudo.

 Quando falamos em influência inconsciente, estamos nos referindo a tudo aquilo que chega até nós, sem que tomemos consciência do poder de sua atuação em nossa mente. Televisão, por exemplo. Vemos TV todos os dias. Há pessoas que vêem TV o dia todo. É natural que todas as informações e sugestões mostradas insistentemente pela televisão – até mesmo aquelas que nem prestamos atenção  – penetrem bem fundo em nossa mente, e fiquem lá no inconsciente agindo sobre nossas decisões e atos o tempo todo.


sábado, 24 de julho de 2021

POUCOS ACREDITAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Sutil e discretamente, o assédio vai abrindo caminho para a manifestação de um processo revelado em resposta obtida por Allan Kardec dos Espíritos que o auxiliavam a compor o livro base do Espiritismo: -“Os Espíritos influenciam em nossos pensamentos e atos muito mais que se imagina, invariavelmente, conduzindo as pessoas”. Essa ação, em grande parte é motivada pelas necessidades conservadas pelos que morrem de experimentar as sensações derivadas das dependências desenvolvidas durante a permanência no corpo físico. Como a propiciada pelo cigarro, pelo álcool, pelas drogas aditivas e, até mesmo o sexo. Há, todavia, as enraizadas em vidas passadas onde relações mal encaminhadas resultaram em prejuízo moral ou material de alguém - ou alguns – que buscam a vingança do sofrimento experimentado. Muitos evoluem para transtornos psiquiátricos. Embora prevista, há alguns anos, pela Organização Mundial de Saúde em sua Classificação Internacional das Doenças, ainda não se dá importância para avaliações estatísticas. Os que lidam com a problemática humana nas Casas Espíritas, porém, afirmam que a quantidade de pessoas com o problema é dominante. Enquadram-se nos níveis definidos por Allan Kardec como obsessão simples – que não tem motivações remotas -, a fascinação e a subjugação, quadros originados nas ligações passadas. A exposição da mente das pessoas veiculadas através, por exemplo, da televisão, à enorme quantidade de informações e imagens da realidade, ou mesmo, o estilo de vida do mundo moderno em que as questões espirituais não fazem parte da preocupação da maioria é fator predisponente à influencia dos dependentes sensoriais. Explicações contidas nas obras da série NOSSO LAR, construída pelo Espírito André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, informam que o “pensamento é a base. “Além dos pensamentos comuns (experiência rotineira), emitimos com mais frequência os pensamentos nascidos do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade”. Acrescentam que “somos (seres humanos) fulcros geradores de vida, com qualidades específicas de emissão e recepção”. “Cada um, é tentado exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio”, ou seja, “cada qual de nós vive e respira nos reflexos mentais de si mesmo”. “obsessão é um processo semelhante ao da hipnose”. Pesquisando os livros citados, destacamos 6 eloquentes exemplos: CASO 1-CARACTERÍSTICA - Homem, com Espírito parcialmente desligado do corpo físico, revelando posição de relaxamento, semelhante aos viciados em entorpecentes. CAUSA – Presença de três entidades femininas em atitudes menos edificantes, atraídas para a atmosfera pessoal do encarnado no dia que terminava, por meio de mentalizações na área da sexualidade desequilibrada. CASO 2 - CARACTERÍSTICA – Homem, 45 anos presumíveis, abatido, acometido de tremores, suando, corpo encharcado de álcool, do qual é dependente. CAUSA - Ação de quatro entidades desencarnadas que o submetiam aos seus desejos, alternando-se, uma a uma, para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. CASO 3 - CARACTERÍSTICA- Mulher, jovem, revelando angústia e inconsciência, sob forte irritação, desarmonizando o ambiente para preocupação dos encarnados presentes. CAUSAAção de diversos perseguidores desencarnados, impondo-lhe terríveis perturbações, secundando um outro,  que revelava um quadro psicológico de satânica lucidez, maneiras cruéis, vingando-se de gesto assumido em existência passada em que ela, por simples capricho vendeu-lhe esposa e filhos, à época escravos de sua propriedade. CASO 4 - CARACTERÍSTICA - Mulher desconfiada e abatida, corroída pelo ciúme em relação ao marido que procura controlar com perguntas e cobranças em relação ao seu tempo. CAUSA – Ação de entidade feminina, ignorante e infeliz, a ela imantada, perseguindo e subjugando-a, para conseguir deplorável vingança, inclusive durante o sono físico, através do qual se serve para controlar-lhe a vontade, por meio de diálogos em que emprega toda sua astúcia em argumentos convincentes. CASO 5 - CARACTERISTICA Mulher, idade avançada, cabelos grisalhos, corpo magro, rosto enrugado, aparentando senilidade mental nas falas aparentemente desconexas proferidas com voz alterada. CAUSA Presença espiritual mediúnicamente registrada ao seu lado, na cama que ocupava, o qual ali se instalara desde muitos anos, logo após sua morteaparentemente acidental durante caçada esportiva com amigos. CASO 6 -CARACTERÍSTICA – Homem maduro, casado, acusando agoniada indisposição , como se estivesse sob o impacto de súbito desfalecimento, durante encontro que mantinha com mulher bem mais jovem em casa noturna. CAUSA ação de espírito desencarnado – seu sogro na presente existência -, esmurrando-lhe a face, ao surpreendê-lo em atividade extraconjugal durante a madrugada com mulher bem mais jovem, enquanto sua esposa experimentava os sofrimentos físicos e morais do câncer que evoluia em seu corpo físico.


