No final dos anos 80, o Espírito Luiz Sergio (Carvalho), escreveria CONSCIÊNCIA, o primeiro dos livros em que revelava sua integração a um grupo dedicado a tarefas de auxílio a dependentes químicos. Estudante de Engenharia, desencarnado aos 24 anos, em acidente de carro, na madrugada de 12 de fevereiro de 1973, imediações da cidade de Cravinhos (SP), quando regressava com amigos a Brasília onde residia, procedentes de São Paulo, onde tinha estado com três amigos para assistir a primeira corrida de Formula UM que se realizaria na capital paulista, passou a se comunicar mediunicamente apenas quatro meses após sua morte. Servindo-se, desde então de vários médiuns, construiu um acervo de mais de duas dezenas de obras, extremamente interessantes e importantes, especialmente para jovens que se iniciam no conhecimento das realidades espirituais a que nos ligamos. Liderado pelo Espírito Enoque, vivencia experiências ricas de ensinamentos e esclarecimentos sobre temas atualíssimos. Dois anos depois da obra citada, ressurgiria em DRIBLANDO A DOR, também registrando situações vividas entre vitimados pelo consumo de drogas, que a equipe de Espíritos de jovens desencarnados tentava auxiliar nos Dois Planos da vida. Deste excelente trabalho, destacamos alguns comentários que auxiliam uma análise mais precisa do avassalador problema enfrentado pela sociedade humana: SOBRE A ORIGEM DO PROBLEMA – 1º- O dependente de drogas é um doente psíquico, tem em seu inconsciente um trauma. Quem consome droga deseja driblar a dor. 2º- O jovem quando busca o tóxico, o faz por alguma causa. Se buscarmos a origem, encontraremos primeiramente a fraqueza familiar, ou seja, pais inseguros; lar desequilibrado, filhos negligenciados ou superprotegidos; dinheiro fácil; excesso de liberdade. SOBRE O TRATAMENTO – PREVENTIVO - 1º- O tratamento se inicia no lar; é nele que o jovem aprende a viver em sociedade. Um Lar sem disciplina leva o jovem a afundar-se no ócio e nos vícios. Os pais devem desenvolver no jovem o senso de responsabilidade com relação à própria vida. 2º- Desde tenra idade oferecer ao filho educação firme e disciplinada, dando-lhe exemplos de ética, longe das mentiras e fraquezas. 3º- Ao presentear a criança ensiná-lo a amar seus brinquedos e não destruí-los, sentindo que os pais desembolsaram certa quantia para adquirir os brinquedos, mostrando-lhe que os brinquedos também gostam de carinho. 4º- Lembrar que com oito, dez ou doze anos a criança já está colocando para fora as suas neuroses. 5º- Procurar ajuda psicológica se notarem que há algo de errado no comportamento dos filhos, se mente demais, se é ápero com os irmãos, se agride a propriedade alheia, se é péssimo aluno, se destrói o que é seu ou dos outros, se apresenta mudanças de humor.6º- Respeitar o mundo da criança, lembrando que ela não é um brinquedo. 7º- Ser coerente entre o que diz para a criança e o que faz. CORRETIVO – 1º- O que se deve fazer é levar a pessoa a interessar-se por si mesma, a se gostar, mostrar-lhe o quanto a sociedade perde por tê-la tão distante, agonizante mesmo. 2º- Fazer o dependente compreender o valor da vida. 3º- Entender que o jovem procura agredir a família ou se autodestruir. 4º- Entender que ele é por demais orgulhoso, tímido ou complexado. 5º- Lembrar que não importa sua idade, mas que ele se julgue útil e amado por todos. 6º- Que se os pais derem ao filho a certeza de um amor equilibrado, ele voltará atrás e abandonará o vício. 7º- Que se os pais continuarem apenas desejando que ele seja um homem de bem, sem a família ter um procedimento elevado, ele continuará a agredir. 8º- Que ao descobrir que o filho é viciado, tudo deve ser feito para mudar o ambiente familiar, o pai voltando a ser o herói da época infantil, a mãe o ninho de amor que o aconchega nas horas de tormenta. Apesar das duas décadas que nos separam da publicação do livro, seu conteúdo permanece extremamente atual não somente na avaliação do grave problema, mas também na elaboração de programas e estratégias tentando enfrentar e solucionar o mesmo.
Eu acho divino tudo o que Jesus disse que devemos fazer para o próximo. Mas, quem tem condições de não julgar, de perdoar sempre, do jeito que ele fez? Só se for um santo, e santos não existem na Terra... (Comentário de uma jovem...)
Você deve se referir principalmente aos ensinos do Sermão da Montanha, aliás o mais belo e divino discurso da História. De fato, seguir esse caminho é muito difícil para nós, que estamos muito aquém daquele preceito do amor incondicional. Entretanto, temos de convir que Jesus estabeleceu metas a serem atingidas ao longo do tempo- quer dizer, ao longo da evolução do Espírito. Aliás, ele – que sabia ler o íntimo das pessoas – teve muito trabalho com os próprios apóstolos que, embora tivessem sido por ele escolhidos, eram pessoas tão imperfeitas quanto nós.
Eles viviam se desentendendo, cada um consigo mesmo e com os demais. Eram pessoas comuns, que ele escolheu para seguir seus passos. Mas, em todos os momentos, apesar dos absurdos que ouvia no dia-a-dia, procurou compreendê-los e insistir para que seguissem o preceito do amor fraterno. Nem por isso, com todo o trabalho que teve, com todos os conselhos que deu, e com toda a espiritualidade que demonstrou, conseguiu evitar que Pedro o negasse e que Judas o traísse. No entanto, Jesus sabia o que podia esperar de cada um: só pedia que se esforçassem mais um pouco.
Todavia, Espíritos elevados da estatura de Jesus têm uma visão profunda e ampla da vida. Eles sabem que nenhum ser humano é capaz de se tornar santo apenas numa única existência. Uma grande parte da humanidade, que nasce na condição de miséria cultural e moral, morre, sem jamais tem a oportunidade de rever seus valores, de reconhecer seus erros ou de crescer espiritualmente para a vida. Não seria justo que esses, vivendo apenas uma única vida, não pudessem mais recomeçar, para aprender mais e encontrarem outros caminhos que levam a Deus. Por isso, Jesus compreendia a limitação de todos e, por isso também, recomendava não julgar.
Houve um momento, porém, em que ele deixou escapar uma frase importante; frase essa que resume tudo o que falou e ensinou, quando disse: “Sede perfeitos, como vosso Pai Celestial é perfeito” . Ora, seria absurdo tal pretensão para homens espiritualmente tão fracos, principalmente se considerarmos que ele pretendia uma mudança brusca, imediata. Mas, na verdade, Jesus falava dessa perfeição que todos nós buscamos – não apenas através desta vida, mas de outras muitas existências que nos ensinarão a viver e a conviver bem uns com os outros, para atingirmos no futuro aquele estágio de amor universal, o Reino dos Céus, de que ele tanto falou.
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