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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

NINGUEM FOGE DE SI MESMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Falando sobre diferentes estados da alma no Mundo Espiritual no comentário com que abre o capítulo três d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec explica que “as diferentes moradas na casa do Pai referidas por Jesus são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento”. Salienta, contudo, que “independente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos no Mundo Espiritual. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver o aspecto das coisas, as sensações que experimentar as percepções que possuir tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundo(...). Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas”. Apesar de essas ponderações terem sido escritas há mais de cento e cinquenta anos, de certa maneira, vem sendo cogitadas atualmente por estudiosos da Física Quântica através dos Universos Paralelos propostos pela Teoria da Supercordas, chegando a afirmar que “mesmo que as dimensões ocultas do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. O Espiritismo, por sinal demonstra através de milhares de depoimentos e exemplos que para essa realidade voltaremos, pois dela viemos. Tantas vezes quanto for necessário para atingirmos melhores níveis de evolução espiritual. Tudo isso pela lentidão com que trabalhamos conscientemente para nos livrarmos dos “efeitos” daquilo que “causamos” nas ações deliberadamente assumidas, intencionalmente ou não. E na saída constataremos que “cada qual, como acontece no nascimento, tem a sua porta adequada para ausentar-se do Plano Físico”, como explica o Espírito Abel Gomes, em mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier, inserida no livro FALANDO Á TERRA (feb,1951). Segundo ele, “as inteligências no Plano Espiritual se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou frequência vibratória, em que se encontram”. Em outras palavras, “cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize”, em “organizações que obedecem à densidade mental dos seres que as compõem”. Ilustrando seu texto com alguns exemplos, conta num deles que “algumas entidades presas ao remorso por delitos praticados, improvisam, elas mesmas, com as faculdades criadoras da imaginação, os instrumentos de castigo, dos quais se sentem merecedoras, com antigo sertanejo do interior de Minas Gerais, que impunha serviço sacrificial aos seus empregados de campo, mais por ambição de lucro fácil na exploração intensiva da terra que por amor ao trabalho, deixou recheados cofres aos filhos e netos; mas, transportado à esfera imediata e ouvindo grande número de vozes que o acusavam, tomou-se de tão grande arrependimento e de tão viva compunção, que plasmou, ele mesmo, uma enxada gigantesca, agrilhoando-a às próprias mãos, com a qual atravessou longos anos de serviço, em comunhão com Espíritos primitivos da Natureza, punindo-se e aprendendo o preço do abuso na autoridade”. Outro envolve “orgulhosa dama, que conheceu pessoalmente e a quem humilde e nobre família deve a morte de nobre mulher, vitimada pela calunia, em desencarnando e conhecendo a extensão do mal que causara, adquiriu para si o suplício da vítima, por intermédio do remorso profundo em que se mergulhou, estacionando por mais de dois lustros em sofrimento indescritível”. Lembra o caso de “velho conhecido que assassinou certo companheiro de luta, em deplorável momento de insânia, e, não obstante ver-se livre da justiça humana, que o restituiu à liberdade, experimentou longo martírio da consciência dilacerada, entregando-se, por mais de quatro decênios, à caridade com trabalho ativo para bem do próximo. Com semelhante procedimento, granjeou a admiração e o carinho de vários Benfeitores da Espiritualidade Superior, que o acolheram, solícitos, quando afastado da experiência física, situando-o em lugar respeitável, a fim de que pudesse prosseguir na obra retificadora. Pelos fios da amizade e da colaboração que soube tecer, em volta do coração, para solucionar o seu caso, conseguiu recursos para ir no encalço da vítima, que a insubmissão havia desterrado para fundo despenhadeiro de trevas e animalidade. Não se fez dela reconhecido, de pronto, de modo a lhe não perturbar os sentimentos, auxiliando-a a assumir posição de simpatia necessária à receptividade dos benefícios de que era portador; e, após lutar intensivamente pela sua transformação moral, em favor do necessário alçamento, voltará às lides da carne, a fim de recebê-la nos braços”. Enfim, como vemos, no caminho do progresso espiritual, os efeitos correm sempre atrás das causas.Falando sobre diferentes estados da alma no Mundo Espiritual no comentário com que abre o capítulo três d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec explica que “as diferentes moradas na casa do Pai referidas por Jesus são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento”. Salienta, contudo, que “independente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos no Mundo Espiritual. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver o aspecto das coisas, as sensações que experimentar as percepções que possuir tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundo(...). Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas”. Apesar de essas ponderações terem sido escritas há mais de cento e cinquenta anos, de certa maneira, vem sendo cogitadas atualmente por estudiosos da Física Quântica através dos Universos Paralelos propostos pela Teoria da Supercordas, chegando a afirmar que “mesmo que as dimensões ocultas do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. O Espiritismo, por sinal demonstra através de milhares de depoimentos e exemplos que para essa realidade voltaremos, pois dela viemos. Tantas vezes quanto for necessário para atingirmos melhores níveis de evolução espiritual. Tudo isso pela lentidão com que trabalhamos conscientemente para nos livrarmos dos “efeitos” daquilo que “causamos” nas ações deliberadamente assumidas, intencionalmente ou não. E na saída constataremos que “cada qual, como acontece no nascimento, tem a sua porta adequada para ausentar-se do Plano Físico”, como explica o Espírito Abel Gomes, em mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier, inserida no livro FALANDO Á TERRA (feb,1951). Segundo ele, “as inteligências no Plano Espiritual se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou frequência vibratória, em que se encontram”. Em outras palavras, “cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize”, em “organizações que obedecem à densidade mental dos seres que as compõem”. Ilustrando seu texto com alguns exemplos, conta num deles que “algumas entidades presas ao remorso por delitos praticados, improvisam, elas mesmas, com as faculdades criadoras da imaginação, os instrumentos de castigo, dos quais se sentem merecedoras, com antigo sertanejo do interior de Minas Gerais, que impunha serviço sacrificial aos seus empregados de campo, mais por ambição de lucro fácil na exploração intensiva da terra que por amor ao trabalho, deixou recheados cofres aos filhos e netos; mas, transportado à esfera imediata e ouvindo grande número de vozes que o acusavam, tomou-se de tão grande arrependimento e de tão viva compunção, que plasmou, ele mesmo, uma enxada gigantesca, agrilhoando-a às próprias mãos, com a qual atravessou longos anos de serviço, em comunhão com Espíritos primitivos da Natureza, punindo-se e aprendendo o preço do abuso na autoridade”. Outro envolve “orgulhosa dama, que conheceu pessoalmente e a quem humilde e nobre família deve a morte de nobre mulher, vitimada pela calunia, em desencarnando e conhecendo a extensão do mal que causara, adquiriu para si o suplício da vítima, por intermédio do remorso profundo em que se mergulhou, estacionando por mais de dois lustros em sofrimento indescritível”. Lembra o caso de “velho conhecido que assassinou certo companheiro de luta, em deplorável momento de insânia, e, não obstante ver-se livre da justiça humana, que o restituiu à liberdade, experimentou longo martírio da consciência dilacerada, entregando-se, por mais de quatro decênios, à caridade com trabalho ativo para bem do próximo. Com semelhante procedimento, granjeou a admiração e o carinho de vários Benfeitores da Espiritualidade Superior, que o acolheram, solícitos, quando afastado da experiência física, situando-o em lugar respeitável, a fim de que pudesse prosseguir na obra retificadora. Pelos fios da amizade e da colaboração que soube tecer, em volta do coração, para solucionar o seu caso, conseguiu recursos para ir no encalço da vítima, que a insubmissão havia desterrado para fundo despenhadeiro de trevas e animalidade. Não se fez dela reconhecido, de pronto, de modo a lhe não perturbar os sentimentos, auxiliando-a a assumir posição de simpatia necessária à receptividade dos benefícios de que era portador; e, após lutar intensivamente pela sua transformação moral, em favor do necessário alçamento, voltará às lides da carne, a fim de recebê-la nos braços”. Enfim, como vemos, no caminho do progresso espiritual, os efeitos correm sempre atrás das causas.




