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terça-feira, 28 de setembro de 2021

EVIDÊNCIAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Dos 20 CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO (Nova Cultural,1971) reunidos em 1966 no livro do mesmo título, pelo psiquiatra canadense Ian Stevenson, dois foram coletados no Brasil. Curiosamente numa mesma família, residente em Dom Feliciano, Estado do Rio Grande do Sul. Um deles, o da jovem Maria Januária de Oliveira que, na véspera de sua morte por tuberculose contraída pelo desinteresse pela vida ao ver frustrados seus sonhos afetivos por intransigência do pai, prometeu à amiga Ida Lorenz que retornaria e renasceria como sua filha, predizendo ainda que quando começasse novamente a falar, contaria muitas coisas sobre a vida que estava abandonando voluntariamente. Dez meses após sua morte, Ida deu à luz a uma menina batizada Marta, que, efetivamente, ao atingir os dois anos e meio, começou, para espanto dos familiares, a falar sobre fatos da vida de Sinhá. O outro caso é de Paulo que, como destaca o Dr Stevenson, responsável pela cadeira de Psiquiatria na Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos da América do Norte, ilustra, primeiro “uma diferença de sexo nas duas personalidades”; segundo, “uma personificação altamente desenvolvida da primeira, por parte da segunda pessoa”; e, terceiro, “a manifestação, nas segunda personalidade, de um talento especial para a costura que, embora nada tendo em si de incomum, foi nesta família, na verdade, grande e quase especificamente desenvolvido nestes dois filhos, em mais nenhum outro, numa família de 13 filhos”. Paulo seria a reencarnação de Emília, a segunda filha do casal Ida e Francisco Valdomiro Lorenz. Apurou o professor Stevenson que “Emília em sua curta existência foi uma pessoa profundamente infeliz, sentindo-se constrangida como menina e, alguns anos antes de sua morte, disse, a vários de seus irmãos e irmãs, mas não aos pais, que se existisse reencarnação, ela retornaria como homem. Disse também que desejava morrer solteira, e, embora tenha tido várias propostas de casamento, recusou todos os pretendentes. Cometeu várias tentativas de suicídio. Em uma delas, tomou arsênico, cuja ação foi neutralizada pela grande quantidade de leite que a fizeram tomar. Afinal tomou cianureto, em consequência do que morreu aos 19 anos, em 12 de outubro de 1921”. Na época da morte de Emília, Ida Lorenz já tinha tido doze filhos, e, embora não esperasse engravidar novamente, o fato se repetiu e, pouco mais de uma ano e meio depois da morte de Emília, deu à luz a um menino a que deram o nome Emílio, tratado na intimidade familiar de Paulo. Nos primeiros quatro ou cinco anos de vida, Paulo recusou resolutamente usar roupas de menino. Usava de menina ou nenhuma. Brincava com meninas e bonecas. Quando tinha quatro ou cinco anos, fizeram-lhe um par de calças de uma saia que havia sido de Emília, o que agradou-lhe, consentindo, desde então, em usar roupas de menino. Fez vários comentários, confirmando sua identidade com Emília, tendo também em comum vários outros traços ou interesses como Emília. Na personalidade de Emília, demonstrava talento para costura, ultrapassando muito em competência suas irmãs mais novas e a própria mãe, Ida, que não gostava de coser, nunca tendo usado uma máquina de costura, que compraram para Emília que a usou bastante. Depois da morte de Emília, fracassaram as tentativas de ter uma sucessora para ela e, mesmo as que aprenderam, não demonstraram a mesma habilidade da irmã. Ao contrário, Paulo manifestou real habilidade antes de ter recebido qualquer instrução, quando tinha menos de 5 anos, pois após a mudança no sentido do desenvolvimento mais masculino, não prosseguiu demonstrando a perícia em costurar, praticamente esquecida na fase adulta. Segundo Stevenson, aos 39 anos, quando o conheceu, Paulo conservava uma tendência mais feminina que muitos homens de sua idade, não tendo se casado e lidando pouco com mulheres, exceto suas irmãs. Submetido a teste específicos, o Dr Stevenson concluiu que, “embora Paulo estivesse com menos tendência à feminilidade do que quando criança, persistia nele um grau definitivamente maior de tal tendência do que em homens de sua idade”.


Por que nós não vemos os Espíritos? Se pudéssemos ver os Espíritos, com certeza, acreditaríamos neles e conheceríamos logo a verdade sobre tudo.


Sua conclusão parece lógica, cara ouvinte, mas não é assim que funcionam as leis da natureza. A descoberta da verdade é um caminho longo e tortuoso e é assim que a humanidade vem caminhando durante milênios. Isso porque somos Espíritos em evolução. Assim como a criança, que devagar vai adquirindo conhecimentos do mundo que a rodeia, nós com suas próprias experiências, como Espíritos, precisamos de maturidade para entender as coisas. Não somos perfeitos: a perfeição é uma busca constante, e ela se dá de acordo com a lei de evolução. Se você compulsar as obras que contam a história da humanidade, vai perceber que o homem sempre esteve à procura da verdade e que, ao longo do tempo, ele veio penetrando nela, muito devagar.


Há, pelo menos, três grandes campos de conhecimento, que viemos percorrendo. O campo da religião, que surgiu primeiro na vida humana, mas se deteve exclusivamente na busca da verdade pela fé; o campo da filosofia, que veio em seguida, e que foi buscar a verdade, baseando-se na razão, no raciocínio; e, finalmente, o campo da ciência, que tem por base a experimentação para descobrir as leis da natureza. Nenhum desses campos, todavia, é completo, ou seja –nenhum deles, até hoje, nos deu uma resposta pronta e cabal de toda a verdade – simplesmente porque a verdade é uma conquista que vamos obtendo, pouco a pouco, conforme o caminhar de nossa evolução.


Por milhares de anos, o homem acreditou que, de acordo com a Bíblia, a Terra era o centro do Universo, posição defendida com unhas e dentes pela religião, até que chegou um momento em que não mais foi possível calar a boca de alguns estudiosos que apresentavam outra verdade. O mesmo aconteceu com a maioria das outras questões fundamentais, pois os conhecimentos se renovam por meio de novas descobertas e essas descobertas custam muito trabalho e dedicação do ser humano. Até meados do século XIX, a ciência desconhecia por completo a existência do mundo invisível dos microorganismos ou micróbios. Louis Pasteur, um químico francês, quase foi linchado quando afirmou que existem micróbios no ar que respiramos, em nosso corpo e em tudo que pegamos.


Antigamente só se acreditava naquilo que era possível ver. O mundo material, para o homem, era somente o que ele podia perceber pelos sentidos. Depois do descobrimento das leis da eletricidade, do eletromagnetismo, dos microorganismos e dos intrigantes fenômenos quânticos (completamente invisíveis a olho nu), foi possível conceber que existem tipos de matéria ou energia, que não perceptíveis aos sentidos humanos. Entretanto, com relação ao mundo espiritual, o Espiritismo antecedeu a ciência e vem afirmando, desde o século XIX, a existência de outras dimensões da natureza, que escapam totalmente à capacidade comum de percepção.


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