 

 A gente vê tanta exploração, que nem acredita! Como é que existem  pessoas que têm coragem tirar dinheiro de gente pobre em nome de Deus ? e justamente em cima daqueles que mais precisam, que estão passando por uma situação difícil!.... (Anônima)

 Infelizmente, cara ouvinte, é um problema que existe e que sempre existiu. Com certeza, muito mais em nossos dias, quando a ganância vira a cabeça de muita gente. Não sabemos de quem você está falando, mas sabemos que exploradores, charlatões, estelionatários existem tanto fora quanto dentro dos meios religiosos, e é aí que reside o perigo. É claro que, na Lei de Deus, é melhor ser enganado que enganar, é melhor ser vítima que algoz, mas é nosso direito estarmos precavidos contra essas investidas sutis e habilidosas.

Aliás, convém lembrar que o campo mais fácil de exploração é o religioso, porque nele as pessoas de boa fé  comparecem fragilizadas nos momentos mais difíceis de suas vidas. É quando estão doentes, é quando sofrem a perda de um ente querido, é quando suportam o sufoco de uma crise financeira, é quando se sentem impotentes para encontrar qualquer alívio ou solução. Devemos ter muito cuidado, quando estamos moralmente abatidos e fracos. São nesses momentos que os lobos mais caçam suas presas.

 De quem devemos desconfiar?  Dos que vêm com promessas de solução definitiva. Dos que garantem milagres ou soluções mágicas. Dos que acenam com fácil prosperidade financeira. O bom senso nos diz que nada, que é bom, é fácil: por isso, não devemos acreditar em facilidades. Ai estão os exemplos das pessoas que, a todo momento, são vítimas do conto do bilhete premiado. Ficam tão deslumbradas com a possibilidade de ganharem muito dinheiro que acabam jogando fora o pouco que possuem.

 O mesmo pode acontecer, quando um falso líder religioso – revestido de missionário ou enviado de Deus – envolve uma pessoa, uma família – arrastando-as para sua armadilha, onde as alimenta com suas promessas, usando de grande habilidade de convencimento. Ao contrário, se abrirmos os evangelhos de Jesus, vamos perceber que a vida reta e consagrada ao bem não é nada fácil. Pelo contrário, está cheia de espinhos, de escolhos e obstáculos que devemos transpor, até porque foi Jesus mesmo quem disse: “quem quiser ter a vida eterna, pegue sua cruz e siga-me.”

 A vida eterna é a vida do espírito – ou seja, é o lado espiritual da vida, aquele que poucos vêem e que raríssimos decidem seguir. O Espiritismo, prezada ouvinte, não é partidário do sofrimento, mas também não diz que os problemas se acabaram ou que serão resolvidos num passe de mágica. Ele, como Jesus, não cuida do imediato, mas do eterno – ou seja, apenas diz para as pessoas que, se elas tiverem fé e se esforçarem por melhorar, acabarão superando a si mesmas e transformando-se moralmente para uma vida melhor. “Aquele que quiser salvar a sua vida, perde-la´-á e aquele que perder a sua vida, em nome do Amor, salvá-la-á.”

 Salvar, aqui, é no sentido de se transformar, de passar a cultivar novos valores – como a paciência, o respeito e o amor – que farão da pessoa uma nova pessoa, e lhe mostrará um novo caminho. Os problemas da vida não são ruins em si mesmos; eles são situações que servem  para nos despertar para uma busca mais efetiva de seus. Não tanto dentro dos templos, mas em nosso próprio coração, através de nossos atos.