Gostaria de saber por que Deus permite que Espíritos maus persigam as pessoas, causando-lhes problemas e sofrimento.

Eu, você - todos nós - temos liberdade de agir, conforme nossa vontade e interesses. Não pedimos a Deus permissão para fazer isso ou aquilo. Apenas fazemos, desde que esteja dentro de nossas possibilidades, é claro!.... Assim também os Espíritos, que são seres humanos desencarnados. Eles, como nós, podem fazer o bem ou o mal, tanto podem ajudar como prejudicar. Eles também tem o livre-arbítrio.

Contudo, dando-nos essa liberdade de agir, Deus governa o mundo por meio de suas leis, e a lei moral que mais funciona é a de causa e efeito. Quando fazemos o bem, cedo ou tarde, colheremos o bem, mas quando praticamos o mal, é o mal que vamos colher. Portanto, entendendo esse mecanismo da lei natural, não devemos atribuir a Deus nenhum de nossos problemas, mas apenas a nós mesmos.

Assim, o mal que um desencarnado pode fazer contra um encarnado é como o mal que nós, os encarnados, podemos fazer uns aos outros. Egoísmo, orgulho, inveja, ciúme, cobiça, ódio – geralmente levam as pessoas a procurarem impor a sua vontade sobre outras, muitas vezes, causando-lhes sérios problemas. Esses maus sentimentos são responsáveis pelas inimizades, que não morrem nesta vida, mas continuam além dela, no plano espiritual.

Foi por isso que Jesus recomendou reconciliássemos com o adversário, enquanto estivéssemos a caminho com ele; quer dizer – enquanto estamos ainda aqui, encarnados, para que a inimizade não se prolongasse além desta vida. Quando isso acontece, é possível que o ódio continue e que o de lá queira prejudicar o de cá.

A única maneira de interrompermos uma sequência de más ações, um contra o outro, é a prática do bem. Só o bem é capaz de anular os efeitos do mal; só o amor pode realmente combater o ódio. Foi o que Jesus fez, diante de seus adversários, e recomendou que todos nós o fizéssemos. Logo, o problema da obsessão espiritual é, quase sempre, a conseqüência do ódio, que ainda existe entre os contendores.

Os obsessores não são demônios – irremediavelmente voltados para o mal, como muita gente pode pensar. São espíritos como nós que, às vezes, se voltam contra alguém, do mesmo modo que nós, enquanto encarnados, também o fazemos, quando não gostamos de uma pessoa ou quando queremos nos ver livres dela.

A maneira mais eficaz de combater a obsessão não é combater diretamente o obsessor, do mesmo modo que não se combate o doente, mas a doença. Quando o obsedado se esclarece e resolve melhorar sua conduta ( suas atitudes e comportamento), ele está combatendo mal – primeiro, o mal que ainda existe em si próprio e, em seguida, o do obsessor. Então, de duas uma: ou o obsessor se afasta, porque não encontra campo de atuação, ou ele resolve se melhorar e perdoar o adversário.


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