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domingo, 10 de outubro de 2021

O UNIVERSO E A DOUTRINA ESPÍRITA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O Espiritismo bem antes de muitos dos avanços da chamada Ciência ofereceu, através dos conteúdos apresentados por Allan Kardec em suas obras, uma visão avançada considerando os conhecimentos disponíveis na época. A ideia da realidade espiritual anteceder e determinar em vários pontos a em que nós vivemos é uma delas, visto que, como se sabe a Física Quântica através da Teoria das Supercordas, além de afirmar a existência de Universos Paralelos em outras Dimensões, diz que “mesmo que as dimensões ocultas do Espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. Na sequência, destacamos alguns pontos interessantes para nossas reflexões: 1- O Universo é ao mesmo tempo um mecanismo incomensurável, acionado por um número incontável de inteligências, e, um imenso governo, no qual cada Ser inteligente tem a sua parte de ação sob as vistas do soberano Senhor, cuja vontade única mantém por toda a parte a unidade. Sob o império dessa vasta potência reguladora, tudo se move, tudo funciona em perfeita ordem”. (G,18:4) 2- O véu do mistério das coisas ocultas ao homem se ergue na medida em que ele evolui, necessitando, porém, para a compreensão de certas coisas, de faculdades que não possui.(LE,18) 4- ESPAÇO - Espaço é o infinito. 5- VAZIO ABSOLUTO - Não existe, nada é vazio. O que é vazio segundo nossas concepções, está ocupado por uma matéria que nos escapa aos nossos sentidos e instrumentos (LE, 36) 6- TEMPO - O tempo é a sucessão das coisas, estando ligado à Eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao Infinito. Apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias. 7- MATÉRIA - Segundo a Espiritualidade, existe em estados que não percebemos, podendo ser tão etérea e sutil que não produza impressão nos nossos sentidos, sendo sempre matéria, embora não o seja para nós. 8- ESPÍRITO - É o princípio inteligente do Universo. 9- AS LEIS E AS FORÇAS - “Há um fluido etéreo – fluido cósmico universal - que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Em outros mundos, ela se presentam sob outros aspectos, revelam outros caracteres desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número infinito se tem desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade dos fenômenos terrestres”. (G; 6:10) NAS OBRAS DO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ – 1- “O Universo, a estender-se no Infinito, por milhões e milhões de sóis, é a exteriorização do Pensamento Divino, de cuja essência partilhamos, em nossa condição de raios conscientes da Eterna Sabedoria, dentro do limite de nossa evolução espiritual” (NDM) 2- “O Universo enquadra-se na ordem absoluta. Aves livre em limitados céus, interferimos no Plano Divino, criando para nós prisões e liames, libertação e enriquecimento. (NMM). 4-“A nossa Terra, com todas as esferas de substância ultra-física que a circundam, pode ser considerada qual laranja minúscula, perante o Himalaia, e nós outros, confrontados com a excelsitude dos Espíritos Superiores (...), não passamos, por enquanto, de bactérias, controlados pelo impulso da fome e pelo magnetismo do amor”. (L)





Se Jesus disse que não é para ficar repetindo as palavras, quando se fala com Deus, será que as pessoas repetem as orações porque não têm fé?


Acreditamos que não. O hábito que as pessoas têm de repetir orações, na grande maioria das vezes, provém da forma como a oração lhes foi ensinada pela corrente religiosa que seguem, e não propriamente por iniciativa delas. Na história das religiões, que remonta à antiguidade, sempre se acreditou que a quantidade e a forma de orar eram mais importantes na adoração. Jesus, porém, mostrou o contrário, deixando claro que o mais importante, quando oramos, é a qualidade, não propriamente a qualidade das palavras que empregamos ou da forma como oramos, mas de nosso pensamento, de nosso sentimento.


Quando orais – disse ele, conforme lemos em Mateus – não haveis de ser como os hipócritas ( aqui, ele está se referindo aos fariseus), que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas, quando orares – dizia para a multidão – entra no teu quarto e, fechada a porta, ora a teu pai em segredo (ou, em silêncio); e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, te atenderá”. E é, então, que ele completa, dizendo: “ E, quando orais, não faleis muito como os gentios ( gentios eram os estrangeiros que tinham outros deuses, outras religiões), que pensam que é pelo muito falar que serão ouvidos. Não queirais, portanto, parecer-vos com eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo que lhe peçais”.


Analisando essa interessante orientação de Jesus, percebemos clareza e objetividade em suas palavras, que não deixam nenhuma dúvida a respeito do que ele queria transmitir. Parece que, realmente, não fica nenhuma dúvida que a oração ou prece é uma manifestação de nossa intimidade, sobre a qual ninguém precisa ficar sabendo. É portanto, a expressão secreta de nossos pensamentos que, realmente, chega a Deus e retorna para nós. É interessante observar que os judeus – povo e religião a que Jesus pertencia – estavam acostumados a fazer da adoração um ato cerimonioso, cheio de rituais, ofertas e sacrifícios (como o jejum, por exemplo), inclusive o de andar quilômetros de distância para ir ao Templo de Jerusalém, pelo menos, uma vez ao ano, onde se acreditava estar Deus.


No entanto, Jesus vinha com uma proposta nova: a da oração secreta e simples. Ele deve ter notado que, naquele momento, as pessoas se sentiram um tanto perdias, pois não sabiam orar de outro jeito que fosse a forma cerimoniosa estabelecida pela tradição de muitos séculos. Foi então que, a pedido ou não de pessoas presentes, ele deu um exemplo claro e simples e oração, quando proferiu o Pai Nosso. O Pai Nosso é a oração mais breve que existe, tão curta e simples, que qualquer um, até uma criança, pode decorar. Mas não basta recitá-la; apenas dizer o Pai Nosso, como o temos de memória, não é suficiente. Jesus deixou claro que a verdadeira prece parte do coração; se o coração não estiver nela – ou seja, ela não estivar eivada do mais puro sentimento – não atingirá seu objetivo.


Tanto assim que, ante a preocupação dos judeus de ir ao templo orar (era o que eles sabiam fazer), Jesus deixou claro que, mais importante que a oferta diante do altar, é o coração isento de mágoa e de ódio. “Quando vos puseres em oração – disse ele – se tens alguma coisa contra alguém, perdoa-lhe, para que Vosso Pai te perdoe; porque, se não perdoares, também Vosso Pai não te perdoará os pecados”. Nesta recomendação, percebemos que, para se chegar a Deus, é preciso limpar o coração, procurando ver o ofensor como irmão, uma vez que o ódio nos isola de Deus, comprometendo a qualidade de nossa prece.


Retornando à pergunta de nosso ouvinte, podemos lhe dizer, portanto, que a qualidade da prece está no sentimento que manifestamos ao proferi-la. Isso é que é importante. Não é a quantidade de palavras, não é esta ou aquela oração, nem tampouco a forma como oramos, que nos garante a eficácia da prece, mas o verdadeiro sentimento que colocamos nela, reconhecendo que um Amor supremo regula toda a vida e, para contar com esse poder em nosso favor, precisamos compartilhar desse amor em nosso coração.





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