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sábado, 14 de agosto de 2021

APRENDENDO COM CHICO XAVIER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Os anos de convívio com a Espiritualidade transformaram o médium Chico Xavier numa fonte extraordinária de aprendizado sobre a Humanidade que se serve da Terra para o trabalho da evolução espiritual. Destacaremos a seguir alguns deles preservados pelo companheiro Adelino da Silveira um dos que desfrutou da intimidade do incomparável médium mineiro nos últimos anos de sua vida. 1- Por que Joanna D’Arc foi considerada santa apesar de ter liderado soldados franceses em batalhas certamente muito sangrentas?  Chico Xavier – “Naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam servir na formação do compor da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joanna D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genésicas, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século 19 que preparou, no mundo, a organização da Era Tecnológica que passou a viver-se no século 20”. 2- Porque jamais uma nação conseguiu invadir o Brasil e tomar parte de nossa Pátria, quando temos uma costa litorânea tão imensa? - Chico Xavier- “Porque toda vez que alguma Nação planejava isso, Jesus determinava que alguns milhares de Espíritos desencarnados e que ainda habitavam esse País, reencarnassem no Brasil e, ao invés de entrarem invadindo-nos pelas fronteiras geográficas faziam-no pelas fronteiras genéticas. As Leis de Segurança Planetária não permitiram, até agora, a invasão deliberada, decerto a fim de reservar determinada tarefa ou missão para os brasileiros do futuro, milhares dos quais filhos do pretenso invasor”. 3- Em 1952, quando Chico psicografava AVE CRISTO, certa noite, visitou-o um Espírito que viveu na época de Moisés. Tentou conversar com o médium mentalmente, mas este olhou para Emmanuel e disse-lhe: - Não entendi nada do que ele quis me dizer. Então, o bondoso guia explicou-lhe: - Ele está dizendo que não vem à Terra aproximadamente há 4 mil anos e que achou as construções um pouco diferentes, mas a evolução moral foi muito pequena”. 4- Francisco de Assis era a reencarnação do Apóstolo João Evangelista? Chico Xavier– “Acreditamos que a elevação de São Francisco de Assis foi a continuidade de João Evangelista na divulgação da obra do Cristo em todo o mundo, especialmente na Vida Ocidental. Creio que o assunto exposto é a expressão da verdade”. 5- Qual o animal mais adiantado? Chico Xavier – “O cão. O cão desperta muito amor e é um modelo de fidelidade. As pessoas que amem e cultivem a convivência com os animais, especialmente os cães ou descendentes das raças caninas, se observarem com atenção, decerto verificarão que os vários espécimes são portadores de qualidade que consideramos quase humanas, raiando pela prudência, paciência, disciplina, obediência, sensibilidade, inteligência, improvisação, espírito de serviço, vigilância e sede de carinho, infundindo-nos a ideia de que, quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham, preparando-se para o estágio mais próximo da hierarquia espiritual”.


Num dos programas, vocês falaram que a palavra “amor” pode ter  sentidos diferentes. Eu conheço, pelo menos, três: amor no sentido de sexo (entre homem e mulher), amor de mãe ( que eu acho o mais espiritualizado), e também o amor-simpatia, o amor-amizade e companheirismo. (Elizabeth)

  Você tem razão, Elizabeth.  No livro “O Monge e o Executivo” – aliás, um best-seller em todo o mundo,, James Hunter, enumera quatro sentidos da palabra “Amor”, parecidos com esses que você colocou.  O autor vai buscar o sentido de amor, a partir de palavras gregas. Senão, vejamos: o amor “Eros” ( também conhecido por amor erótico), que é o sentimento baseado na atração sexual ( o mais usado popularmente). Depois vem  o amor, que ele chama  “storgê”, que significa afeição (especialmente entre os membros da família).

 O amor deverivado da palavra “philos”, que é o amor-fraternidade, mas, com uma condição:  quando esse sentimento de afeição é recíproco, correspondido, ou seja, quando um tem para com o outro o mesmo sentimento. Finalmente, o amor “ágape” – este, sim, é o amor incondicional, é aquele que subsiste por si mesmo, sem precisar ser correspondido e sem exigir nada em troca.

– É este último sentido de amor, o chamado “amor ágape”, usado por Jesus, é que veio dar ao Espiritismo a noção de caridade, e que fez com que Kardec criasse o lema “Fora da Caridade não há Salvação”. A palavra “ágape”, em grego, corresponde à palavra “cáritas”, em Latim: dão o sentido de caridade. Caridade é o amor ágape ( ou seja, o amor incondicional em ação), a doação pura ao outro, sem dele nada cobrar. Justamente por isso, só esse amor pode se estender aos inimigos e pode ser praticado todo momento.

 Neste último sentido,  temos, portanto, o que no Espiritismo chamamos de caridade. A caridade, no sentido que ensinou Jesus, conforme podemos ler na questão 886 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, engloba três níveis de atitude e comportamento diante do próximo. O primeiro é  a benevolência ( fazer o bem); o segundo é  a indulgência (compreender as limitações e erros do próximo); e o terceiro é o perdão – a expressão máxima da caridade, que consiste em compreender o ofensor.

 O apóstolo Paulo usou amor neste sentido, ao  afirmar o seguinte: “Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos e não tiver amor, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E, seu tiver o dom da profecia, e conhecer todos os mistérios,e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até o ponto de transportar montanhas, e não tiver amor, não sou nada. E, seu eu distribuir todos os meus bens aos pobres e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver amor, nada disso me aproveita”.

 E continua Paulo: “O amor é paciente, é benigno; não é invejoso, não age temerário nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.(...) Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, essas três virtudes; porém a maior delas é o amor”.

 Em algumas traduções bíblicas, nesse texto de Paulo usa-se a palavra caridade ou invés de amor, justamente por causa do sentido específico da palavra amor, o amor-ágape, a que Jesus se referiu. Paulo entendia amor como Jesus entendia. Tanto assim que, nesse discurso, ele especificou também o que se pode entender por amor, deixando bem claro que amor não é um simples sentimento de contemplação; amor é, sobretudo, ação, esforço, dedicação, sacrifício em benefício do próximo. E por isso, nesse caso, é sinônimo de caridade.  Em geral, é nas traduções católicas da Bíblia que encontramos o uso específico da palavra “caridade”, por designar com mais precisão o que Jesus quis dizer por amor.

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