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terça-feira, 14 de setembro de 2021

A EXPERIÊNCIA DO MÉDICO E O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 “Minha experiência me mostrou que a morte do corpo e do cérebro não é o fim da consciência, e que a existência humana continua no além-túmulo”, escreveu no Prólogo do seu livro UMA PROVA DO CÉU (2012; sextante), o Dr Eben Alexander III, acrescentando: -“O lugar onde estive era real. Tão real a ponto de fazer a vida no aqui e agora parecer uma ilusão”. Tudo se desdobrou em 2008, ao longo de sete angustiantes dias para seus familiares depois de o virem mergulhar num estado de coma numa madrugada de segunda-feira em que acordou, a princípio, com forte dor nas costas que acabou se pronunciando de forma mais aguda na cabeça, originada, saber-se-ia depois, pela infestação de uma variação bacteriana da meningite. Contrariando prognósticos normais que anteviam lesões graves no cérebro e mesmo a morte, o Dr. Eben, retornou à vida quando os colegas médicos comunicavam aos acompanhantes terem esgotado os recursos conhecidos, com uma única radical e definitiva mudança: a certeza de que a morte como é considerada pela dita ciência não existe. Conclusão baseada numa intensa vivência numa realidade nunca cogitada por ele anteriormente, cético que era. Profissional com 25 anos de experiência na área da neurocirurgia, concluiu que a lógica científica ainda não possui todas as respostas para os enigmas da vida. Explicações oferecidas, por sinal, pelo Espiritismo, como podemos perceber pela resposta em 1971, do Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier, em que se manifestando sobre o estado do paciente considerado em coma diz: -“Será de acordo com sua situação mental. Há casos em que o espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que permita receber auxílio dos Benfeitores Espirituais. São pessoas, em geral, muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação. Em outros casos, os espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por intermédio do períspirito, dispõem de uma relativa liberdade. Em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem as paisagens e os contatos com seres que já os precederam na passagem para a Vida Espiritual. É comum que após essas experiências elas passem a ver a vida com novos olhos, reavaliando seus valores íntimos”. Foi o caso do Dr. Eben. Enquanto em nossa Dimensão, amigos especialistas se desdobravam na tentativa de entender e tirá-lo da situação complicada em que se encontrava sua saúde, sentiu-se transitar por regiões antes inimaginadas. No primeiro momento, sem ter noção exata do momento em que começou, viu-se ou sentiu-se, em meio à mais absoluta escuridão, rodeado “de alguns objetos, semelhantes a pequenas raízes, ou a vasos sanguíneos, em um grande útero lamacento. Com uma coloração vermelha, escura e brilhante, eles desciam de algum lugar muito lá em cima em direção a outro lugar igualmente distante lá embaixo, o que o fez de chama-lo de Região do Ponto de Vista da Minhoca”. Um mundo subterrâneo em que “caras grotescas de animais borbulhavam na lama, grunhiam, guinchavam, e desapareciam. Escutava urros medonhos, ora dando lugar a cânticos rítmicos e obscuros, ao mesmo tempo assustadores e curiosamente conhecidos”. A certa altura, atraído por uma luz giratória, passou por uma abertura, penetrando num mundo inteiramente novo, para o qual adjetivos como brilhante, vibrante, arrebatador, maravilhoso, são pobres para descrever. Em meio ao deslumbramento, avista uma menina, bela, com maçãs do rosto salientes e olhos de um azul profundo, que, fitando-o de forma arrebatadora, sem sonorizar palavras, tocou seu interior dizendo: -“Você é amado e valorizado imensamente, para sempre. Não há nada a temer. Não há nada que você possa fazer de errado. Nós lhe mostraremos muitas coisas aqui. Mas, no fim, você irá voltar”. Num estágio seguinte, “num lugar cheio de nuvens, avistou num ponto imensuravelmente mais alto, num aglomerado de esferas transparentes, seres deslumbrantes se deslocando em arco por todo o céu, deixando grandes rastros atrás de si. Seres, intuiu, mais evoluídos, Superiores”. Dúvidas fervilhavam em sua cabeça, contudo, “a cada questão que formulava, a resposta vinha instantaneamente em uma explosão de luz e beleza que o invadia por completo”. Noutro estágio, “viu-se entrando num imenso vazio, escuro, infinito em tamanho, mas também infinitamente prazeroso ao mesmo tempo, repleto de luz, em que se sentiu como que diante do Ser dos Seres”, que, entre outras coisas lhe diz, “não existir apenas um Universo, mas muitos e que o amor está no centro de todos eles”.

A primeira pergunta de hoje é sobre SONHOS, e vem da ouvinte, Doralice Breno Pereira: “Gostaria de entender melhor os sonhos. Quase sempre sonho com as coisas que estão acontecendo comigo todos os dias, com meus problemas e com as pessoas que estão comigo. Mas, de vez em quando, tenho um sonho diferente. Já sonhei com minha avó, mãe de minha mãe. No sonho ela me dava bons conselhos, como sempre fez quando viva. Acho que esse sonho tem alguma coisa de real.”

Provavelmente, Doralice. Os sonhos são manifestações da alma. Quando dormimos, entramos em nosso mundo interior e, na maioria das vezes, fazemos uma revisão o dia que passou ou dos dias anteriores – inclusive nossos desejos, medos e preocupações - mas acabamos vendo isso do ponto de vista do inconsciente. Uma coisa é o que realmente vivenciamos no sonho; outra, o que lembramos. Lembramos muito pouco do que sonhamos e quase sempre aos pedaços, de modo que muita coisa, que lembramos, não faz sentido.

Seriam esses os sonhos reflexivos, os mais frequentes – a que André Luiz se refere. Eles exteriorizam as experiências, que estamos vivendo cada dia, mas de uma forma simbólica, que é a forma como o inconsciente se mostra para nós. Por exemplo: quando estamos muito ansiosos diante de um problema para o qual não encontramos solução, podemos sonhar que estamos num labirinto sem saída ou caindo de uma grande altura. Quando escondemos um erro, que cometemos, podemos sonhar que estamos sendo surpreendidos numa situação indesejável.

Há um tipo de sonho que costuma revelar dor ou mal estar do corpo. Geralmente são pesadelos, que mostram de uma maneira exagerada um desconforto que estamos sentindo. Podem os sonhos se misturarem com fatos reais que estão acontecendo, como um barulho, um cheiro, uma música ou uma fala que nossos sentidos percebem enquanto dormimos. Por isso é importante o ambiente em que dormimos, para não sermos perturbados pelos estímulos exteriores.

Mas há os sonhos denominados “espíritas” e que, na verdade, são revelações. É a este tipo de sonho, que você se refere, quando fala do sonho com sua avó. Eles parecem reais – e tão reais que, muitas vezes, ao acordarmos ainda podemos perceber por alguns instantes a presença da pessoa com quem sonhamos, ainda podemos ouvir um pouco de sua voz. São sonhos que nos trazem bem-estar.



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